A
Genética Condiciona a FelicidadeUma era de felicidade simplesmente não é
possível porque as pessoas querem apenas desejá-la, mas não possuí-la, e
cada indivíduo aprende durante os seus bons tempos a de facto rezar por
inquietações e desconforto. O destino do homem está projetado para
momentos felizes — toda a vida os têm —, mas não para eras felizes.
Estas, porém, permanecerão fixadas na imaginação
humana como "o que está além das montanhas", como um legado de nossos
ancestrais: pois o conceito de uma era de felicidade foi sem dúvida
adquirido nos tempos primordiais, a partir da condição em que, depois de
um esforço violento na caça e na guerra, o homem se entrega ao repouso,
estica os membros e sente as asas do sono roçando a sua pele. Será uma
falsa conclusão se, na trilha dessa remota e familiar experiência, o
homem imaginar que, após eras inteiras de labor e inquietação, ele
poderá usufruir, de modo correspondente, daquela condição de felicidade
intensa e prolongada.
Perdido seja para nós aquele dia em que
não se dançou nem uma vez! E falsa seja para nós toda a verdade que não
tenha sido acompanhada por uma risada!
A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez.
Tudo é precioso para aquele que foi, por muito tempo, privado de tudo.
Não é a força mas a constância dos bons resultados que conduz os homens à felicidade.
A Minha Felicidade
Depois de estar cansado de procurar
Aprendi a encontrar.
Depois de um vento me ter feito frente
Navego com todos os ventos.
Não é a força, mas a constância dos bons sentimentos que conduz as pessoas à felicidade
Não poderia haver felicidade, jovialidade, esperança, orgulho, presente, sem o esquecimento.
A felicidade do homem está em 'eu quero'; a felicidade da mulher, em 'ele quer'.
"Inventámos a felicidade", dirão os derradeiros homens, a piscarem o olho uns aos outros
"A essência da felicidade é não ter medo."
"Não procure por felicidades, graças bem-aventuranças distantes e
desconhecidas, mas por aquilo que você gostaria de viver de novo e por
toda a eternidade."
A felicidade do homem está em "eu quero"; a felicidade da mulher, em "ele quer".
"A fórmula da minha felicidade: um sim, um não, uma linha reta, um objetivo."
Eis A Fórmula Da felicidade: Um Sim, Um Não, Uma Linha Reta, Uma Meta...
O perigo na felicidade - agora tudo está dando certo para mim, amo qualquer destino. Quem quer ser meu destino?
"E eu, que estou de bem com a vida, creio que aqueles que mais entendem de felicidade são as borboletas e as bolhas
de sabão e tudo que entre os homens se lhes assemelhem"
Para quem sofre, é uma alegria inebriante desviar o olhar de seu sofrimento e esquecer de si mesmo.
Uma era de felicidade simplesmente não é possível porque as pessoas
querem apenas desejá-la, mas não possuí-la, e cada indivíduo aprende
durante os seus bons tempos a de facto rezar por inquietações e
desconforto. O destino do homem está projetado para momentos felizes —
toda a vida os têm —, mas não para eras felizes. Estas, porém,
permanecerão fixadas na imaginação humana como ‘o que está além das
montanhas’, como um legado de nossos ancestrais: pois o conceito de uma
era de felicidade foi sem dúvida adquirido nos tempos primordiais, a
partir da condição em que, depois de um esforço violento na caça e na
guerra, o homem se entrega ao repouso, estica os membros e sente as asas
do sono roçando a sua pele. Será uma falsa conclusão se, na trilha
dessa remota e familiar experiência, o homem imaginar que, após eras
inteiras de labor e inquietação, ele poderá usufruir, de modo
correspondente, daquela condição de felicidade intensa e prolongada.”
Primeiramente vamos conceituar o que é FELICIDADE.
Felicidade para muitos podem ser momentos em que sentimos prazeres. O
dicionário diz que felicidade “é o estado de uma consciência plenamente
de satisfação, contentamento e bem estar”.
O que de fato não é
fácil de conceituar - se então veremos como o filósofo Friedrich
Nietzsche refletia sobre o que é a FELICIDADE e como alcança-la.
Para Nietzsche a felicidade é algo muito alem, pois as pessoas em sim
se preocupam em desejá-la e não em possuí-la. Segundo Nietzsche não
existe estado pleno de felicidade e sim momentos felizes que podem ser
prolongado. Para ele esse sentimento está condicionado geneticamente.
Para conseguimos essa plenitude é necessário que o homem aja de acordo
com a razão em virtude dos valores éticos e morais, e que esse individuo
reflita de um modo no qual ele compreenda que ele não convive sozinho e
sim em uma sociedade na qual são estabelecidos direitos humanos.
O Caminho da Felicidade
Um sábio perguntava a um louco qual era o caminho da felicidade. O
louco respondeu-lhe imediatamente, como alguém a quem se pergunta o
caminho da cidade vizinha: «Admira-te a ti mesmo e vive na rua». «Alto
lá», exclamou o sábio, «pedes demais, basta já que nos admiremos!» E o
louco respondeu logo: «Mas como admirar sem cessar se não nos
desprezarmos constantemente?»
1 - Quem tem uma razão de viver é capaz de suportar qualquer coisa
QUANDO PERDEMOS DE VISTA nossos objetivos fundamentais, somos dominados
pelo estresse e pela desorientação. A sensação de “trabalhar muito para
nada” e o esgotamento que dificulta a concentração podem ser combatidos
com a definição de uma meta clara, que ofereça sentido ao que estamos
fazendo nos bons e nos maus momentos.
Para o psicólogo Viktor
Frankl, se o indivíduo encontra um sentido para sua vida, é capaz de
superar a maior parte das adversidades.
A logoterapia, criada
por ele, busca exatamente isto: em vez de escavar o passado do paciente,
tenta explorar o que é possível fazer com o que ele tem aqui e agora.
Em outras palavras, devemos encontrar um motivo para nos levantar da
cama todas as manhãs.
O problema de muitas pessoas
insatisfeitas com sua existência é que elas não pensam na vida que
gostariam de viver. E a primeira condição para encontrar-se é saber
aonde se quer chegar.
Como fez Frankl meio século mais tarde,
Nietzsche destaca a importância de se buscar uma “razão de viver”.
Quando nossa vida se torna plena de sentido, de uma hora para outra os
esforços já não são cansativos, e sim passos necessários em direção à
meta que estabelecemos.
2 - O destino dos seres humanos é feito de momentos felizes e não de épocas felizes
A FELICIDADE É FRÁGIL E VOLÁTIL, pois só é possível senti-la em certos
momentos. Na verdade, se pudéssemos vivenciá-la de forma ininterrupta,
ela perderia o valor, uma vez que só percebemos que somos felizes por
comparação.
Após uma semana de céu nublado, um dia de sol nos
parece um milagre da Criação. Do mesmo modo, a alegria aparenta ser mais
intensa quando atravessamos um período de tristeza. Os dois sentimentos
se complementam, pois, da mesma forma que a melancolia não é eterna,
não poderíamos suportar 100 anos de felicidade.
Imaginar que
temos obrigação de ser felizes o tempo todo e em todo lugar é um grande
fator de estresse na sociedade moderna. A negação da tristeza dispara o
consumo de antidepressivos e a busca de psicoterapias e nos leva a
adquirir coisas de que não precisamos. Não exibir um sorriso permanente
parece ser motivo de vergonha.
Contra essa perspectiva falsa e
infantil, Nietzsche nos lembra que a felicidade vem em lampejos e que
tentar fazer com que ela dure para sempre é aniquilar esses lampejos que
nos ajudam a seguir em frente no longo e tortuoso caminho da vida.
3 - Nós nos sentimos bem em meio à natureza porque ela não nos julga
NÓS, SERES HUMANOS DO SÉCULO XXI, estamos “desnaturalizados” e isso
muitas vezes nos faz parecer extraterrestres em nosso próprio planeta.
Mesmo acreditando que a cultura e a civilização tenham suprido nossa
porção mais animal e instintiva, ainda precisamos manter contato com o
mundo natural.
Para tratar quadros de ansiedade que nascem do
excesso de trabalho e de uma longa permanência na selva de pedra,
escapadas de dois ou três dias para a natureza podem ser mais eficientes
do que a ingestão de medicamentos.
Ao sentir o cheiro de terra
fresca, o ar limpo e o silêncio, que só é quebrado pelas pequenas
criaturas ao redor, reencontramos nossa essência por tanto tempo
abandonada.
Como diz Nietzsche, na cidade precisamos
representar um papel porque estamos muito preocupados com o que pensam
de nós. Mas, ao voltar à natureza, podemos nos dar ao luxo de sermos nós
mesmos. Não precisamos nos vestir bem, falar ou atuar de maneira
especial. Basta nos deixarmos levar pelo mundo natural em direção ao
nosso interior, onde um manancial de tranquilidade nos espera.
4 - Precisamos pagar pela imortalidade e morrer várias vezes enquanto estamos vivos
NIETZSCHE SUGERE QUE NÃO HÁ apenas uma morte ao longo da existência
humana. No decorrer da vida, vamos vencendo etapas e devemos morrer –
simbolicamente – para podermos nascer no estágio seguinte.
Essa
transição de uma vida a outra é o que as tribos mais ligadas à terra
chamam de “rito de passagem”, um momento que nossa civilização vem
abandonando.
O antropólogo catalão J. M. Fericgla comenta o
assunto: Sem entrar no mérito da religião, a primeira comunhão era
tradicionalmente um rito de iniciação: uma porta simbólica que conduzia
da infância à puberdade. Os meninos ganhavam suas primeiras calças
compridas após a cerimônia, transformando- -se em homenzinhos. Isso
coincidia com a permissão para sair à rua sozinhos, mesmo que apenas
para comprar pão. O padrinho costumava abrir uma conta-corrente no nome
do afilhado.
Também no momento da primeira comunhão os meninos ganhavam seu primeiro relógio, o que significava um controle adulto do tempo.
Um bom exercício para tomar consciência das vidas que existem dentro de
nossa vida é fazer uma relação das etapas que já superamos e verificar
se houve algum rito de passagem entre uma e outra. Depois podemos
perguntar a nós mesmos: “Qual é a próxima vida em que quero nascer?”
5 - O valor que damos ao infortúnio é tão grande que, se dizemos a alguém “Como você é feliz!”, em geral somos contestados
NÃO É LUGAR-COMUM DIZER que os povos aparentemente mais primitivos
demonstram ser mais felizes que a sociedade ocidental contemporânea.
Muitos se perguntam como pessoas que não têm nada ou quase nada podem
ser mais bem-humoradas do que outras que trabalham para acumular todo
tipo de bens.
Será que a contestação, como diz Nietzsche, é uma marca de nossa civilização?
Nas conversas típicas do ambiente de trabalho, nos bares e nos
restaurantes as queixas são intermináveis: reclamamos das taxas de
juros, do custo de vida, do ruído e da poluição que assolam as grandes
cidades. Talvez não estejamos fazendo nada para remediar esses fatores,
mas gostamos de nos queixar, o que acaba gerando angústia e estresse.
O estresse não nasce das circunstâncias externas, mas da interpretação
que fazemos delas. Talvez o segredo da felicidade seja deixar de nos
preocuparmos com fatores e estatísticas que não dependem de nós e nos
divertirmos mais.
6 - Nosso tesouro está na colmeia
de nosso conhecimento. Estamos sempre voltados a essa direção, pois
somos insetos alados da natureza, coletores do mel da mente
COMO SCHOPENHAUER, NIETZSCHE em sua juventude se interessou pelas várias filosofias que florescem na Índia.
Herdeiro de uma longa tradição espiritual voltada ao conhecimento
pessoal, Ramana Maharshi talvez tenha sido o último “grande guru” a
trabalhar com o instrumento que nos torna humanos: a mente.
Ramana estimulava seus discípulos a perguntarem a si mesmos: “Quem sou
eu?” Quando soube que tinha câncer, tranquilizou-os dizendo: “Não vou a
lugar nenhum. Para onde poderia ir?”
Aqui Nietzsche compara a
conquista da mente a uma abelha voando em direção à colmeia para colher o
mel mais puro. Maharshi descrevia da seguinte forma a viagem às
profundezas do nosso interior:
Assim como o pescador de pérolas
prende uma pedra na cintura e desce ao fundo do mar para buscá-las,
cada um de nós deve se munir de desapego, mergulhar dentro de si mesmo e
encontrar sua pérola.
Para encontrar essa pérola não é preciso
peregrinar à Índia nem se entregar a complexos exercícios espirituais.
Basta olharmos tranquilamente para o nosso interior.
7 - A palavra mais ofensiva e a carta mais grosseira são melhores e mais educadas que o silêncio
A MAIOR PARTE DAS GUERRAS PSICOLÓGICAS é iniciada mais pelo que não se diz do que pelo que se diz.
Vamos imaginar uma cena: A está chateado com B e parou de falar com B
desde que este se esqueceu de lhe dar os parabéns pelo aniversário. A
deveria ter dito: “Você não sabe que dia foi ontem?”, mas, como ficou
magoado com a falta de atenção do amigo – que, na realidade, foi apenas
um esquecimento –, resolveu pagar na mesma moeda: o silêncio. B acabou
se chateando com A, que de uma hora para outra deixou de atender seus
telefonemas e, quando conseguiram se falar, não se mostrou nada gentil.
São comportamentos infantis, porém muito mais comuns do que se imagina.
Quantos casais brigam por mal-entendidos que duram dias ou meses até
serem esclarecidos? A falta de comunicação também está na origem de
muitos conflitos vividos no ambiente de trabalho.
Não dizer as
coisas a tempo é um importante fator de estresse no mundo tumultuado em
que vivemos, pois possibilita interpretações equivocadas que acabam
pesando contra nós.
Nietzsche, que não tinha papas na língua,
afirma que é melhor expressar nossos sentimentos – mesmo sem encontrar
as palavras adequadas – do que ofender com o silêncio.
8 - Nossa honra não é construída por nossa origem, mas por nosso fim
COMO JÁ DISSEMOS, AS PESSOAS mais felizes e realizadas são as que sabem
aonde querem chegar e têm metas. Podemos alcançar nossos objetivos de
forma mais ou menos efi caz, mas o fato de ntermos vivido em função de
algo acrescenta um valor inestimável à nossa existência.
Quando
enxergamos a vida dessa maneira, nossa origem humilde e os erros que
porventura tenhamos cometido no caminho perdem a importância. Como diz o
Corão: “A Deus não importa o que você foi, mas o que será a partir
deste momento.”
Para ver com clareza e atuar de forma coerente,
precisamos de algo parecido com um roteiro pessoal. Experimente o
seguinte exercício:
1. Pegue uma folha de papel e trace nela uma linha vertical.
2. Escreva à esquerda um resumo do que foi sua vida até hoje.
3. À direita, descreva o caminho que gostaria que ela tomasse a partir deste momento.
4. Logo abaixo, anote os passos necessários para seguir em frente com seu roteiro. E mãos à obra!
9 - O homem que imagina ser completamente bom é um idiota
SE A CONSCIÊNCIA NOS TORNA HUMANOS, a imperfeição também é um traço
distintivo de nossa espécie. Passamos mais tempo reparando erros do que
construindo coisas de valor.
Assumir essa característica da
nossa condição nos ajuda a ser humildes e, o que é mais importante, nos
faz tomar consciência de quanto ainda precisamos nos aprimorar. Todo
fracasso ou erro nos ensina como fazer melhor.
As pessoas mais
inflexíveis e perfeccionistas sofrem as consequências de seus atos
imperfeitos. Se algo dá errado, costumam colocar a culpa nos outros e
ficam descontrolada quando alguém mostra qualquer falha que possam ter
cometido.
Nietzsche nos dá o seguinte conselho: é inútil
querermos ser bons o tempo todo e fazer tudo certo – o que importa é
estarmos dispostos a fazer um pouco melhor hoje do que fi zemos ontem.
A palavra japonesa wabi-sabi define a arte da imperfeição: no que é
incompleto, irregular e antigo existem vida e beleza, pois aí está
contido o desejo que a natureza tem de aprimorar a si mesma.
10 - As pessoas que nos fazem confidências se acham automaticamente no direito de ouvir as nossas
OS JORNALISTAS SABEM QUE informação é poder. Por isso é importante medir o que dizemos e, sobretudo, a quem dizemos.
Às vezes encontramos pessoas que rompem imediatamente o protocolo e nos transformam em parte integrante de suas vidas.
Mas o que pode ser entendido como um ato de confiança também envolve
riscos: quando nos transformam em seus confidentes, esses indivíduos nos
incluem em seu círculo íntimo e nos obrigam a acompanhar sua evolução
pessoal. Dito de outra forma: nós nos transformamos em espectadores
forçados de um mundo pessoal que até então desconhecíamos.
Além
da pressão gerada por ouvir confi dências, há o perigo do qual nos
previne Nietzsche: o outro pode estar esperando de nós uma atitude de
confiança semelhante para, assim, completar o círculo iniciado por ele.
Por tudo isso, é importante sermos cuidadosos ao escutar – reservando o
entusiasmo para as pessoas mais íntimas – e ainda mais cuidadosos ao
falar.
“Estar bem e feliz é uma questão de escolha e não de
sorte ou mero acaso. É estar perto das pessoas que amamos, que nos fazem
bem e que nos querem bem. É saber evitar tudo aquilo que nos incomoda
ou faz mal, não hesitando em usar o bom senso, a maturidade obtida com
experiências passadas ou mesmo nossa sensibilidade para isso. É
distanciar-se de falsidade, inveja e mentiras. Evitar sentimentos
corrosivos como o rancor, a raiva e as mágoas, que nos tiram noites de
sono e em nada afetam as pessoas responsáveis por causá-los. É valorizar
as palavras verdadeiras e os sentimentos sinceros que a nós são
destinados. É saber ignorar, de forma mais fina e elegante possível,
aqueles que dizem as coisas da boca para fora ou cujas palavras e
caráter nunca valeram um milésimo do tempo que você perdeu ao
escutá-las.”
Nietzsche foi um filósofo nascido em Rocken, na Prussia em 1844 e falecido em 1900.
Entre vários escritos, criou o termo super homem para designar um ser
superior aos demais que, segundo Nietzsche era o modelo ideal para
elevar a humanidade. Para ele, a meta do esforço humano não deveria ser a
elevação de todos, mas o desenvolvimento de indivíduos mais dotados e
mais fortes.
A meta, segundo Nietzsche, seria o super homem e
não a humanidade, que para ele era mera abstração, não existindo em
realidade, sendo apenas um imenso formigueiro de indivíduos.
O
todo do mundo era para ele como uma imensa oficina, onde algumas vezes
as coisas eram bem sucedidas, mas na maioria das vezes, o fracasso era o
resultado final. A finalidade das experiências era o aperfeiçoamento do
indivíduo e não a felicidade da coletividade.
Segundo
Nietzsche, a sociedade é o instrumento para a melhoria do poder e da
personalidade do indivíduo, não para a elevação de todos. A princípio
ele acreditava no surgimento de uma nova espécie de ser, porém, passou a
cogitar a possibilidade do seu “super homem” ser um indivíduo superior,
que se elevasse acima da mediocridade e que sua existência se devesse
mais ao esforço e a educação, do que pela seleção natural.
Na
visão de Nietzsche o ser humano superior não deveria se unir a outro ser
humano que não fosse igualmente superior. Em sua visão, o amor é
impedimento ao bom senso e o homem não deveria tomar decisões que afetem
sua vida, em momentos de paixão, devendo o amor ser deixado para a ralé
ou classe menos favorecida, cabendo ao ser superior, o super homem,
unir-se com outro ser superior, para assim, dar seguimento ao
desenvolvimento da raça e não apenas sua reprodução.
O super
homem idealizado por Nietzsche deveria ter uma educação eugênica, no
sentido de melhoria da condição humana, condição este subordinada as
mais intensas responsabilidades e cobranças por melhorias constantes,
sem esmorecimentos ou condescendências, onde o corpo e a alma
aprenderiam a obedecer e a vontade a subordinar-se a disciplina.
A característica dominante do super homem de Nietzsche seria o amor à
luta e ao perigo, deixando a felicidade para a maioria, os meros humanos
normais, pois ao super homem caberia o dever de elevar-se além dos
limites estabelecidos pela normalidade, pois nada mais terrível do que a
supremacia das massas, segundo Nietzsche.
A psicologia define a
Inteligência Emocional como o poder de identificar as suas emoções e
as alheias, bem como o dom de trabalhar cada uma delas. O sujeito
emocionalmente inteligente tem condições de incentivar a si próprio e de
seguir em frente mesmo diante das desilusões; detém a aptidão de conter
estímulos, transferir sentimentos para contextos adequados; exercitar a
gratidão dilatada; encorajar os outros, induzindo-os a despertar em seu
íntimo as maiores propensões e a participar de esforços coletivos.
Alguns estudiosos, como Daniel Goleman, dividem a Inteligência Emocional
em cinco tendências. Quando alguém distingue uma emoção à medida que
ela se manifesta, diz-se que ela tem capacidade de Auto-Conhecimento
Emocional. Já a pessoa que detém o Controle Emocional tem o dom de se
ocupar dos seus sentimentos, adaptando-os a cada cenário específico.
No quesito Auto-Motivação o indivíduo direciona seus afetos a um
propósito fundamental, e assim ele pode seguir na luta para alcançar
este objetivo. Há também quem seja perito em identificar sentimentos
alheios e os que são hábeis nas relações entre pessoas.
Os três
primeiros fatores estão vinculados à Inteligência Intra-Pessoal, a
capacidade de compreender a si próprio, de produzir uma representação
autêntica e exata de seu eu e de utilizá-la permanente e criativamente.
Os dois restantes se ligam à Inteligência Inter-Pessoal, o dom de
compreender os outros, que elementos os estimulam, de que forma atuam, e
como se deve agir com eles associativamente.
Charles Darwin
talvez tenha sido o primeiro teórico a usar uma concepção semelhante à
Inteligência Emocional. Ele defende o valor da manifestação das emoções
para a subsistência e a acomodação a um determinado contexto. Apesar de
alguns estudiosos ressaltarem os elementos do conhecimento na composição
da inteligência, diversos outros acadêmicos famosos estão começando a
destacar a significância de fatores não-cognitivos.
O
psicometrista Robert L. Thorndike, da Universidade de Columbia, recorreu
em 1920 à utilização da expressão ‘inteligência emocional’ para se
referir à habilidade de entender e incentivar as outras pessoas. Vinte
anos depois David Wechsler discorreu sobre a ascendência dos aspectos
não pertencentes ao campo do intelecto sobre a performance da
inteligência. Ele também afirmava que os padrões da inteligência só
seriam plenos quando esses elementos fossem apropriadamente considerados
na análise desse conceito.
Foi só em 1983 que o psicólogo
Howard Gardner desenvolveu sua tese das Inteligências Múltiplas. Neste
estudo ele inseriu o propósito de abranger tanto as concepções de
inteligência intrapessoal quanto as de inteligência interpessoal.
Segundo este estudioso, ferramentas como o QI não elucidam integralmente
o potencial de aquisição de conhecimento.
Sete
Sábios ou Sete Sábios da Grécia era um nome utilizado para se referir a
sete filósofos, juristas e estadistas do início do século VI a.C., que
com o passar dos séculos ganharam renome devido à sua sabedoria. O
conhecimento destes acabou por ser resumido em um aforismo (pequena
máxima ou afirmação sobre determinado assunto) memorável atribuído a
cada um, e seus ensinamentos e frases tornaram-se
um guia para a vida cotidiana. De acordo com a tradição que se formou,
cada um dos sábios representa um aspecto do conhecimento prático.
Na
verdade, a relação destes sete sábios variou bastante, mesmo em épocas
mais antigas. Platão fornece a mais antiga lista, mas a relação de
sábios, aforismos e atribuições variam. Aqueles que costumam ser
incluídos são os seguintes:
Tales de Mileto
Aforismo: Γνῶθι σεαυτόν. Tradução: "Conhece a ti mesmo".
Tales ( c. 624 a.C. - 546 a.C.) é o primeiro filósofo e matemático de
maior fama. Seu aforismo "Conhece a ti mesmo", foi gravado na fachada do
Oráculo de Apolo em Delfos.
Solon de Atenas
Aforismo: Μηδὲν ἄγαν. Tradução "(faça) Nada em excesso."
Solon (c. 638-558 a.C.) foi um famoso legislador e reformador
ateniense, responsável pelas leis que moldaram a democracia ateniense.
Quilon de Esparta
Aforismo: Ἐγγύα, πάρα δ ἄτα. Tradução: "A segurança traz a ruína."
Quilon foi um político espartano do século VI a.C.
Pítaco de Mitilene
Aforismo: Γίγνωσκε καιρόν. Tradução: "Reconheça a oportunidade."
Pítaco de Mitilene (c. 640-568 a.C.), governou Mitilene na cidade de
Lesbos, juntamente com Mirsilo. Ele tentou reduzir o poder da nobreza e
foi capaz de governar com o apoio das classes populares, a quem ele
muito favoreceu.
Bias de Priene
Aforismo: Οἱ πλεῖστοι κακοί. Tradução: "A maioria dos homens são ruins."
Bias foi um político e legislador do século VI a.C.
Cleóbulo de Lindos
Aforismo: Μέτρον ἄριστον. Tradução: "A moderação é o maior bem."
Cleóbulo governou como tirano de Lindos, cidade na ilha grega de Rodes, por volta de 600 a.C .
Periandro de Corinto
Aforismo: Μελέτη τὸ πᾶν. Tradução: "Tenha prudência em tudo."
Periandro (vivo por volta de 627 a.C.) era o tirano de Corinto no
séculos VII e VI a.C. Durante seu governo, a cidade experimentou uma era
de progresso e estabilidade sem precedentes.
Existem listas
dos sete sábios com nomes bem diversos destes. Foram incluídos entre
tais sábios Epimênides, Leofanto, Aristodemo, Ferécides de Siro,
Pitágoras de Samos, Anacársis, Anaxágoras, Acusilau de Argos, Laso de
Hermíone, Orfeu, Epicarmo, Pisístrato, Lino, Pânfilo. Além destes
citados, há a possibilidade de outras fontes não descobertas terem
incluído também outros nomes.
Academia de Platão, Academia
Platônica ou Academia de Atenas foi uma escola fundada por Platão, por
volta de 387 a.C. Trata-se da primeira universidade da história, na qual
grupos de seus seguidores recebiam educação formal. A Academia
continuou a existir até o século VI, quando o imperador Justiniano
fechou-a como parte de seu plano de abolir a cultura helenista pagã.
Academia de Platão. Pintura de Rafael Sanzio (1510).
Academia de Platão. Pintura de Rafael Sanzio (1510).
Após sua viagem a Siracusa, Platão coloca em prática o projeto da
Academia. Em “A República”, a obra mais conhecida do filósofo, temos a
ideia de uma república ideal, onde não haveria propriedades ou
casamentos, as crianças seriam educadas comunitariamente pelo Estado e
longe dos pais. Tudo para prepará-las para serem filósofos-governantes e
dentre eles sair o filósofo-rei.
Platão, como cidadão
ateniense, pode comprar uma pequena propriedade no interior de uma área
num dos mais belos subúrbios de Atenas. Considerada local público, esta
era chamada Akademia ou Hekademeia, e ali havia um parque público com
alamedas e belas árvores, adornada com estátuas, templos e sepulcros de
homens ilustres onde haviam sido plantadas oliveiras. A Akademia era
originalmente dedicada a um lendário herói ático chamado Akademos ou
Hekademos, que emprestou seu nome à área.
A Academia era uma
comunidade constituída pelos membros mais avançados e pelos jovens
estudantes com diferentes graus de desenvolvimento. Somente aqueles que
podiam se sustentar por um número considerável de anos se tornavam
membros da Academia. Haviam diversas salas de aula e quartos para os
discípulos, e Platão atuava como uma espécie de mentor, um guru
intelectual, sem a hierarquia de um professor ou diretor. Não havia
exames mas aparentemente, provas de maturidade, onde eram medidas as
qualidades de estudo e de reflexão dos seus discípulos e ouvintes.
O mérito da Academia elaborada por Platão foi a de reunir pela primeira
vez todas as características de uma verdadeira escola. Ao contrário das
palestras dos gramatistés ou dos métodos dos sofistas, a Academia se
dedicava a novos saberes, um corpo organizado de conhecimentos em um
espaço próprio para o ensino dentro da cidade.
Ao contrário da
escola de Isócrates, a academia continha um regulamento interno que
previa a sua continuidade para além da morte do seu fundador. Platão se
dedicou à Academia até os 81 anos de idade, quando morreu. Aristóteles
ambicionava ser o novo escolarca da Academia, mas, para sua decepção, a
instituição foi herdada pelo sobrinho de Platão, Speusipo, que foi
escolarca durante oito anos. A Academia manteve-se durante cerca de nove
séculos, tendo sido encerrada quando Damáscio era o escolarca, em 529
d.C., pelo imperador bizantino Justiniano I.
O Banquete (no
original grego, Συμπόσιον – Simposion) é um texto filosófico de Platão,
composto por volta de 385-380 a.C. Um dos grandes filósofos da Grécia
antiga, Platão é considerado também o mais brilhante discípulo de
Sócrates. Entre os seus trabalhos, há uma categoria chamada diálogos
socráticos, constantes de suas primeiras obras, mas também nas de
Xenofonte, que reproduzem as conversas que Sócrates tinha com outros
cidadãos gregos, por meio das quais exprimia suas ideias filosóficas.
Como Sócrates não deixou nenhum trabalho escrito, até onde se sabe,
esses diálogos são praticamente os únicos elementos que temos para
analisar o famoso método socrático de inquirição e saber um pouco mais
sobre seu raciocínio.
o banqueteNo caso d’O Banquete, Platão não foi
testemunha do diálogo, tendo conhecimento de seu conteúdo por meio de
terceiros. Assim, a obra teria vários pontos criados pelo autor, não
sendo completamente verídica do ponto de vista histórico. Assim como em A
República, O Banquete tem lugar específico e público, identificável, a
casa de Agatão (Agathon), discípulo de Sócrates. Ambos estão
acompanhados de Fedro, Pausânias, Erixímaco, o médico e Aristófanes,
autor famoso pelas suas peças cômicas. O tema principal é o amor, a
amizade (philia).
Na prática, O Banquete não pode ser
considerado um diálogo, sendo mais um duelo no qual os participantes
pretendem realizar o melhor discurso sobre a amizade. Como em outras
obras, Platão inicia esta do mesmo modo: alguns estão em caminho para a
cidade quando são interrompidos por outros e se colocam a discutir
determinado assunto. Desta mesma forma acontece em A República e em
Fedro.
No Banquete, Apolodoro e seu companheiro, cujo nome não é
revelado estão indo de casa, em Falero, para a cidade quando são
interrompidos por Glauco, que queria informações a respeito da conversa
de Agatão com Sócrates, Alcibíades e outros, no banquete em que
proferiram vários discursos sobre o amor. Aristodemo, testemunha dos
discursos, contou o que ali se passara para Apolodoro e esse, se empenha
em relatar os fatos na presença do seu Companheiro e de Glauco. O que
se passou na casa de Agatão é então relatado por Apolodoro. Sócrates
chega por último, quando o banquete já estava pelo meio. Depois de
tantas exposições a respeito de Eros no Banquete, começando por Fedro,
depois Pausânias, Erixímaco, Aristófanes e Agatão, Sócrates bem o
caracteriza, como compêndio da aspiração humana ao bem. A amizade, ou
amor, representados pelo deus Eros não é o próprio belo e o próprio bem.
Eros surge de duas oposições, a riqueza e a beleza, estando numa
situação intermediária sem estar em qualquer oposto e extremo. A posição
intermediária de Eros atribui-lhe movimento, sendo o mesmo movimento do
homem em busca do bem supremo.
Uma ideologia é um conjunto de
idéias conscientes e inconscientes que constituem os objetivos
primordiais do indivíduo, expectativas e ações. Uma ideologia é uma
visão abrangente, uma maneira de olhar as coisas como em várias
tendências filosóficas, ou um conjunto de idéias propostas pela classe
dominante de uma sociedade para todos os membros da mesma (o chamado
produto da socialização). As ideologias são sistemas de pensamento
abstratos aplicados a questões públicas, tornando este conceito central
para a análise política. Implicitamente, qualquer tendência política ou
econômica implica uma ideologia, sendo ela uma proposta explícito de
pensamento ou não.
O termo "ideologia" nasceu nos debates
filosóficos e políticos altamente controversos, a durante as lutas da
Revolução Francesa, tendo adquirido vários outros significados a partir
do início do Primeiro Império Francês. A palavra foi cunhada por Destutt
de Tracy, em 1796, juntando "idea" a "logia". Ele a usou para se
referir-se a um aspecto da sua "ciência das idéias" (para o estudo em
si, e não o objeto de estudo). Ele separou três aspectos: a ideologia, a
gramática geral e a lógica, considerando-se, respectivamente, o
sujeito, o meio e a razão desta ciência. Tracy argumenta que entre estes
aspectos, a ideologia é o termo mais genérico, pois a ciência das
ideias também contém o estudo da sua expressão e dedução.
Talvez a fonte mais acessível para o significado da ideologia é a obra
de Hippolyte Taine sobre o Antigo Regime (o primeiro volume de "Origens
da França Contemporânea"). Ele descreve a ideologia como o método
socrático de ensino de filosofia, mas sem estender o vocabulário para
além daquele que o leitor normal já possui, sem os exemplos de
observação que a ciência prática necessitaria. Aos poucos, o termo
perdeu essa sua grande concepção, se tornando um termo neutro na análise
de diferentes opiniões políticas e pontos de vista de grupos sociais.
Enquanto Karl Marx fixa o termo dentro da luta de classes e da opressão,
outros acreditavam que ela é uma parte necessária do funcionamento
institucional e de integração social.
Pesquisas psicológicas
sugerem que cada vez mais as ideologias refletem (inconscientemente)
processos motivacionais, em oposição à visão de que as convicções
políticas sempre refletem o pensamento independente e imparcial.
Estudiosos propõem que as ideologias podem funcionar como unidades
pré-embalados de interpretação que se espalham por causa de motivos
humanos básicos para compreender o mundo, evitar a ameaça existencial, e
manter relacionamentos interpessoais valorizadas. Os autores concluem
que tais motivos podem levar desproporcionalmente para a adoção do
sistema de justificar visões de mundo. Geralmente, psicólogos acreditam
que traços de personalidade, variáveis de diferença sociais,
necessidades e crenças ideológicas parecem ter um fio condutor comum.
"Odeio quem me rouba a solidão, sem em troca me oferecer verdadeira companhia."
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche "O casamento poe fim a uma porção de curtas asneiras — e começa uma única longa estupidez."
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche "Nenhum vitorioso acredita no acaso."
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche "A arte deve antes de tudo e em primeiro lugar embelezar a vida."
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche "Qualquer trabalho de certa importância exerce uma
influência ética. O esforço de concentrar e formar harmonicamente dada
matéria é uma pedra que cai em nossa vida psíquica; do pequenino
círculo, muitos outros mais amplos se propagam. "
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche "Viver quer dizer ser cruel e implacável contra tudo o que em nós se torna fraco e velho. "
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche "A crueldade é um dos prazeres mais antigos da espécie humana."
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche "As ideias são forças."
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche "Nada vos pertence mais que os sonhos vossos!"
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche "O que não me mata me fortalece."
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche "Se só por piedade se dessem esmolas, os mendigos es-tanam mortos de fome."
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche "Também os vencedores são vencidos pela vitória."
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche "Todos os que desfrutam acreditam que na árvore o
que importa é o fruto, quando na verdade o que importa é a semente: eis a
diferença entre os que desfrutam e os que crêem."
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche "Todos os seres humanos querem ser mimados e que se tenha pena deles."
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche " A essência de toda arte bela, de toda grande arte, é a gratidão."
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche " A vantagem de uma memória ruim é que se aproveita várias vezes pela primeira vez as mesmas coisas boas."
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche " Aquele que luta com monstros deveria tomar
cuidado para não se tornar, através disto, um monstro. E se você encara
por muito tempo um abismo, o abismo também encara você."
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche " Aquilo que não nos mata nos torna mais fortes."
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche " E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música. "
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche " É bastante difícil lembrar minhas opiniões, sem lembrar também minhas razões por elas!"
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche " É preciso ter o caos em si mesmo para ser capaz de dar à luz uma estrela dançante."
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche " Eu tenho o meu caminho. Você tem o seu caminho.
Portanto, quanto ao caminho direito, o caminho correto, e o único
caminho, isso não existe. "
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche " Falar muito sobre si próprio pode também ser um meio de se ocultar."
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche " Lart pair lart significa: a moral que vá pro inferno. "
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche " Não é a força, mas a constância dos bons sentimentos que conduz os homens à felicidade."
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche " Não existem fatos, apenas interpretações."
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche " No céu, todas as pessoas interessantes estão ausentes."
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche " O modo mais seguro de se corromper um jovem é
instrui-lo a manter uma estima mais alta por aqueles que pensam como ele
do que por aqueles que pensam diferente."
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche " Tudo o que é reto mente. Toda verdade é sinuosa. O próprio tempo é um círculo. "
Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche " Você tem o seu caminho. Eu tenho o meu caminho.
Quanto ao caminho exato, o caminho correto, e o único caminho, isso não
existe."
“A felicidade de gostar de tudo não é dos melhores
gostos. O meu gosto deseja o amarelo intenso e o roxo quente. Eis o meu
gosto: não é um gosto bom nem mau; mas é o meu gosto, e não preciso
ocultá-lo nem dele me envergonhar”
Olhemos-nos face a face.
Somos hiperbóreos sabemos muito bem quão remota é nossa morada. "Nem
por terra nem por mar encontrarás o caminho aos hiperbóreos": mesmo
Píndaro, em seus dias, sabia tanto sobre nós. Além do Norte, além do
gelo, além da morte nossa vida, nossa felicidade... Nós descobrimos
essa felicidade; nós conhecemos o caminho; retiramos essa sabedoria dos
milhares de anos no labirinto. Quem mais a descobriu? O homem moderno?
"Eu não conheço nem a saída nem a entrada; sou tudo aquilo que não
sabe nem sair nem entrar" assim suspira o homem moderno... Esse é o
tipo de modernidade que nos adoeceu a paz indolente, o compromisso
covarde, toda a virtuosa sujidade do moderno Sim e Não. Essa tolerância e
largeur(grandeza) de coração que tudo "perdoa" porque tudo "compreende"
é um siroco para nós. Antes viver no meio do gelo que entre virtudes
modernas e outros ventos do sul!... Fomos bastante corajosos; não
poupamos a nós mesmos nem os outros; mas levamos um longo tempo para
descobrir aonde direcionar nossa coragem. Tornamo-nos tristes; nos
chamaram de fatalistas. Nosso destino ele era a plenitude, a tensão, o
acumular de forças. Tínhamos sede de relâmpagos e grandes feitos;
mantivemo-nos o mais longe possível da felicidade dos fracos, da
"resignação"... Nosso ar era tempestuoso; nossa própria natureza
tornou-se sombria pois ainda não havíamos encontrado o caminho. A
fórmula de nossa felicidade: um Sim, um Não, uma linha reta, uma meta...
O que é bom? Tudo que aumenta, no homem, a sensação de poder, a vontade de poder, o próprio poder.
O que é mau? Tudo que se origina da fraqueza.
O que é felicidade? A sensação de que o poder aumenta de que uma resistência foi superada.
Não o contentamento, mas mais poder; não a paz a qualquer custo, mas a
guerra; não a virtude, mas a eficiência (virtude no sentido da
Renascença, virtu, virtude desvinculada de moralismos).
Os fracos e os malogrados devem perecer: primeiro princípio de nossa caridade. E realmente deve-se ajudá-los nisso.
O que é mais nocivo que qualquer vício? A compaixão posta em prática em nome dos malogrados e dos fracos o cristianismo...
O problema que aqui apresento não consiste em rediscutir o lugar
humanidade na escala dos seres viventes ( o homem é um fim ): mas que
tipo de homem deve ser criado, que tipo deve ser pretendido como sendo o
mais valioso, o mais digno de viver, a garantia mais segura do futuro.
Este tipo mais valioso já existiu bastantes vezes no passado: mas
sempre como um afortunado acidente, como uma exceção, nunca como algo
deliberadamente desejado. Com muita freqüência esse foi precisamente o
tipo mais temido; até ao presente foi considerado praticamente o terror
dos terrores; e devido a esse terror, o tipo contrário foi desejado,
cultivado e atingido: o animal doméstico, o animal de rebanho, a doentia
besta humana: o cristão...
Pelo que aqui se entende como
progresso, a humanidade certamente não representa uma evolução em
direção a algo melhor, mais forte ou mais elevado. Este "progresso" é
apenas uma idéia moderna, ou seja, uma idéia falsa. O Europeu de hoje,
em sua essência, possui muito menos valor que o Europeu da Renascença; o
processo da evolução não significa necessariamente elevação, melhora,
fortalecimento.
É bem verdade que ela tem sucesso em casos
isolados e individuais em várias partes da Terra e sob as mais variadas
culturas, e nesses casos certamente se manifesta um tipo superior; um
tipo que, comparado ao resto da humanidade, parece uma espécie de
super-homem. Tais golpes de sorte sempre foram possíveis e, talvez,
sempre serão. Até mesmo raças inteiras, tribos e nações podem
ocasionalmente representar tais ditosos acidentes.
Não
devemos enfeitar nem embelezar o cristianismo: ele travou uma guerra de
morte contra este tipo de homem superior, anatematizou todos os
instintos mais profundos desse tipo, destilou seus conceitos de mal e de
maldade personificada a partir desses instintos o homem forte como um
réprobo, como "degredado entre os homens". O cristianismo tomou o
partido de tudo o que é fraco, baixo e fracassado; forjou seu ideal a
partir da oposição a todos os instintos de preservação da vida saudável;
corrompeu até mesmo as faculdades daquelas naturezas intelectualmente
mais vigorosas, ensinando que os valores intelectuais elevados são
apenas pecados, descaminhos, tentações. O exemplo mais lamentável: o
corrompimento de Pascal, o qual acreditava que seu intelecto havia sido
destruído pelo pecado original, quando na verdade tinha sido destruído
pelo cristianismo!
Um doloroso e trágico espetáculo
surge diante de mim: retirei a cortina da corrupção do homem. Essa
palavra, em minha boca, é isenta de pelo menos uma suspeita: a de que
envolve uma acusação moral contra a humanidade. A entendo e desejo
enfatizar novamente livre de qualquer valor moral: e isso é tão
verdade que a corrupção de que falo é mais aparente para mim
precisamente onde esteve, até agora, a maior parte da aspiração à
"virtude" e à "divindade". Como se presume, entendo essa corrupção no
sentido de decadência: meu argumento é que todos os valores nos quais a
humanidade apóia seus anseios mais sublimes são valores de decadência.
Denomino corrompido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando perde
seus instintos, quando escolhe, quando prefere o que lhe é nocivo. Uma
história dos "sentimentos elevados", dos "ideais da humanidade" e é
possível que tenha de escrevê-la praticamente explicaria por que o
homem é tão degenerado. A própria vida apresenta-se a mim como um
instinto para o crescimento, para a sobrevivência, para a acumulação de
forças, para o poder: sempre que falta a vontade de poder ocorre o
desastre. Afirmo que todos os valores mais elevados da humanidade
carecem dessa vontade que os valores de decadência, de niilismo, agora
prevalecem sob os mais sagrados nomes.
Um doloroso e
trágico espetáculo surge diante de mim: retirei a cortina da corrupção
do homem. Essa palavra, em minha boca, é isenta de pelo menos uma
suspeita: a de que envolve uma acusação moral contra a humanidade. A
entendo e desejo enfatizar novamente livre de qualquer valor moral: e
isso é tão verdade que a corrupção de que falo é mais aparente para mim
precisamente onde esteve, até agora, a maior parte da aspiração à
"virtude" e à "divindade". Como se presume, entendo essa corrupção no
sentido de decadência: meu argumento é que todos os valores nos quais a
humanidade apóia seus anseios mais sublimes são valores de decadência.
Denomino corrompido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando perde
seus instintos, quando escolhe, quando prefere o que lhe é nocivo. Uma
história dos "sentimentos elevados", dos "ideais da humanidade" e é
possível que tenha de escrevê-la praticamente explicaria por que o
homem é tão degenerado. A própria vida apresenta-se a mim como um
instinto para o crescimento, para a sobrevivência, para a acumulação de
forças, para o poder: sempre que falta a vontade de poder ocorre o
desastre. Afirmo que todos os valores mais elevados da humanidade
carecem dessa vontade que os valores de decadência, de niilismo, agora
prevalecem sob os mais sagrados nomes.
Chama-se
cristianismo a religião da compaixão. A compaixão está em oposição a
todas as paixões tônicas que aumentam a intensidade do sentimento vital:
tem ação depressora. O homem perde poder quando se compadece. Através
da perda de força causada pela compaixão o sofrimento acaba por
multiplicar-se. O sofrimento torna-se contagioso através da compaixão;
sob certas circunstancias pode levar a um total sacrifício da vida e da
energia vital uma perda totalmente desproporcional à magnitude da
causa ( o caso da morte de Nazareno). Essa é uma primeira perspectiva;
há, entretanto, outra mais importante. Medindo os efeitos da compaixão
através da intensidade das reações que produz, sua periculosidade à vida
mostra-se sob uma luz muito mais clara. A compaixão contraria
inteiramente lei da evolução, que é a lei da seleção natural. Preserva
tudo que está maduro para perecer; luta em prol dos desterrados e
condenados da vida; e mantendo vivos malogrados de todos os tipos, dá à
própria vida um aspecto sombrio e dúbio. A humanidade ousou denominar a
compaixão uma virtude ( em todo sistema de moral superior ela aparece
como uma fraqueza ); indo mais adiante, chamaram-na a virtude, a origem
e fundamento de todas as outras virtudes mas sempre mantenhamos em
mente que esse era o ponto de vista de uma filosofia niilista, em cujo
escudo há a inscrição negação da vida. Schopenhauer estava certo nisto:
através a compaixão a vida é negada, e tornada digna de negação a
compaixão é uma técnica de niilismo. Permita-me repeti-lo: esse instinto
depressor e contagioso opõe-se a todos os instintos que se empenham na
preservação e aperfeiçoamento da vida: no papel de defensor dos
miseráveis, é um agente primário na promoção da decadência compaixão
persuade à extinção... É claro, ninguém diz "extinção": dizem "o outro
mundo", "Deus", "a verdadeira vida", Nirvana, salvação,
bem-aventurança... Essa inocente retórica do reino da idiossincrasia
moral-religiosa mostra-se muito menos inocente quando se percebe a
tendência que oculta sob palavras sublimes: a tendência à destruição da
vida. Schopenhauer era hostil à vida: esse foi o porquê de a compaixão,
para ele, ser uma virtude... Aristóteles, como todos sabem, via na
compaixão um estado mental mórbido e perigoso, cujo remédio era um
purgativo ocasional: considerava a tragédia como sendo esse purgativo. O
instinto vital deveria nos incitar a buscar meios de alfinetar
quaisquer acúmulos patológicos e perigosos de compaixão, como os
presentes no caso de Schopenhauer (e também, lamentavelmente, em toda a
nossa décadence literária, de St. Petersburgo a Paris, de Tolstoi a
Wagner), para que ele estoure e se dissipe... Nada é mais insalubre, em
toda nossa insalubre modernidade, que a compaixão cristã. Sermos os
médicos aqui, sermos impiedosos aqui, manejarmos a faca aqui tudo isso
é o nosso serviço, é o nosso tipo de humanidade, é isso que nos torna
filósofos, nós, hiperbóreos!
É necessário dizer quem
consideramos nossos adversários: os teólogos e tudo que tem sangue
teológico correndo em suas veias essa é toda a nossa filosofia... É
necessário ter visto essa ameaça de perto, melhor ainda, é preciso tê-la
vivido e quase sucumbido por ela, para compreender que isso não é
qualquer brincadeira ( o alegado livre-pensamento de nossos
naturalistas e fisiologistas me parece uma brincadeira não possuem a
paixão nessas coisas; não sofreram ). Este envenenamento vai muito mais
longe do que a maioria imagina: encontro o arrogante hábito de teólogo
entre todos aqueles que se consideram "idealistas", entre todos que, em
virtude uma origem superior, reivindicam o direito de se colocarem acima
da realidade, e olhá-la com suspeita... O idealista, assim como o
eclesiástico, carrega todos os grandes conceitos em sua mão ( e não
apenas em sua mão!); os lança com um benevolente desprezo contra o
"entendimento", os "sentidos", a "honra", o "bem viver", a "ciência"; vê
tais coisas abaixo de si, como forças perniciosas e sedutoras, sobre as
quais "o espírito" plana como a coisa pura em si como se a humildade,
a castidade, a pobreza, em uma palavra, a santidade, não tivessem
causado muito mais dano à vida que quaisquer outros horrores e vícios...
O puro espírito é a pura mentira... Enquanto o padre, esse negador,
caluniador e envenenador da vida por profissão for aceito como uma
variedade de homem superior, não poderá haver resposta à pergunta: Que é
a verdade? A verdade já foi posta de cabeça para baixo quando o
advogado do nada foi confundido com o representante da verdade.
Os acadêmicos vão torcer o nariz: Nietzsche usado como autoajuda. Mas,
examinando melhor a questão, eles lembrarão que muitos filósofos
defenderam a felicidade como finalidade da vida. Isso todo primeiranista
sabe, não adianta repudiar.
"Nietzsche para Estressados", de
Allan Percy, segue a mesma linha de "Mais Platão, Menos Prozac", de Lou
Marinoff, livro que também causou aversão nos mais conservadores. Quem
estuda filosofia e mantém o bom humor pode se divertir com os títulos.
Friedrich Nietzsche (1844-1900) --filósofo que influenciou intelectuais
como Sigmund Freud (1856-1939), Jean-Paul Sartre (1905-1980) e Michel
Foucault (1926-1984)-- abominava o ascetismo, doutrina que se opõe aos
prazeres mundanos.
No livro, Allan Percy usa o pensamento
filosófico do alemão para solucionar problemas pessoais e profissionais.
Publicado no Brasil pela Gmt Sextante, a obra reúne 99 máximas do
notório niilista aplicáveis a várias situações cotidianas. Leia um
trecho do exemplar.
Visite a estante dedicada às ciências humanas
*
O valor que damos ao infortúnio é tão grande que, se dizemos a alguém "Como você é feliz!", em geral somos contestados
NÃO É LUGAR-COMUM DIZER que os povos aparentemente mais primitivos
demonstram ser mais felizes que a sociedade ocidental contemporânea.
Muitos se perguntam como pessoas que não têm nada ou quase nada podem
ser mais bem-humoradas do que outras que trabalham para acumular todo
tipo de bens.
Será que a contestação, como diz Nietzsche, é uma marca de nossa civilização?
Nas conversas típicas do ambiente de trabalho, nos bares e nos
restaurantes as queixas são intermináveis: reclamamos das taxas de
juros, do custo de vida, do ruído e da poluição que assolam as grandes
cidades. Talvez não estejamos fazendo nada para remediar esses fatores,
mas gostamos de nos queixar, o que acaba gerando angústia e estresse.
O estresse não nasce das circunstâncias externas, mas da interpretação
que fazemos delas. Talvez o segredo da felicidade seja deixar de nos
preocuparmos com fatores e estatísticas que não dependem de nós e nos
divertirmos mais.
Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se.
Sofrer, é só uma vez; vencer, é para a eternidade.
A porta da felicidade abre só para o exterior; quem a força em sentido contrário acaba por fechá-la ainda mais.
A vida só se compreende mediante um retorno ao passado, mas só se vive para diante.
Não há nada em que paire tanta sedução e maldição como num segredo.
A função da oração não é influenciar Deus, mas especialmente mudar a natureza daquele que ora.
A fé é a mais elevada paixão de todos os homens.
Sem pecado, nada de sexualidade, e sem sexualidade, nada de História.
O casamento feliz é e continuará a ser a viagem de descoberta mais importante que o homem jamais poderá empreender.
O indivíduo, na sua angústia de não ser culpado mas de passar por sê-lo, torna-se culpado.
O povo pede o poder da palavra para compensar o poder de livre pensamento a que ele foge.
O humorista, tal como a fera, anda sempre sozinho.
Enganar-se a respeito da natureza do amor é a mais espantosa das
perdas. É uma perda eterna, para a qual não existe compensação nem no
tempo nem na eternidade: a privação mais horrorosa, que não é possível
recuperar nem nesta vida... nem na futura!
"Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se."
Acima de tudo, não perca seu desejo de prosseguir.
Têm vergonha de obedecer ao rei porque ele é rei - então, obedecem-lhe porque ele é inteligente.
"A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser vivida olhando-se para a frente. "
Ame profunda e apaixonadamente.
Você pode sair ferido, mas essa é a única maneira de viver a vida completamente.
Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se.
Não há verdade verdadeira que não seja subjetiva, isto é apropriada.
O infinito temor dum único perigo torna inexistentes todos os outros.
A felicidade eterna prometida pelo Cristianismo:
O problema objectivo consiste numa investigação acerca da verdade do
Cristianismo. Oproblema subjectivo diz respeito à relação do indivíduo
com o Cristianismo. Para pôr ascoisas de forma simples: como é que eu,
Johannes Climacus [Kierkegaard], possoparticipar da felicidade prometida
pelo Cristianismo? ...Partindo do princípio de que não há problemas com
as Escrituras
―
o que se segue?Uma pessoa que antes não tinha
fé passou a estar um só passo mais próximo de a ter?Não, nem um só
passo. A fé não resulta da investigação científica; não tem de todo
umaorigem directa. Pelo contrário, nesta objectividade há a tendência
para perder o interessepessoal infinito pela paixão que é a condição da
fé, o
ubique et musquam
no qual a fépode brotar. Uma pessoa que
antes tinha fé ganhou algo no que respeita à sua força epoder? Não, nem
de longe. Em vez disso, aquilo que ocorre é que, neste
volumosoconhecimento, nesta certeza que espreita à porta da fé e ameaça
devorá-la, ela está numasituação tão perigosa que precisará de
esforçar-se muito, cheia de medo e a tremer, paraque não caia vítima da
tentação de confundir conhecimento com fé. Apesar de a fé tertido até
agora um mestre-escola eficaz na incerteza existente, teria na nova
certeza o seumais perigoso inimigo. Pois, se a paixão for eliminada, a
fé deixa de existir, e a certezae a paixão não coexistem. Quem quer que
acredite que há um Deus e uma providênciaque tudo governa achará mais
fácil preservar a sua fé, mais fácil adquirir uma coisa queé
definitivamente fé e não uma ilusão, num mundo imperfeito em que a
paixão émantida viva do que num mundo absolutamente perfeito. Num tal
mundo, a fé é ...impensável.Assumo agora o oposto, que os adversários
conseguiam provar o que desejam sobre asEscrituras, com uma certeza que
transcende a vontade mais ardente da hostilidade maisentusiástica
―
e daí? Aboliram com isso o Cristianismo? De modo algum. Foi o
crentelesado? De modo algum, nem um bocadinho. O adversário tornou
legítimo ser liberto daresponsabilidade de não ser crente? De modo
algum. Lá porque estes livros não sãoescritos por estes autores ... e
não são inspirados não se segue ... que Cristo não existiu.Até agora, o
crente é igualmente livre para assumi-lo. ...Eis o ponto essencial da
questão, e retorno ao caso da teologia culta. Em prol de quem éa prova
procurada? A fé não precisa dela e deve até vê-la como sua inimiga.
Masquando a fé começa a sentir-se embaraçada e envergonhada, como uma
donzela paraquem o seu amado já não é suficiente, mas que se sente
secretamente envergonhada doseu amante e tem, portanto, de pensar que há
algo de notável nele
―
quando a fécomeça deste modo a perder a
paixão, quando a fé começa a deixar de ser fé, entãotorna-se necessária
uma prova para merecer o respeito do lado da descrença. ... Afilosofia
ensina que deve tornar-se objectiva, ao passo que o Cristianismo ensina
quedeve tornar-se subjectiva, isto é, tornar-se um sujeito na verdade.
... O Cristianismodeseja intensificar a paixão ao seu mais alto grau;
mas a paixão é subjectividade e nãoexiste objectivamente. ...Pode-se
presumir, então, que a tarefa de tornar-se subjectivo é a tarefa mais
elevada euma tarefa proposta a todos os seres humanos; tal como,
analogamente, o prémio maiselevado, uma felicidade eterna, existe apenas
para aqueles que são subjectivos; oumelhor, passa a existir para os
indivíduos que se tornam subjectivos.Quando a questão da verdade é
colocada de forma objectiva, a reflexão é dirigidaobjectivamente para a
verdade como um objecto com o qual aquele que conhece estárelacionado.
Contudo, a reflexão não está focada na relação, mas na questão de saber
seé a verdade com a qual aquele que conhece está relacionado. Se apenas o
objecto comque ele está relacionado é verdadeiro, o sujeito é
considerado estar na verdade. Quando
a questão da verdade
é levantada subjectivamente, a reflexão é dirigida subjectivamentepara a
natureza da relação individual; se apenas o modo desta relação está na
verdade, oindivíduo está na verdade mesmo que ele esteja assim
relacionado com o que não éverdade. Tomemos como exemplo o conhecimento
de Deus. Objectivamente, a reflexãoé dirigida ao problema de saber se
este objecto é o Deus verdadeiro: subjectivamente, areflexão é dirigida
para a questão de saber se o indivíduo está relacionado com umacoisa de
tal maneira que a sua relação é na verdade uma relação-com-Deus. ...
Oindivíduo existente que escolhe prosseguir o caminho objectivo entra no
processo-de-aproximação completo pelo qual se tenta revelar Deus
objectivamente. Mas isto étotalmente impossível, porque Deus é um
sujeito e, portanto, existe para asubjectividade apenas na
interioridade. A ênfase objectiva incide no QUE é dito, aênfase
subjectiva no COMO é dito. Esta distinção mantém-se mesmo no reino
estético erecebe uma expressão precisa no princípio de que é em si mesmo
verdade pode na bocade tal e tal pessoa tornar-se falso ...
Objectivamente o interesse está focado unicamenteno pensamento-conteúdo,
subjectivamente na interioridade. No seu máximo este"como" interior é a
paixão do infinito, e a paixão do infinito é a verdade. Mas a paixãodo
infinito é completa subjectividade e, assim, a subjectividade torna-se a
verdade. ...Apenas na subjectividade existe determinação para procurar o
factor e não o seuconteúdo, pois o seu conteúdo é precisamente ele
próprio. Desta forma, a subjectividadee o seu "como" subjectivo
constitui a verdade. ... Eis aqui uma tal definição de verdade:uma
incerteza objectiva agarrada rapidamente num processo de apropriação da
maisapaixonada interioridade é a verdade, a verdade mais elevada que um
indivíduoexistente pode atingir. ...Mas a definição acima de verdade é
uma expressão equivalente da fé. Sem riscos não háfé. A fé é exactamente
a contradição entre a paixão infinita da interioridade individual ea
incerteza objectiva. Se sou capaz de captar Deus objectivamente, não
acredito, masprecisamente porque não sou capaz de fazer isto tenho de
acreditar. ... Sem risco não háfé e quanto maior o risco maior a fé;
quanto mais é a segurança objectiva menos é ainterioridade (pois a
interioridade é precisamente subjectividade), e quanto menos é
asegurança objectiva mais profunda é a interioridade possível. Quando o
paradoxo é emsi mesmo paradoxal repele o indivíduo em virtude do seu
absurdo e a paixãocorrespondente à interioridade é a fé.Quando Sócrates
acreditou que havia um Deus, ele agarrou-se rapidamente à
incertezaobjectiva com toda a paixão da sua interioridade, e é
justamente nesta contradição eneste risco que a fé tem as suas raízes.
Agora é de forma diferente. Em vez da incertezaobjectiva, há aqui uma
certeza, a saber, que objectivamente é absurdo; e este absurdo,agarrado
rapidamente na paixão da interioridade, é fé. A ignorância socrática é
umaespécie de brincadeira genial em comparação com a seriedade perante o
absurdo; e ainterioridade existencial socrática é uma frivolidade grega
em comparação com aenérgica gravidade da fé. Devido à sua repulsão
objectiva o absurdo é precisamente amedida da intensidade da fé na
interioridade. Suponha um homem que deseje adquirir afé; deixe a comédia
começar. Ele deseja ter fé, mas ele deseja também proteger-se
porintermédio de uma investigação objectiva e do seu
processo-de-aproximação. O queacontece? Com a ajuda do
processo-de-aproximação o absurdo torna-se algo diferente;torna-se
provável, torna-se progressivamente provável, torna-se extrema
eenfaticamente provável. Agora ele está pronto a acreditar nisso, e ele
aventura-se aafirmar para si mesmo que não acredita como os sapateiros e
os alfaiates e o povosimples acredita, mas apenas após uma longa
deliberação. Agora ele está pronto aacreditar nisso; e, vejam só, agora
tornou-se completamente impossível acreditar nisso.Algo que seja quase
provável, ou provável, ou extrema e enfaticamente provável, e algo.
que ele pode quase conhecer, ou tão bom como conhecer, ou extrema e enfaticamentequase conhecer
―
mas é impossível acreditar... .Tradução de Álvaro NunesSøren Kierkegaard,
Concluding Unscientific Postscript
, traduzido a partir da traduçãoinglesa de David F. Swenson and Walter
Lowrie (Princeton University Press, 1949 e1961), publicada in Howard
Kahane,
Thinking About Basic Beliefs
, Wadsworth,Belmont, 1983, pp. 30-32.
A felicidade
A felicidade é uma porta
Que sempre se abre pra fora
Quem forçá-la para dentro
Ordena que o amor vá embora
A felicidade é uma porta
São poucos os que se arvoram
A mantê-la escancarada
Como vão de abrigo aos que choram
A felicidade é uma porta
É passagem, é caminho
É meio e não é fim
Roga o bem do seu vizinho
Nunca quer só pra si
A felicidade é uma porta
E abri-la é escolha sua
Quem se fecha não se arrisca
Mas a alegria está na rua.
Por convite do Agrupamento Vertical de Escolas de Calendário
(V.N.Famalicão), o Instituto da Inteligência realizou uma palestra sobre
"Estilos de Vida e Felicidade", a qual teve lugar na Escola EB 2,3 Dr.
Nuno Simões, no passado dia 18 de Fevereiro.
Nos últimos anos, a
Felicidade tem sido um tema que é cada vez mais objecto de estudo. Agora
também a Ciência se envolveu na tarefa de nos explicar que sentimento é
esse. Os mais recentes e interessantes livros sobre a matéria provêm de
investigadores universitários. A definição de Felicidade varia de
pessoa para pessoa e de autor para autor. Para uns é um sentimento de
realização, harmonia e integração. Para outros o resultado de conquistas
e ambições. Os cientistas, como o biofísico Stefan Klein, defendem que
se trata de um sentimento que abrange o bem-estar corporal, psíquico,
social e espiritual.
Algumas pessoas agarram-se à esperança de que a
inteligência será a nossa derradeira tábua de salvação porque, com ela,
saberemos fazer melhores escolhas. Mas será assim? A verdade é que a
inteligência não é garantia de Felicidade como não é de Sabedoria,
Talento e Sucesso. A inteligência é apenas uma possibilidade em aberto,
um recurso pessoal, uma potencialidade feita de emoções, sentimentos,
pensamentos, memórias, sonhos, desejos, ambições.
Finalmente, qual é
a importância da Educação neste processo? A Felicidade pode ser
aprendida? Podemos ensinar às pessoas a Fórmula da Felicidade? Se essa
fórmula existe porque não a ensinamos às crianças? Onde estamos a
falhar? De que estamos à espera? À palestra assistiram algumas dezenas
de professores.
A felicidade é um conceito que evoluiu ao longo dos tempos.
Provavelmente, para os homens primitivos, a felicidade resumia-se a
sentirem-se bem, estarem protegidos dos animais selvagens e terem saúde e
comida.
As doenças eram muitas e vivia-se poucos anos.
A maioria das crianças morria nos primeiros meses de vida.
A felicidade, tal como a concebemos hoje, era desconhecida, mesmo impensável.
No tempo dos Gregos antigos a ideia de felicidade já era mais completa: "ter corpo são e forte, boa sorte e alma bem formada".
Demócrito dizia que ela "era a medida do prazer e a proporção da vida"
que era, afinal, manter-se afastado dos defeitos e dos excessos.
Platão entendia que a felicidade tinha mais a ver com a virtude do que
com os prazeres mundanos: "os felizes são felizes por possuirem a
justiça e a temperança; os infelizes são infelizes por possuirem a
maldade" - escreveu o filósofo.
E que virtude era essa?
Nem mais do que a capacidade da alma para dirigir o homem da melhor maneira!
Com o avançar dos tempos, a felicidade voltou a estar relacionada com o prazer.
Os filósofos Locke e Leibniz estavam, nesse aspecto, de acordo: "o grau
ínfimo daquilo que pode ser chamado de felicidade é estar tão livre de
sofrimentos e ter tanto prazer presente que não é possível contentar-se
com menos" (Locke).
Assim, a felicidade era o maior prazer de que somos capazes e a infelicidade o maior sofrimento!
Com o consumismo exacerbado do nosso tempo, a felicidade passou a
incluir o prazer de ter coisas, muitas coisas, desde objectos a ambições
e riqueza material.
Talvez por nos termos afastado da natureza inicialmente simples da felicidade ela hoje parece ser mais difícil de alcançar.
A culpa parece residir em nós.
O verbo TER passou a ser mais importante que o SER.
E esquecemo-nos que, segundo reza uma lenda indiana, a felicidade está alojada dentro de nós.
Entretanto, andamos à procura dela cá fora: nos outros e nas muitas
coisas que o mundo moderno tem para nos oferecer mas a que nem sempre
temos acesso.
Neuropsicólogo, diplomado em Hipnologia Médica,
doutorado em Psychological Research, especialista em Inteligência Humana
e em Optimização Cerebral. Membro efectivo da Association for
Psychological Science desde 2001.
CEO do grupo Instituto da
Inteligência (Portugal), Managing Director do Centre for Future
Intelligence Management (UK), director para a União Europeia da Zigma
Consulting Group (América Latina) e director da Divisão de Investigação
Científica de Psicologia na Euradec, em Berlim (Associação Europeia para
o Desenvolvimento da Educação e da Cidadania), além de representante da
revista americana "Neurociências & Negócios'' na Europa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário