sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A Genética Condiciona a FelicidadeUma era de felicidade simplesmente não é possível porque as pessoas querem apenas desejá-la, mas não possuí-la, e cada indivíduo aprende durante os seus bons tempos a de facto rezar por inquietações e desconforto.

A Genética Condiciona a FelicidadeUma era de felicidade simplesmente não é possível porque as pessoas querem apenas desejá-la, mas não possuí-la, e cada indivíduo aprende durante os seus bons tempos a de facto rezar por inquietações e desconforto. O destino do homem está projetado para momentos felizes — toda a vida os têm —, mas não para eras felizes. Estas, porém, permanecerão fixadas na imaginação humana como "o que está além das montanhas", como um legado de nossos ancestrais: pois o conceito de uma era de felicidade foi sem dúvida adquirido nos tempos primordiais, a partir da condição em que, depois de um esforço violento na caça e na guerra, o homem se entrega ao repouso, estica os membros e sente as asas do sono roçando a sua pele. Será uma falsa conclusão se, na trilha dessa remota e familiar experiência, o homem imaginar que, após eras inteiras de labor e inquietação, ele poderá usufruir, de modo correspondente, daquela condição de felicidade intensa e prolongada.

Perdido seja para nós aquele dia em que não se dançou nem uma vez! E falsa seja para nós toda a verdade que não tenha sido acompanhada por uma risada!

A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez.

Tudo é precioso para aquele que foi, por muito tempo, privado de tudo.

Não é a força mas a constância dos bons resultados que conduz os homens à felicidade.

A Minha Felicidade

Depois de estar cansado de procurar
Aprendi a encontrar.
Depois de um vento me ter feito frente
Navego com todos os ventos.

Não é a força, mas a constância dos bons sentimentos que conduz as pessoas à felicidade

Não poderia haver felicidade, jovialidade, esperança, orgulho, presente, sem o esquecimento.

A felicidade do homem está em 'eu quero'; a felicidade da mulher, em 'ele quer'.

"Inventámos a felicidade", dirão os derradeiros homens, a piscarem o olho uns aos outros

"A essência da felicidade é não ter medo."

"Não procure por felicidades, graças bem-aventuranças distantes e desconhecidas, mas por aquilo que você gostaria de viver de novo e por toda a eternidade."

A felicidade do homem está em "eu quero"; a felicidade da mulher, em "ele quer".

"A fórmula da minha felicidade: um sim, um não, uma linha reta, um objetivo."

Eis A Fórmula Da felicidade: Um Sim, Um Não, Uma Linha Reta, Uma Meta...

O perigo na felicidade - agora tudo está dando certo para mim, amo qualquer destino. Quem quer ser meu destino?

"E eu, que estou de bem com a vida, creio que aqueles que mais entendem de felicidade são as borboletas e as bolhas
de sabão e tudo que entre os homens se lhes assemelhem"

Para quem sofre, é uma alegria inebriante desviar o olhar de seu sofrimento e esquecer de si mesmo.

Uma era de felicidade simplesmente não é possível porque as pessoas querem apenas desejá-la, mas não possuí-la, e cada indivíduo aprende durante os seus bons tempos a de facto rezar por inquietações e desconforto. O destino do homem está projetado para momentos felizes — toda a vida os têm —, mas não para eras felizes. Estas, porém, permanecerão fixadas na imaginação humana como ‘o que está além das montanhas’, como um legado de nossos ancestrais: pois o conceito de uma era de felicidade foi sem dúvida adquirido nos tempos primordiais, a partir da condição em que, depois de um esforço violento na caça e na guerra, o homem se entrega ao repouso, estica os membros e sente as asas do sono roçando a sua pele. Será uma falsa conclusão se, na trilha dessa remota e familiar experiência, o homem imaginar que, após eras inteiras de labor e inquietação, ele poderá usufruir, de modo correspondente, daquela condição de felicidade intensa e prolongada.”

Primeiramente vamos conceituar o que é FELICIDADE.
Felicidade para muitos podem ser momentos em que sentimos prazeres. O dicionário diz que felicidade “é o estado de uma consciência plenamente de satisfação, contentamento e bem estar”.

O que de fato não é fácil de conceituar - se então veremos como o filósofo Friedrich Nietzsche refletia sobre o que é a FELICIDADE e como alcança-la.

Para Nietzsche a felicidade é algo muito alem, pois as pessoas em sim se preocupam em desejá-la e não em possuí-la. Segundo Nietzsche não existe estado pleno de felicidade e sim momentos felizes que podem ser prolongado. Para ele esse sentimento está condicionado geneticamente. Para conseguimos essa plenitude é necessário que o homem aja de acordo com a razão em virtude dos valores éticos e morais, e que esse individuo reflita de um modo no qual ele compreenda que ele não convive sozinho e sim em uma sociedade na qual são estabelecidos direitos humanos.

O Caminho da Felicidade
Um sábio perguntava a um louco qual era o caminho da felicidade. O louco respondeu-lhe imediatamente, como alguém a quem se pergunta o caminho da cidade vizinha: «Admira-te a ti mesmo e vive na rua». «Alto lá», exclamou o sábio, «pedes demais, basta já que nos admiremos!» E o louco respondeu logo: «Mas como admirar sem cessar se não nos desprezarmos constantemente?»

1 - Quem tem uma razão de viver é capaz de suportar qualquer coisa

QUANDO PERDEMOS DE VISTA nossos objetivos fundamentais, somos dominados pelo estresse e pela desorientação. A sensação de “trabalhar muito para nada” e o esgotamento que dificulta a concentração podem ser combatidos com a definição de uma meta clara, que ofereça sentido ao que estamos fazendo nos bons e nos maus momentos.

Para o psicólogo Viktor Frankl, se o indivíduo encontra um sentido para sua vida, é capaz de superar a maior parte das adversidades.

A logoterapia, criada por ele, busca exatamente isto: em vez de escavar o passado do paciente, tenta explorar o que é possível fazer com o que ele tem aqui e agora. Em outras palavras, devemos encontrar um motivo para nos levantar da cama todas as manhãs.

O problema de muitas pessoas insatisfeitas com sua existência é que elas não pensam na vida que gostariam de viver. E a primeira condição para encontrar-se é saber aonde se quer chegar.

Como fez Frankl meio século mais tarde, Nietzsche destaca a importância de se buscar uma “razão de viver”. Quando nossa vida se torna plena de sentido, de uma hora para outra os esforços já não são cansativos, e sim passos necessários em direção à meta que estabelecemos.



2 - O destino dos seres humanos é feito de momentos felizes e não de épocas felizes

A FELICIDADE É FRÁGIL E VOLÁTIL, pois só é possível senti-la em certos momentos. Na verdade, se pudéssemos vivenciá-la de forma ininterrupta, ela perderia o valor, uma vez que só percebemos que somos felizes por comparação.

Após uma semana de céu nublado, um dia de sol nos parece um milagre da Criação. Do mesmo modo, a alegria aparenta ser mais intensa quando atravessamos um período de tristeza. Os dois sentimentos se complementam, pois, da mesma forma que a melancolia não é eterna, não poderíamos suportar 100 anos de felicidade.

Imaginar que temos obrigação de ser felizes o tempo todo e em todo lugar é um grande fator de estresse na sociedade moderna. A negação da tristeza dispara o consumo de antidepressivos e a busca de psicoterapias e nos leva a adquirir coisas de que não precisamos. Não exibir um sorriso permanente parece ser motivo de vergonha.

Contra essa perspectiva falsa e infantil, Nietzsche nos lembra que a felicidade vem em lampejos e que tentar fazer com que ela dure para sempre é aniquilar esses lampejos que nos ajudam a seguir em frente no longo e tortuoso caminho da vida.



3 - Nós nos sentimos bem em meio à natureza porque ela não nos julga

NÓS, SERES HUMANOS DO SÉCULO XXI, estamos “desnaturalizados” e isso muitas vezes nos faz parecer extraterrestres em nosso próprio planeta. Mesmo acreditando que a cultura e a civilização tenham suprido nossa porção mais animal e instintiva, ainda precisamos manter contato com o mundo natural.

Para tratar quadros de ansiedade que nascem do excesso de trabalho e de uma longa permanência na selva de pedra, escapadas de dois ou três dias para a natureza podem ser mais eficientes do que a ingestão de medicamentos.

Ao sentir o cheiro de terra fresca, o ar limpo e o silêncio, que só é quebrado pelas pequenas criaturas ao redor, reencontramos nossa essência por tanto tempo abandonada.

Como diz Nietzsche, na cidade precisamos representar um papel porque estamos muito preocupados com o que pensam de nós. Mas, ao voltar à natureza, podemos nos dar ao luxo de sermos nós mesmos. Não precisamos nos vestir bem, falar ou atuar de maneira especial. Basta nos deixarmos levar pelo mundo natural em direção ao nosso interior, onde um manancial de tranquilidade nos espera.



4 - Precisamos pagar pela imortalidade e morrer várias vezes enquanto estamos vivos

NIETZSCHE SUGERE QUE NÃO HÁ apenas uma morte ao longo da existência humana. No decorrer da vida, vamos vencendo etapas e devemos morrer – simbolicamente – para podermos nascer no estágio seguinte.

Essa transição de uma vida a outra é o que as tribos mais ligadas à terra chamam de “rito de passagem”, um momento que nossa civilização vem abandonando.

O antropólogo catalão J. M. Fericgla comenta o assunto: Sem entrar no mérito da religião, a primeira comunhão era tradicionalmente um rito de iniciação: uma porta simbólica que conduzia da infância à puberdade. Os meninos ganhavam suas primeiras calças compridas após a cerimônia, transformando- -se em homenzinhos. Isso coincidia com a permissão para sair à rua sozinhos, mesmo que apenas para comprar pão. O padrinho costumava abrir uma conta-corrente no nome do afilhado.

Também no momento da primeira comunhão os meninos ganhavam seu primeiro relógio, o que significava um controle adulto do tempo.

Um bom exercício para tomar consciência das vidas que existem dentro de nossa vida é fazer uma relação das etapas que já superamos e verificar se houve algum rito de passagem entre uma e outra. Depois podemos perguntar a nós mesmos: “Qual é a próxima vida em que quero nascer?”



5 - O valor que damos ao infortúnio é tão grande que, se dizemos a alguém “Como você é feliz!”, em geral somos contestados

NÃO É LUGAR-COMUM DIZER que os povos aparentemente mais primitivos demonstram ser mais felizes que a sociedade ocidental contemporânea. Muitos se perguntam como pessoas que não têm nada ou quase nada podem ser mais bem-humoradas do que outras que trabalham para acumular todo tipo de bens.

Será que a contestação, como diz Nietzsche, é uma marca de nossa civilização?

Nas conversas típicas do ambiente de trabalho, nos bares e nos restaurantes as queixas são intermináveis: reclamamos das taxas de juros, do custo de vida, do ruído e da poluição que assolam as grandes cidades. Talvez não estejamos fazendo nada para remediar esses fatores, mas gostamos de nos queixar, o que acaba gerando angústia e estresse.

O estresse não nasce das circunstâncias externas, mas da interpretação que fazemos delas. Talvez o segredo da felicidade seja deixar de nos preocuparmos com fatores e estatísticas que não dependem de nós e nos divertirmos mais.



6 - Nosso tesouro está na colmeia de nosso conhecimento. Estamos sempre voltados a essa direção, pois somos insetos alados da natureza, coletores do mel da mente

COMO SCHOPENHAUER, NIETZSCHE em sua juventude se interessou pelas várias filosofias que florescem na Índia.

Herdeiro de uma longa tradição espiritual voltada ao conhecimento pessoal, Ramana Maharshi talvez tenha sido o último “grande guru” a trabalhar com o instrumento que nos torna humanos: a mente.

Ramana estimulava seus discípulos a perguntarem a si mesmos: “Quem sou eu?” Quando soube que tinha câncer, tranquilizou-os dizendo: “Não vou a lugar nenhum. Para onde poderia ir?”

Aqui Nietzsche compara a conquista da mente a uma abelha voando em direção à colmeia para colher o mel mais puro. Maharshi descrevia da seguinte forma a viagem às profundezas do nosso interior:

Assim como o pescador de pérolas prende uma pedra na cintura e desce ao fundo do mar para buscá-las, cada um de nós deve se munir de desapego, mergulhar dentro de si mesmo e encontrar sua pérola.

Para encontrar essa pérola não é preciso peregrinar à Índia nem se entregar a complexos exercícios espirituais. Basta olharmos tranquilamente para o nosso interior.



7 - A palavra mais ofensiva e a carta mais grosseira são melhores e mais educadas que o silêncio

A MAIOR PARTE DAS GUERRAS PSICOLÓGICAS é iniciada mais pelo que não se diz do que pelo que se diz.

Vamos imaginar uma cena: A está chateado com B e parou de falar com B desde que este se esqueceu de lhe dar os parabéns pelo aniversário. A deveria ter dito: “Você não sabe que dia foi ontem?”, mas, como ficou magoado com a falta de atenção do amigo – que, na realidade, foi apenas um esquecimento –, resolveu pagar na mesma moeda: o silêncio. B acabou se chateando com A, que de uma hora para outra deixou de atender seus telefonemas e, quando conseguiram se falar, não se mostrou nada gentil.

São comportamentos infantis, porém muito mais comuns do que se imagina. Quantos casais brigam por mal-entendidos que duram dias ou meses até serem esclarecidos? A falta de comunicação também está na origem de muitos conflitos vividos no ambiente de trabalho.

Não dizer as coisas a tempo é um importante fator de estresse no mundo tumultuado em que vivemos, pois possibilita interpretações equivocadas que acabam pesando contra nós.

Nietzsche, que não tinha papas na língua, afirma que é melhor expressar nossos sentimentos – mesmo sem encontrar as palavras adequadas – do que ofender com o silêncio.



8 - Nossa honra não é construída por nossa origem, mas por nosso fim

COMO JÁ DISSEMOS, AS PESSOAS mais felizes e realizadas são as que sabem aonde querem chegar e têm metas. Podemos alcançar nossos objetivos de forma mais ou menos efi caz, mas o fato de ntermos vivido em função de algo acrescenta um valor inestimável à nossa existência.

Quando enxergamos a vida dessa maneira, nossa origem humilde e os erros que porventura tenhamos cometido no caminho perdem a importância. Como diz o Corão: “A Deus não importa o que você foi, mas o que será a partir deste momento.”

Para ver com clareza e atuar de forma coerente, precisamos de algo parecido com um roteiro pessoal. Experimente o seguinte exercício:

1. Pegue uma folha de papel e trace nela uma linha vertical.

2. Escreva à esquerda um resumo do que foi sua vida até hoje.

3. À direita, descreva o caminho que gostaria que ela tomasse a partir deste momento.

4. Logo abaixo, anote os passos necessários para seguir em frente com seu roteiro. E mãos à obra!



9 - O homem que imagina ser completamente bom é um idiota

SE A CONSCIÊNCIA NOS TORNA HUMANOS, a imperfeição também é um traço distintivo de nossa espécie. Passamos mais tempo reparando erros do que construindo coisas de valor.

Assumir essa característica da nossa condição nos ajuda a ser humildes e, o que é mais importante, nos faz tomar consciência de quanto ainda precisamos nos aprimorar. Todo fracasso ou erro nos ensina como fazer melhor.

As pessoas mais inflexíveis e perfeccionistas sofrem as consequências de seus atos imperfeitos. Se algo dá errado, costumam colocar a culpa nos outros e ficam descontrolada quando alguém mostra qualquer falha que possam ter cometido.

Nietzsche nos dá o seguinte conselho: é inútil querermos ser bons o tempo todo e fazer tudo certo – o que importa é estarmos dispostos a fazer um pouco melhor hoje do que fi zemos ontem.

A palavra japonesa wabi-sabi define a arte da imperfeição: no que é incompleto, irregular e antigo existem vida e beleza, pois aí está contido o desejo que a natureza tem de aprimorar a si mesma.



10 - As pessoas que nos fazem confidências se acham automaticamente no direito de ouvir as nossas

OS JORNALISTAS SABEM QUE informação é poder. Por isso é importante medir o que dizemos e, sobretudo, a quem dizemos.

Às vezes encontramos pessoas que rompem imediatamente o protocolo e nos transformam em parte integrante de suas vidas.

Mas o que pode ser entendido como um ato de confiança também envolve riscos: quando nos transformam em seus confidentes, esses indivíduos nos incluem em seu círculo íntimo e nos obrigam a acompanhar sua evolução pessoal. Dito de outra forma: nós nos transformamos em espectadores forçados de um mundo pessoal que até então desconhecíamos.

Além da pressão gerada por ouvir confi dências, há o perigo do qual nos previne Nietzsche: o outro pode estar esperando de nós uma atitude de confiança semelhante para, assim, completar o círculo iniciado por ele.

Por tudo isso, é importante sermos cuidadosos ao escutar – reservando o entusiasmo para as pessoas mais íntimas – e ainda mais cuidadosos ao falar.

“Estar bem e feliz é uma questão de escolha e não de sorte ou mero acaso. É estar perto das pessoas que amamos, que nos fazem bem e que nos querem bem. É saber evitar tudo aquilo que nos incomoda ou faz mal, não hesitando em usar o bom senso, a maturidade obtida com experiências passadas ou mesmo nossa sensibilidade para isso. É distanciar-se de falsidade, inveja e mentiras. Evitar sentimentos corrosivos como o rancor, a raiva e as mágoas, que nos tiram noites de sono e em nada afetam as pessoas responsáveis por causá-los. É valorizar as palavras verdadeiras e os sentimentos sinceros que a nós são destinados. É saber ignorar, de forma mais fina e elegante possível, aqueles que dizem as coisas da boca para fora ou cujas palavras e caráter nunca valeram um milésimo do tempo que você perdeu ao escutá-las.”

Nietzsche foi um filósofo nascido em Rocken, na Prussia em 1844 e falecido em 1900.
Entre vários escritos, criou o termo super homem para designar um ser superior aos demais que, segundo Nietzsche era o modelo ideal para elevar a humanidade. Para ele, a meta do esforço humano não deveria ser a elevação de todos, mas o desenvolvimento de indivíduos mais dotados e mais fortes.

A meta, segundo Nietzsche, seria o super homem e não a humanidade, que para ele era mera abstração, não existindo em realidade, sendo apenas um imenso formigueiro de indivíduos.

O todo do mundo era para ele como uma imensa oficina, onde algumas vezes as coisas eram bem sucedidas, mas na maioria das vezes, o fracasso era o resultado final. A finalidade das experiências era o aperfeiçoamento do indivíduo e não a felicidade da coletividade.

Segundo Nietzsche, a sociedade é o instrumento para a melhoria do poder e da personalidade do indivíduo, não para a elevação de todos. A princípio ele acreditava no surgimento de uma nova espécie de ser, porém, passou a cogitar a possibilidade do seu “super homem” ser um indivíduo superior, que se elevasse acima da mediocridade e que sua existência se devesse mais ao esforço e a educação, do que pela seleção natural.

Na visão de Nietzsche o ser humano superior não deveria se unir a outro ser humano que não fosse igualmente superior. Em sua visão, o amor é impedimento ao bom senso e o homem não deveria tomar decisões que afetem sua vida, em momentos de paixão, devendo o amor ser deixado para a ralé ou classe menos favorecida, cabendo ao ser superior, o super homem, unir-se com outro ser superior, para assim, dar seguimento ao desenvolvimento da raça e não apenas sua reprodução.

O super homem idealizado por Nietzsche deveria ter uma educação eugênica, no sentido de melhoria da condição humana, condição este subordinada as mais intensas responsabilidades e cobranças por melhorias constantes, sem esmorecimentos ou condescendências, onde o corpo e a alma aprenderiam a obedecer e a vontade a subordinar-se a disciplina.

A característica dominante do super homem de Nietzsche seria o amor à luta e ao perigo, deixando a felicidade para a maioria, os meros humanos normais, pois ao super homem caberia o dever de elevar-se além dos limites estabelecidos pela normalidade, pois nada mais terrível do que a supremacia das massas, segundo Nietzsche.

A psicologia define a Inteligência Emocional como o poder de identificar as suas emoções e as alheias, bem como o dom de trabalhar cada uma delas. O sujeito emocionalmente inteligente tem condições de incentivar a si próprio e de seguir em frente mesmo diante das desilusões; detém a aptidão de conter estímulos, transferir sentimentos para contextos adequados; exercitar a gratidão dilatada; encorajar os outros, induzindo-os a despertar em seu íntimo as maiores propensões e a participar de esforços coletivos.
Alguns estudiosos, como Daniel Goleman, dividem a Inteligência Emocional em cinco tendências. Quando alguém distingue uma emoção à medida que ela se manifesta, diz-se que ela tem capacidade de Auto-Conhecimento Emocional. Já a pessoa que detém o Controle Emocional tem o dom de se ocupar dos seus sentimentos, adaptando-os a cada cenário específico.

No quesito Auto-Motivação o indivíduo direciona seus afetos a um propósito fundamental, e assim ele pode seguir na luta para alcançar este objetivo. Há também quem seja perito em identificar sentimentos alheios e os que são hábeis nas relações entre pessoas.

Os três primeiros fatores estão vinculados à Inteligência Intra-Pessoal, a capacidade de compreender a si próprio, de produzir uma representação autêntica e exata de seu eu e de utilizá-la permanente e criativamente. Os dois restantes se ligam à Inteligência Inter-Pessoal, o dom de compreender os outros, que elementos os estimulam, de que forma atuam, e como se deve agir com eles associativamente.

Charles Darwin talvez tenha sido o primeiro teórico a usar uma concepção semelhante à Inteligência Emocional. Ele defende o valor da manifestação das emoções para a subsistência e a acomodação a um determinado contexto. Apesar de alguns estudiosos ressaltarem os elementos do conhecimento na composição da inteligência, diversos outros acadêmicos famosos estão começando a destacar a significância de fatores não-cognitivos.

O psicometrista Robert L. Thorndike, da Universidade de Columbia, recorreu em 1920 à utilização da expressão ‘inteligência emocional’ para se referir à habilidade de entender e incentivar as outras pessoas. Vinte anos depois David Wechsler discorreu sobre a ascendência dos aspectos não pertencentes ao campo do intelecto sobre a performance da inteligência. Ele também afirmava que os padrões da inteligência só seriam plenos quando esses elementos fossem apropriadamente considerados na análise desse conceito.

Foi só em 1983 que o psicólogo Howard Gardner desenvolveu sua tese das Inteligências Múltiplas. Neste estudo ele inseriu o propósito de abranger tanto as concepções de inteligência intrapessoal quanto as de inteligência interpessoal. Segundo este estudioso, ferramentas como o QI não elucidam integralmente o potencial de aquisição de conhecimento.


 Sete Sábios ou Sete Sábios da Grécia era um nome utilizado para se referir a sete filósofos, juristas e estadistas do início do século VI a.C., que com o passar dos séculos ganharam renome devido à sua sabedoria. O conhecimento destes acabou por ser resumido em um aforismo (pequena máxima ou afirmação sobre determinado assunto) memorável atribuído a cada um, e seus ensinamentos e frases tornaram-se um guia para a vida cotidiana. De acordo com a tradição que se formou, cada um dos sábios representa um aspecto do conhecimento prático.
Na verdade, a relação destes sete sábios variou bastante, mesmo em épocas mais antigas. Platão fornece a mais antiga lista, mas a relação de sábios, aforismos e atribuições variam. Aqueles que costumam ser incluídos são os seguintes:

Tales de Mileto
Aforismo: Γνῶθι σεαυτόν. Tradução: "Conhece a ti mesmo".

Tales ( c. 624 a.C. - 546 a.C.) é o primeiro filósofo e matemático de maior fama. Seu aforismo "Conhece a ti mesmo", foi gravado na fachada do Oráculo de Apolo em Delfos.

Solon de Atenas
Aforismo: Μηδὲν ἄγαν. Tradução "(faça) Nada em excesso."

Solon (c. 638-558 a.C.) foi um famoso legislador e reformador ateniense, responsável pelas leis que moldaram a democracia ateniense.

Quilon de Esparta
Aforismo: Ἐγγύα, πάρα δ ἄτα. Tradução: "A segurança traz a ruína."

Quilon foi um político espartano do século VI a.C.

Pítaco de Mitilene
Aforismo: Γίγνωσκε καιρόν. Tradução: "Reconheça a oportunidade."

Pítaco de Mitilene (c. 640-568 a.C.), governou Mitilene na cidade de Lesbos, juntamente com Mirsilo. Ele tentou reduzir o poder da nobreza e foi capaz de governar com o apoio das classes populares, a quem ele muito favoreceu.

Bias de Priene
Aforismo: Οἱ πλεῖστοι κακοί. Tradução: "A maioria dos homens são ruins."

Bias foi um político e legislador do século VI a.C.

Cleóbulo de Lindos
Aforismo: Μέτρον ἄριστον. Tradução: "A moderação é o maior bem."

Cleóbulo governou como tirano de Lindos, cidade na ilha grega de Rodes, por volta de 600 a.C .

Periandro de Corinto
Aforismo: Μελέτη τὸ πᾶν. Tradução: "Tenha prudência em tudo."

Periandro (vivo por volta de 627 a.C.) era o tirano de Corinto no séculos VII e VI a.C. Durante seu governo, a cidade experimentou uma era de progresso e estabilidade sem precedentes.

Existem listas dos sete sábios com nomes bem diversos destes. Foram incluídos entre tais sábios Epimênides, Leofanto, Aristodemo, Ferécides de Siro, Pitágoras de Samos, Anacársis, Anaxágoras, Acusilau de Argos, Laso de Hermíone, Orfeu, Epicarmo, Pisístrato, Lino, Pânfilo. Além destes citados, há a possibilidade de outras fontes não descobertas terem incluído também outros nomes.

Academia de Platão, Academia Platônica ou Academia de Atenas foi uma escola fundada por Platão, por volta de 387 a.C. Trata-se da primeira universidade da história, na qual grupos de seus seguidores recebiam educação formal. A Academia continuou a existir até o século VI, quando o imperador Justiniano fechou-a como parte de seu plano de abolir a cultura helenista pagã.
Academia de Platão. Pintura de Rafael Sanzio (1510).
Academia de Platão. Pintura de Rafael Sanzio (1510).
Após sua viagem a Siracusa, Platão coloca em prática o projeto da Academia. Em “A República”, a obra mais conhecida do filósofo, temos a ideia de uma república ideal, onde não haveria propriedades ou casamentos, as crianças seriam educadas comunitariamente pelo Estado e longe dos pais. Tudo para prepará-las para serem filósofos-governantes e dentre eles sair o filósofo-rei.

Platão, como cidadão ateniense, pode comprar uma pequena propriedade no interior de uma área num dos mais belos subúrbios de Atenas. Considerada local público, esta era chamada Akademia ou Hekademeia, e ali havia um parque público com alamedas e belas árvores, adornada com estátuas, templos e sepulcros de homens ilustres onde haviam sido plantadas oliveiras. A Akademia era originalmente dedicada a um lendário herói ático chamado Akademos ou Hekademos, que emprestou seu nome à área.

A Academia era uma comunidade constituída pelos membros mais avançados e pelos jovens estudantes com diferentes graus de desenvolvimento. Somente aqueles que podiam se sustentar por um número considerável de anos se tornavam membros da Academia. Haviam diversas salas de aula e quartos para os discípulos, e Platão atuava como uma espécie de mentor, um guru intelectual, sem a hierarquia de um professor ou diretor. Não havia exames mas aparentemente, provas de maturidade, onde eram medidas as qualidades de estudo e de reflexão dos seus discípulos e ouvintes.

O mérito da Academia elaborada por Platão foi a de reunir pela primeira vez todas as características de uma verdadeira escola. Ao contrário das palestras dos gramatistés ou dos métodos dos sofistas, a Academia se dedicava a novos saberes, um corpo organizado de conhecimentos em um espaço próprio para o ensino dentro da cidade.

Ao contrário da escola de Isócrates, a academia continha um regulamento interno que previa a sua continuidade para além da morte do seu fundador. Platão se dedicou à Academia até os 81 anos de idade, quando morreu. Aristóteles ambicionava ser o novo escolarca da Academia, mas, para sua decepção, a instituição foi herdada pelo sobrinho de Platão, Speusipo, que foi escolarca durante oito anos. A Academia manteve-se durante cerca de nove séculos, tendo sido encerrada quando Damáscio era o escolarca, em 529 d.C., pelo imperador bizantino Justiniano I.

O Banquete (no original grego, Συμπόσιον – Simposion) é um texto filosófico de Platão, composto por volta de 385-380 a.C. Um dos grandes filósofos da Grécia antiga, Platão é considerado também o mais brilhante discípulo de Sócrates. Entre os seus trabalhos, há uma categoria chamada diálogos socráticos, constantes de suas primeiras obras, mas também nas de Xenofonte, que reproduzem as conversas que Sócrates tinha com outros cidadãos gregos, por meio das quais exprimia suas ideias filosóficas. Como Sócrates não deixou nenhum trabalho escrito, até onde se sabe, esses diálogos são praticamente os únicos elementos que temos para analisar o famoso método socrático de inquirição e saber um pouco mais sobre seu raciocínio.
o banqueteNo caso d’O Banquete, Platão não foi testemunha do diálogo, tendo conhecimento de seu conteúdo por meio de terceiros. Assim, a obra teria vários pontos criados pelo autor, não sendo completamente verídica do ponto de vista histórico. Assim como em A República, O Banquete tem lugar específico e público, identificável, a casa de Agatão (Agathon), discípulo de Sócrates. Ambos estão acompanhados de Fedro, Pausânias, Erixímaco, o médico e Aristófanes, autor famoso pelas suas peças cômicas. O tema principal é o amor, a amizade (philia).

Na prática, O Banquete não pode ser considerado um diálogo, sendo mais um duelo no qual os participantes pretendem realizar o melhor discurso sobre a amizade. Como em outras obras, Platão inicia esta do mesmo modo: alguns estão em caminho para a cidade quando são interrompidos por outros e se colocam a discutir determinado assunto. Desta mesma forma acontece em A República e em Fedro.

No Banquete, Apolodoro e seu companheiro, cujo nome não é revelado estão indo de casa, em Falero, para a cidade quando são interrompidos por Glauco, que queria informações a respeito da conversa de Agatão com Sócrates, Alcibíades e outros, no banquete em que proferiram vários discursos sobre o amor. Aristodemo, testemunha dos discursos, contou o que ali se passara para Apolodoro e esse, se empenha em relatar os fatos na presença do seu Companheiro e de Glauco. O que se passou na casa de Agatão é então relatado por Apolodoro. Sócrates chega por último, quando o banquete já estava pelo meio. Depois de tantas exposições a respeito de Eros no Banquete, começando por Fedro, depois Pausânias, Erixímaco, Aristófanes e Agatão, Sócrates bem o caracteriza, como compêndio da aspiração humana ao bem. A amizade, ou amor, representados pelo deus Eros não é o próprio belo e o próprio bem. Eros surge de duas oposições, a riqueza e a beleza, estando numa situação intermediária sem estar em qualquer oposto e extremo. A posição intermediária de Eros atribui-lhe movimento, sendo o mesmo movimento do homem em busca do bem supremo.

Uma ideologia é um conjunto de idéias conscientes e inconscientes que constituem os objetivos primordiais do indivíduo, expectativas e ações. Uma ideologia é uma visão abrangente, uma maneira de olhar as coisas como em várias tendências filosóficas, ou um conjunto de idéias propostas pela classe dominante de uma sociedade para todos os membros da mesma (o chamado produto da socialização). As ideologias são sistemas de pensamento abstratos aplicados a questões públicas, tornando este conceito central para a análise política. Implicitamente, qualquer tendência política ou econômica implica uma ideologia, sendo ela uma proposta explícito de pensamento ou não.
O termo "ideologia" nasceu nos debates filosóficos e políticos altamente controversos, a durante as lutas da Revolução Francesa, tendo adquirido vários outros significados a partir do início do Primeiro Império Francês. A palavra foi cunhada por Destutt de Tracy, em 1796, juntando "idea" a "logia". Ele a usou para se referir-se a um aspecto da sua "ciência das idéias" (para o estudo em si, e não o objeto de estudo). Ele separou três aspectos: a ideologia, a gramática geral e a lógica, considerando-se, respectivamente, o sujeito, o meio e a razão desta ciência. Tracy argumenta que entre estes aspectos, a ideologia é o termo mais genérico, pois a ciência das ideias também contém o estudo da sua expressão e dedução.

Talvez a fonte mais acessível para o significado da ideologia é a obra de Hippolyte Taine sobre o Antigo Regime (o primeiro volume de "Origens da França Contemporânea"). Ele descreve a ideologia como o método socrático de ensino de filosofia, mas sem estender o vocabulário para além daquele que o leitor normal já possui, sem os exemplos de observação que a ciência prática necessitaria. Aos poucos, o termo perdeu essa sua grande concepção, se tornando um termo neutro na análise de diferentes opiniões políticas e pontos de vista de grupos sociais. Enquanto Karl Marx fixa o termo dentro da luta de classes e da opressão, outros acreditavam que ela é uma parte necessária do funcionamento institucional e de integração social.

Pesquisas psicológicas sugerem que cada vez mais as ideologias refletem (inconscientemente) processos motivacionais, em oposição à visão de que as convicções políticas sempre refletem o pensamento independente e imparcial. Estudiosos propõem que as ideologias podem funcionar como unidades pré-embalados de interpretação que se espalham por causa de motivos humanos básicos para compreender o mundo, evitar a ameaça existencial, e manter relacionamentos interpessoais valorizadas. Os autores concluem que tais motivos podem levar desproporcionalmente para a adoção do sistema de justificar visões de mundo. Geralmente, psicólogos acreditam que traços de personalidade, variáveis de diferença sociais, necessidades e crenças ideológicas parecem ter um fio condutor comum.

"Odeio quem me rouba a solidão, sem em troca me oferecer verdadeira companhia."
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche "O casamento poe fim a uma porção de curtas asneiras — e começa uma única longa estupidez."
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche "Nenhum vitorioso acredita no acaso."
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche "A arte deve antes de tudo e em primeiro lugar embelezar a vida."
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche "Qualquer trabalho de certa importância exerce uma influên­cia ética. O esforço de concentrar e formar harmonicamente dada matéria é uma pedra que cai em nossa vida psíquica; do peque­nino círculo, muitos outros mais amplos se propagam. "
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche "Viver quer dizer ser cruel e implacável contra tudo o que em nós se torna fraco e velho. "
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche "A crueldade é um dos prazeres mais antigos da espé­cie humana."
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche "As ideias são forças."
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche "Nada vos pertence mais que os sonhos vossos!"
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche "O que não me mata me fortalece."
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche "Se só por piedade se dessem esmolas, os mendigos es-tanam mortos de fome."
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche "Também os vencedores são vencidos pela vitória."
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche "Todos os que desfrutam acreditam que na árvore o que importa é o fruto, quando na verdade o que importa é a semente: eis a diferença entre os que desfrutam e os que crêem."
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche "Todos os seres humanos querem ser mimados e que se tenha pena deles."
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche " A essência de toda arte bela, de toda grande arte, é a gratidão."
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche " A vantagem de uma memória ruim é que se aproveita várias vezes pela primeira vez as mesmas coisas boas."
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche " Aquele que luta com monstros deveria tomar cuidado para não se tornar, através disto, um monstro. E se você encara por muito tempo um abismo, o abismo também encara você."
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche " Aquilo que não nos mata nos torna mais fortes."
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche " E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música. "
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche " É bastante difícil lembrar minhas opiniões, sem lembrar também minhas razões por elas!"
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche " É preciso ter o caos em si mesmo para ser capaz de dar à luz uma estrela dançante."
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche " Eu tenho o meu caminho. Você tem o seu caminho. Portanto, quanto ao caminho direito, o caminho correto, e o único caminho, isso não existe. "
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche " Falar muito sobre si próprio pode também ser um meio de se ocultar."
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche " Lart pair lart significa: a moral que vá pro inferno. "
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche " Não é a força, mas a constância dos bons sentimentos que conduz os homens à felicidade."
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche " Não existem fatos, apenas interpretações."
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche " No céu, todas as pessoas interessantes estão ausentes."
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche " O modo mais seguro de se corromper um jovem é instrui-lo a manter uma estima mais alta por aqueles que pensam como ele do que por aqueles que pensam diferente."
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche " Tudo o que é reto mente. Toda verdade é sinuosa. O próprio tempo é um círculo. "
Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche " Você tem o seu caminho. Eu tenho o meu caminho. Quanto ao caminho exato, o caminho correto, e o único caminho, isso não existe."

“A felicidade de gostar de tudo não é dos melhores gostos. O meu gosto deseja o amarelo intenso e o roxo quente. Eis o meu gosto: não é um gosto bom nem mau; mas é o meu gosto, e não preciso ocultá-lo nem dele me envergonhar”

Olhemos-nos face a face. Somos hiperbóreos ­ sabemos muito bem quão remota é nossa morada. "Nem por terra nem por mar encontrarás o caminho aos hiperbóreos": mesmo Píndaro, em seus dias, sabia tanto sobre nós. Além do Norte, além do gelo, além da morte ­ nossa vida, nossa felicidade... Nós descobrimos essa felicidade; nós conhecemos o caminho; retiramos essa sabedoria dos milhares de anos no labirinto. Quem mais a descobriu? ­ O homem moderno? ­ "Eu não conheço nem a saída nem a entrada; sou tudo aquilo que não sabe nem sair nem entrar" ­ assim suspira o homem moderno... Esse é o tipo de modernidade que nos adoeceu ­ a paz indolente, o compromisso covarde, toda a virtuosa sujidade do moderno Sim e Não. Essa tolerância e largeur(grandeza) de coração que tudo "perdoa" porque tudo "compreende" é um siroco para nós. Antes viver no meio do gelo que entre virtudes modernas e outros ventos do sul!... Fomos bastante corajosos; não poupamos a nós mesmos nem os outros; mas levamos um longo tempo para descobrir aonde direcionar nossa coragem. Tornamo-nos tristes; nos chamaram de fatalistas. Nosso destino ­ ele era a plenitude, a tensão, o acumular de forças. Tínhamos sede de relâmpagos e grandes feitos; mantivemo-nos o mais longe possível da felicidade dos fracos, da "resignação"... Nosso ar era tempestuoso; nossa própria natureza tornou-se sombria ­ pois ainda não havíamos encontrado o caminho. A fórmula de nossa felicidade: um Sim, um Não, uma linha reta, uma meta...


O que é bom? ­ Tudo que aumenta, no homem, a sensação de poder, a vontade de poder, o próprio poder.

O que é mau? ­ Tudo que se origina da fraqueza.

O que é felicidade? ­ A sensação de que o poder aumenta ­ de que uma resistência foi superada.

Não o contentamento, mas mais poder; não a paz a qualquer custo, mas a guerra; não a virtude, mas a eficiência (virtude no sentido da Renascença, virtu, virtude desvinculada de moralismos).

Os fracos e os malogrados devem perecer: primeiro princípio de nossa caridade. E realmente deve-se ajudá-los nisso.

O que é mais nocivo que qualquer vício? ­ A compaixão posta em prática em nome dos malogrados e dos fracos ­ o cristianismo...


O problema que aqui apresento não consiste em rediscutir o lugar humanidade na escala dos seres viventes (­ o homem é um fim ­): mas que tipo de homem deve ser criado, que tipo deve ser pretendido como sendo o mais valioso, o mais digno de viver, a garantia mais segura do futuro.

Este tipo mais valioso já existiu bastantes vezes no passado: mas sempre como um afortunado acidente, como uma exceção, nunca como algo deliberadamente desejado. Com muita freqüência esse foi precisamente o tipo mais temido; até ao presente foi considerado praticamente o terror dos terrores; ­ e devido a esse terror, o tipo contrário foi desejado, cultivado e atingido: o animal doméstico, o animal de rebanho, a doentia besta humana: o cristão...


Pelo que aqui se entende como progresso, a humanidade certamente não representa uma evolução em direção a algo melhor, mais forte ou mais elevado. Este "progresso" é apenas uma idéia moderna, ou seja, uma idéia falsa. O Europeu de hoje, em sua essência, possui muito menos valor que o Europeu da Renascença; o processo da evolução não significa necessariamente elevação, melhora, fortalecimento.

É bem verdade que ela tem sucesso em casos isolados e individuais em várias partes da Terra e sob as mais variadas culturas, e nesses casos certamente se manifesta um tipo superior; um tipo que, comparado ao resto da humanidade, parece uma espécie de super-homem. Tais golpes de sorte sempre foram possíveis e, talvez, sempre serão. Até mesmo raças inteiras, tribos e nações podem ocasionalmente representar tais ditosos acidentes.


Não devemos enfeitar nem embelezar o cristianismo: ele travou uma guerra de morte contra este tipo de homem superior, anatematizou todos os instintos mais profundos desse tipo, destilou seus conceitos de mal e de maldade personificada a partir desses instintos ­ o homem forte como um réprobo, como "degredado entre os homens". O cristianismo tomou o partido de tudo o que é fraco, baixo e fracassado; forjou seu ideal a partir da oposição a todos os instintos de preservação da vida saudável; corrompeu até mesmo as faculdades daquelas naturezas intelectualmente mais vigorosas, ensinando que os valores intelectuais elevados são apenas pecados, descaminhos, tentações. O exemplo mais lamentável: o corrompimento de Pascal, o qual acreditava que seu intelecto havia sido destruído pelo pecado original, quando na verdade tinha sido destruído pelo cristianismo! ­


Um doloroso e trágico espetáculo surge diante de mim: retirei a cortina da corrupção do homem. Essa palavra, em minha boca, é isenta de pelo menos uma suspeita: a de que envolve uma acusação moral contra a humanidade. A entendo ­ e desejo enfatizar novamente ­ livre de qualquer valor moral: e isso é tão verdade que a corrupção de que falo é mais aparente para mim precisamente onde esteve, até agora, a maior parte da aspiração à "virtude" e à "divindade". Como se presume, entendo essa corrupção no sentido de decadência: meu argumento é que todos os valores nos quais a humanidade apóia seus anseios mais sublimes são valores de decadência.

Denomino corrompido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando perde seus instintos, quando escolhe, quando prefere o que lhe é nocivo. Uma história dos "sentimentos elevados", dos "ideais da humanidade" ­ e é possível que tenha de escrevê-la ­ praticamente explicaria por que o homem é tão degenerado. A própria vida apresenta-se a mim como um instinto para o crescimento, para a sobrevivência, para a acumulação de forças, para o poder: sempre que falta a vontade de poder ocorre o desastre. Afirmo que todos os valores mais elevados da humanidade carecem dessa vontade ­ que os valores de decadência, de niilismo, agora prevalecem sob os mais sagrados nomes.


Um doloroso e trágico espetáculo surge diante de mim: retirei a cortina da corrupção do homem. Essa palavra, em minha boca, é isenta de pelo menos uma suspeita: a de que envolve uma acusação moral contra a humanidade. A entendo ­ e desejo enfatizar novamente ­ livre de qualquer valor moral: e isso é tão verdade que a corrupção de que falo é mais aparente para mim precisamente onde esteve, até agora, a maior parte da aspiração à "virtude" e à "divindade". Como se presume, entendo essa corrupção no sentido de decadência: meu argumento é que todos os valores nos quais a humanidade apóia seus anseios mais sublimes são valores de decadência.

Denomino corrompido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando perde seus instintos, quando escolhe, quando prefere o que lhe é nocivo. Uma história dos "sentimentos elevados", dos "ideais da humanidade" ­ e é possível que tenha de escrevê-la ­ praticamente explicaria por que o homem é tão degenerado. A própria vida apresenta-se a mim como um instinto para o crescimento, para a sobrevivência, para a acumulação de forças, para o poder: sempre que falta a vontade de poder ocorre o desastre. Afirmo que todos os valores mais elevados da humanidade carecem dessa vontade ­ que os valores de decadência, de niilismo, agora prevalecem sob os mais sagrados nomes.


Chama-se cristianismo a religião da compaixão. ­ A compaixão está em oposição a todas as paixões tônicas que aumentam a intensidade do sentimento vital: tem ação depressora. O homem perde poder quando se compadece. Através da perda de força causada pela compaixão o sofrimento acaba por multiplicar-se. O sofrimento torna-se contagioso através da compaixão; sob certas circunstancias pode levar a um total sacrifício da vida e da energia vital ­ uma perda totalmente desproporcional à magnitude da causa (­ o caso da morte de Nazareno). Essa é uma primeira perspectiva; há, entretanto, outra mais importante. Medindo os efeitos da compaixão através da intensidade das reações que produz, sua periculosidade à vida mostra-se sob uma luz muito mais clara. A compaixão contraria inteiramente lei da evolução, que é a lei da seleção natural. Preserva tudo que está maduro para perecer; luta em prol dos desterrados e condenados da vida; e mantendo vivos malogrados de todos os tipos, dá à própria vida um aspecto sombrio e dúbio. A humanidade ousou denominar a compaixão uma virtude (­ em todo sistema de moral superior ela aparece como uma fraqueza ­); indo mais adiante, chamaram-na a virtude, a origem e fundamento de todas as outras virtudes ­ mas sempre mantenhamos em mente que esse era o ponto de vista de uma filosofia niilista, em cujo escudo há a inscrição negação da vida. Schopenhauer estava certo nisto: através a compaixão a vida é negada, e tornada digna de negação ­ a compaixão é uma técnica de niilismo. Permita-me repeti-lo: esse instinto depressor e contagioso opõe-se a todos os instintos que se empenham na preservação e aperfeiçoamento da vida: no papel de defensor dos miseráveis, é um agente primário na promoção da decadência ­ compaixão persuade à extinção... É claro, ninguém diz "extinção": dizem "o outro mundo", "Deus", "a verdadeira vida", Nirvana, salvação, bem-aventurança... Essa inocente retórica do reino da idiossincrasia moral-religiosa mostra-se muito menos inocente quando se percebe a tendência que oculta sob palavras sublimes: a tendência à destruição da vida. Schopenhauer era hostil à vida: esse foi o porquê de a compaixão, para ele, ser uma virtude... Aristóteles, como todos sabem, via na compaixão um estado mental mórbido e perigoso, cujo remédio era um purgativo ocasional: considerava a tragédia como sendo esse purgativo. O instinto vital deveria nos incitar a buscar meios de alfinetar quaisquer acúmulos patológicos e perigosos de compaixão, como os presentes no caso de Schopenhauer (e também, lamentavelmente, em toda a nossa décadence literária, de St. Petersburgo a Paris, de Tolstoi a Wagner), para que ele estoure e se dissipe... Nada é mais insalubre, em toda nossa insalubre modernidade, que a compaixão cristã. Sermos os médicos aqui, sermos impiedosos aqui, manejarmos a faca aqui ­ tudo isso é o nosso serviço, é o nosso tipo de humanidade, é isso que nos torna filósofos, nós, hiperbóreos! ­


É necessário dizer quem consideramos nossos adversários: os teólogos e tudo que tem sangue teológico correndo em suas veias essa é toda a nossa filosofia... É necessário ter visto essa ameaça de perto, melhor ainda, é preciso tê-la vivido e quase sucumbido por ela, para compreender que isso não é qualquer brincadeira (­ o alegado livre-pensamento de nossos naturalistas e fisiologistas me parece uma brincadeira ­ não possuem a paixão nessas coisas; não sofreram ­). Este envenenamento vai muito mais longe do que a maioria imagina: encontro o arrogante hábito de teólogo entre todos aqueles que se consideram "idealistas", entre todos que, em virtude uma origem superior, reivindicam o direito de se colocarem acima da realidade, e olhá-la com suspeita... O idealista, assim como o eclesiástico, carrega todos os grandes conceitos em sua mão (­ e não apenas em sua mão!); os lança com um benevolente desprezo contra o "entendimento", os "sentidos", a "honra", o "bem viver", a "ciência"; vê tais coisas abaixo de si, como forças perniciosas e sedutoras, sobre as quais "o espírito" plana como a coisa pura em si ­ como se a humildade, a castidade, a pobreza, em uma palavra, a santidade, não tivessem causado muito mais dano à vida que quaisquer outros horrores e vícios... O puro espírito é a pura mentira... Enquanto o padre, esse negador, caluniador e envenenador da vida por profissão for aceito como uma variedade de homem superior, não poderá haver resposta à pergunta: Que é a verdade? A verdade já foi posta de cabeça para baixo quando o advogado do nada foi confundido com o representante da verdade.

Os acadêmicos vão torcer o nariz: Nietzsche usado como autoajuda. Mas, examinando melhor a questão, eles lembrarão que muitos filósofos defenderam a felicidade como finalidade da vida. Isso todo primeiranista sabe, não adianta repudiar.

"Nietzsche para Estressados", de Allan Percy, segue a mesma linha de "Mais Platão, Menos Prozac", de Lou Marinoff, livro que também causou aversão nos mais conservadores. Quem estuda filosofia e mantém o bom humor pode se divertir com os títulos.

Friedrich Nietzsche (1844-1900) --filósofo que influenciou intelectuais como Sigmund Freud (1856-1939), Jean-Paul Sartre (1905-1980) e Michel Foucault (1926-1984)-- abominava o ascetismo, doutrina que se opõe aos prazeres mundanos.

No livro, Allan Percy usa o pensamento filosófico do alemão para solucionar problemas pessoais e profissionais. Publicado no Brasil pela Gmt Sextante, a obra reúne 99 máximas do notório niilista aplicáveis a várias situações cotidianas. Leia um trecho do exemplar.

Visite a estante dedicada às ciências humanas

*
O valor que damos ao infortúnio é tão grande que, se dizemos a alguém "Como você é feliz!", em geral somos contestados

NÃO É LUGAR-COMUM DIZER que os povos aparentemente mais primitivos demonstram ser mais felizes que a sociedade ocidental contemporânea. Muitos se perguntam como pessoas que não têm nada ou quase nada podem ser mais bem-humoradas do que outras que trabalham para acumular todo tipo de bens.

Será que a contestação, como diz Nietzsche, é uma marca de nossa civilização?

Nas conversas típicas do ambiente de trabalho, nos bares e nos restaurantes as queixas são intermináveis: reclamamos das taxas de juros, do custo de vida, do ruído e da poluição que assolam as grandes cidades. Talvez não estejamos fazendo nada para remediar esses fatores, mas gostamos de nos queixar, o que acaba gerando angústia e estresse.

O estresse não nasce das circunstâncias externas, mas da interpretação que fazemos delas. Talvez o segredo da felicidade seja deixar de nos preocuparmos com fatores e estatísticas que não dependem de nós e nos divertirmos mais.

Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se.

Sofrer, é só uma vez; vencer, é para a eternidade.

A porta da felicidade abre só para o exterior; quem a força em sentido contrário acaba por fechá-la ainda mais.

A vida só se compreende mediante um retorno ao passado, mas só se vive para diante.

Não há nada em que paire tanta sedução e maldição como num segredo.

A função da oração não é influenciar Deus, mas especialmente mudar a natureza daquele que ora.

A fé é a mais elevada paixão de todos os homens.

Sem pecado, nada de sexualidade, e sem sexualidade, nada de História.

O casamento feliz é e continuará a ser a viagem de descoberta mais importante que o homem jamais poderá empreender.

O indivíduo, na sua angústia de não ser culpado mas de passar por sê-lo, torna-se culpado.

O povo pede o poder da palavra para compensar o poder de livre pensamento a que ele foge.

O humorista, tal como a fera, anda sempre sozinho.

Enganar-se a respeito da natureza do amor é a mais espantosa das perdas. É uma perda eterna, para a qual não existe compensação nem no tempo nem na eternidade: a privação mais horrorosa, que não é possível recuperar nem nesta vida... nem na futura!

"Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se."

Acima de tudo, não perca seu desejo de prosseguir.

Têm vergonha de obedecer ao rei porque ele é rei - então, obedecem-lhe porque ele é inteligente.

"A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser vivida olhando-se para a frente. "

Ame profunda e apaixonadamente.

Você pode sair ferido, mas essa é a única maneira de viver a vida completamente.

Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se.

Não há verdade verdadeira que não seja subjetiva, isto é apropriada.

O infinito temor dum único perigo torna inexistentes todos os outros.

A felicidade eterna prometida pelo Cristianismo:

O problema objectivo consiste numa investigação acerca da verdade do Cristianismo. Oproblema subjectivo diz respeito à relação do indivíduo com o Cristianismo. Para pôr ascoisas de forma simples: como é que eu, Johannes Climacus [Kierkegaard], possoparticipar da felicidade prometida pelo Cristianismo? ...Partindo do princípio de que não há problemas com as Escrituras

o que se segue?Uma pessoa que antes não tinha fé passou a estar um só passo mais próximo de a ter?Não, nem um só passo. A fé não resulta da investigação científica; não tem de todo umaorigem directa. Pelo contrário, nesta objectividade há a tendência para perder o interessepessoal infinito pela paixão que é a condição da fé, o
ubique et musquam
no qual a fépode brotar. Uma pessoa que antes tinha fé ganhou algo no que respeita à sua força epoder? Não, nem de longe. Em vez disso, aquilo que ocorre é que, neste volumosoconhecimento, nesta certeza que espreita à porta da fé e ameaça devorá-la, ela está numasituação tão perigosa que precisará de esforçar-se muito, cheia de medo e a tremer, paraque não caia vítima da tentação de confundir conhecimento com fé. Apesar de a fé tertido até agora um mestre-escola eficaz na incerteza existente, teria na nova certeza o seumais perigoso inimigo. Pois, se a paixão for eliminada, a fé deixa de existir, e a certezae a paixão não coexistem. Quem quer que acredite que há um Deus e uma providênciaque tudo governa achará mais fácil preservar a sua fé, mais fácil adquirir uma coisa queé definitivamente fé e não uma ilusão, num mundo imperfeito em que a paixão émantida viva do que num mundo absolutamente perfeito. Num tal mundo, a fé é ...impensável.Assumo agora o oposto, que os adversários conseguiam provar o que desejam sobre asEscrituras, com uma certeza que transcende a vontade mais ardente da hostilidade maisentusiástica

e daí? Aboliram com isso o Cristianismo? De modo algum. Foi o crentelesado? De modo algum, nem um bocadinho. O adversário tornou legítimo ser liberto daresponsabilidade de não ser crente? De modo algum. Lá porque estes livros não sãoescritos por estes autores ... e não são inspirados não se segue ... que Cristo não existiu.Até agora, o crente é igualmente livre para assumi-lo. ...Eis o ponto essencial da questão, e retorno ao caso da teologia culta. Em prol de quem éa prova procurada? A fé não precisa dela e deve até vê-la como sua inimiga. Masquando a fé começa a sentir-se embaraçada e envergonhada, como uma donzela paraquem o seu amado já não é suficiente, mas que se sente secretamente envergonhada doseu amante e tem, portanto, de pensar que há algo de notável nele

quando a fécomeça deste modo a perder a paixão, quando a fé começa a deixar de ser fé, entãotorna-se necessária uma prova para merecer o respeito do lado da descrença. ... Afilosofia ensina que deve tornar-se objectiva, ao passo que o Cristianismo ensina quedeve tornar-se subjectiva, isto é, tornar-se um sujeito na verdade. ... O Cristianismodeseja intensificar a paixão ao seu mais alto grau; mas a paixão é subjectividade e nãoexiste objectivamente. ...Pode-se presumir, então, que a tarefa de tornar-se subjectivo é a tarefa mais elevada euma tarefa proposta a todos os seres humanos; tal como, analogamente, o prémio maiselevado, uma felicidade eterna, existe apenas para aqueles que são subjectivos; oumelhor, passa a existir para os indivíduos que se tornam subjectivos.Quando a questão da verdade é colocada de forma objectiva, a reflexão é dirigidaobjectivamente para a verdade como um objecto com o qual aquele que conhece estárelacionado. Contudo, a reflexão não está focada na relação, mas na questão de saber seé a verdade com a qual aquele que conhece está relacionado. Se apenas o objecto comque ele está relacionado é verdadeiro, o sujeito é considerado estar na verdade. Quando


a questão da verdade é levantada subjectivamente, a reflexão é dirigida subjectivamentepara a natureza da relação individual; se apenas o modo desta relação está na verdade, oindivíduo está na verdade mesmo que ele esteja assim relacionado com o que não éverdade. Tomemos como exemplo o conhecimento de Deus. Objectivamente, a reflexãoé dirigida ao problema de saber se este objecto é o Deus verdadeiro: subjectivamente, areflexão é dirigida para a questão de saber se o indivíduo está relacionado com umacoisa de tal maneira que a sua relação é na verdade uma relação-com-Deus. ... Oindivíduo existente que escolhe prosseguir o caminho objectivo entra no processo-de-aproximação completo pelo qual se tenta revelar Deus objectivamente. Mas isto étotalmente impossível, porque Deus é um sujeito e, portanto, existe para asubjectividade apenas na interioridade. A ênfase objectiva incide no QUE é dito, aênfase subjectiva no COMO é dito. Esta distinção mantém-se mesmo no reino estético erecebe uma expressão precisa no princípio de que é em si mesmo verdade pode na bocade tal e tal pessoa tornar-se falso ... Objectivamente o interesse está focado unicamenteno pensamento-conteúdo, subjectivamente na interioridade. No seu máximo este"como" interior é a paixão do infinito, e a paixão do infinito é a verdade. Mas a paixãodo infinito é completa subjectividade e, assim, a subjectividade torna-se a verdade. ...Apenas na subjectividade existe determinação para procurar o factor e não o seuconteúdo, pois o seu conteúdo é precisamente ele próprio. Desta forma, a subjectividadee o seu "como" subjectivo constitui a verdade. ... Eis aqui uma tal definição de verdade:uma incerteza objectiva agarrada rapidamente num processo de apropriação da maisapaixonada interioridade é a verdade, a verdade mais elevada que um indivíduoexistente pode atingir. ...Mas a definição acima de verdade é uma expressão equivalente da fé. Sem riscos não háfé. A fé é exactamente a contradição entre a paixão infinita da interioridade individual ea incerteza objectiva. Se sou capaz de captar Deus objectivamente, não acredito, masprecisamente porque não sou capaz de fazer isto tenho de acreditar. ... Sem risco não háfé e quanto maior o risco maior a fé; quanto mais é a segurança objectiva menos é ainterioridade (pois a interioridade é precisamente subjectividade), e quanto menos é asegurança objectiva mais profunda é a interioridade possível. Quando o paradoxo é emsi mesmo paradoxal repele o indivíduo em virtude do seu absurdo e a paixãocorrespondente à interioridade é a fé.Quando Sócrates acreditou que havia um Deus, ele agarrou-se rapidamente à incertezaobjectiva com toda a paixão da sua interioridade, e é justamente nesta contradição eneste risco que a fé tem as suas raízes. Agora é de forma diferente. Em vez da incertezaobjectiva, há aqui uma certeza, a saber, que objectivamente é absurdo; e este absurdo,agarrado rapidamente na paixão da interioridade, é fé. A ignorância socrática é umaespécie de brincadeira genial em comparação com a seriedade perante o absurdo; e ainterioridade existencial socrática é uma frivolidade grega em comparação com aenérgica gravidade da fé. Devido à sua repulsão objectiva o absurdo é precisamente amedida da intensidade da fé na interioridade. Suponha um homem que deseje adquirir afé; deixe a comédia começar. Ele deseja ter fé, mas ele deseja também proteger-se porintermédio de uma investigação objectiva e do seu processo-de-aproximação. O queacontece? Com a ajuda do processo-de-aproximação o absurdo torna-se algo diferente;torna-se provável, torna-se progressivamente provável, torna-se extrema eenfaticamente provável. Agora ele está pronto a acreditar nisso, e ele aventura-se aafirmar para si mesmo que não acredita como os sapateiros e os alfaiates e o povosimples acredita, mas apenas após uma longa deliberação. Agora ele está pronto aacreditar nisso; e, vejam só, agora tornou-se completamente impossível acreditar nisso.Algo que seja quase provável, ou provável, ou extrema e enfaticamente provável, e algo.

que ele pode quase conhecer, ou tão bom como conhecer, ou extrema e enfaticamentequase conhecer

mas é impossível acreditar... .Tradução de Álvaro NunesSøren Kierkegaard,
Concluding Unscientific Postscript
, traduzido a partir da traduçãoinglesa de David F. Swenson and Walter Lowrie (Princeton University Press, 1949 e1961), publicada in Howard Kahane,
Thinking About Basic Beliefs
, Wadsworth,Belmont, 1983, pp. 30-32.

A felicidade

A felicidade é uma porta
Que sempre se abre pra fora
Quem forçá-la para dentro
Ordena que o amor vá embora

A felicidade é uma porta
São poucos os que se arvoram
A mantê-la escancarada
Como vão de abrigo aos que choram

A felicidade é uma porta

É passagem, é caminho
É meio e não é fim
Roga o bem do seu vizinho
Nunca quer só pra si

A felicidade é uma porta
E abri-la é escolha sua
Quem se fecha não se arrisca
Mas a alegria está na rua.

Por convite do Agrupamento Vertical de Escolas de Calendário (V.N.Famalicão), o Instituto da Inteligência realizou uma palestra sobre "Estilos de Vida e Felicidade", a qual teve lugar na Escola EB 2,3 Dr. Nuno Simões, no passado dia 18 de Fevereiro.
Nos últimos anos, a Felicidade tem sido um tema que é cada vez mais objecto de estudo. Agora também a Ciência se envolveu na tarefa de nos explicar que sentimento é esse. Os mais recentes e interessantes livros sobre a matéria provêm de investigadores universitários. A definição de Felicidade varia de pessoa para pessoa e de autor para autor. Para uns é um sentimento de realização, harmonia e integração. Para outros o resultado de conquistas e ambições. Os cientistas, como o biofísico Stefan Klein, defendem que se trata de um sentimento que abrange o bem-estar corporal, psíquico, social e espiritual.
Algumas pessoas agarram-se à esperança de que a inteligência será a nossa derradeira tábua de salvação porque, com ela, saberemos fazer melhores escolhas. Mas será assim? A verdade é que a inteligência não é garantia de Felicidade como não é de Sabedoria, Talento e Sucesso. A inteligência é apenas uma possibilidade em aberto, um recurso pessoal, uma potencialidade feita de emoções, sentimentos, pensamentos, memórias, sonhos, desejos, ambições.
Finalmente, qual é a importância da Educação neste processo? A Felicidade pode ser aprendida? Podemos ensinar às pessoas a Fórmula da Felicidade? Se essa fórmula existe porque não a ensinamos às crianças? Onde estamos a falhar? De que estamos à espera? À palestra assistiram algumas dezenas de professores.

A felicidade é um conceito que evoluiu ao longo dos tempos.
Provavelmente, para os homens primitivos, a felicidade resumia-se a sentirem-se bem, estarem protegidos dos animais selvagens e terem saúde e comida.
As doenças eram muitas e vivia-se poucos anos.
A maioria das crianças morria nos primeiros meses de vida.
A felicidade, tal como a concebemos hoje, era desconhecida, mesmo impensável.
No tempo dos Gregos antigos a ideia de felicidade já era mais completa: "ter corpo são e forte, boa sorte e alma bem formada".
Demócrito dizia que ela "era a medida do prazer e a proporção da vida" que era, afinal, manter-se afastado dos defeitos e dos excessos.
Platão entendia que a felicidade tinha mais a ver com a virtude do que com os prazeres mundanos: "os felizes são felizes por possuirem a justiça e a temperança; os infelizes são infelizes por possuirem a maldade" - escreveu o filósofo.
E que virtude era essa?
Nem mais do que a capacidade da alma para dirigir o homem da melhor maneira!
Com o avançar dos tempos, a felicidade voltou a estar relacionada com o prazer.
Os filósofos Locke e Leibniz estavam, nesse aspecto, de acordo: "o grau ínfimo daquilo que pode ser chamado de felicidade é estar tão livre de sofrimentos e ter tanto prazer presente que não é possível contentar-se com menos" (Locke).
Assim, a felicidade era o maior prazer de que somos capazes e a infelicidade o maior sofrimento!
Com o consumismo exacerbado do nosso tempo, a felicidade passou a incluir o prazer de ter coisas, muitas coisas, desde objectos a ambições e riqueza material.
Talvez por nos termos afastado da natureza inicialmente simples da felicidade ela hoje parece ser mais difícil de alcançar.
A culpa parece residir em nós.
O verbo TER passou a ser mais importante que o SER.
E esquecemo-nos que, segundo reza uma lenda indiana, a felicidade está alojada dentro de nós.
Entretanto, andamos à procura dela cá fora: nos outros e nas muitas coisas que o mundo moderno tem para nos oferecer mas a que nem sempre temos acesso.

Neuropsicólogo, diplomado em Hipnologia Médica, doutorado em Psychological Research, especialista em Inteligência Humana e em Optimização Cerebral. Membro efectivo da Association for Psychological Science desde 2001.

CEO do grupo Instituto da Inteligência (Portugal), Managing Director do Centre for Future Intelligence Management (UK), director para a União Europeia da Zigma Consulting Group (América Latina) e director da Divisão de Investigação Científica de Psicologia na Euradec, em Berlim (Associação Europeia para o Desenvolvimento da Educação e da Cidadania), além de representante da revista americana "Neurociências & Negócios'' na Europa.

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