Universo pode ser DEZ VEZES maior do que pensamos
Realizar uma
estimativa da quantidade de matéria bariônica no universo é um dos
trabalhos dos astrônomos. Um dos métodos para tanto envolve contar as
galáxias visíveis em uma região do céu, estimar sua massa através do
brilho que elas apresentam, e depois extrapolar o número encontrado para
o resto do céu.
As estimativas que os astrônomos chegaram envolvem os seguintes números:
10 milhões de superaglomerados;
25 bilhões de grupos de galáxias;
350 bilhões de galáxias gigantes;
7 trilhões de galáxias anãs;
30 bilhões de trilhões (3×10²²) de estrelas no universo visível.
Entretanto, os astrônomos que obtiveram estes números sabem que se
trata de uma estimativa incompleta. Em primeiro lugar, só podemos obter
informação de estrelas cuja luz já teve tempo de chegar até nós desde a
formação do universo, criando o horizonte observável. Além disso, parte
da luz de galáxias distantes é absorvida por nuvens de gás e poeira, não
chegando a nós.
Para verificar o quanto esta estimativa é
real, astrônomos do Observatório de Genebra resolveram investigar a
região no espaço profundo chamada “campo GOODS-South”, usando o
telescópio europeu VLT (“Very Large Telescope” ou “Telescópio Bem
Grande” em tradução livre), no Chile, em busca de galáxias cuja luz foi
emitida há mais de 10 bilhões de anos (ou seja, com redshift igual a
2.2). A equipe liderada pelo astrônomo Matthew Hayes fez um exame
daquela região usando duas metodologias diferentes.
Primeiro,
eles procuraram pela radiação Lyman-alfa (abreviada normalmente como
Lya), um dos procedimentos padrão para investigar galáxias distantes. Em
seguida, usaram a câmera especializada chamada HAWK-1, em busca de
linhas de hidrogênio-alpha (abreviada Ha), uma outra forma de radiação
emitida pelo hidrogênio.
Comparando seus achados com os de
estudos anteriores na mesma região, eles descobriram muitas fontes de
luz que haviam escapado a exames anteriores, incluindo algumas das
galáxias de luz mais fraca já encontradas. A partir destas comparações,
Hayes estima que todos os estudos usando a radiação Lya estão errados em
uma ordem de magnitude, e devem ser revisados. Ou seja, para cada 10
galáxias encontradas usando Lya, existem mais 100 galáxias cuja luz na
faixa Lya foi absorvida pelo caminho e não foi observada.
Estudo descobre que os elétrons são perfeitamente redondos e isto é um problema
Más notícias, pessoal! Novas medições mostram que os elétrons são
perfeitamente redondos. Isso é um problema, porque a descoberta
significa que alguma coisa ainda está muito errada com uma teoria
crítica que deveria nos dizer por que o universo existe. No ano passado,
físicos das universidades norte-americanas de Harvard e Yale conduziram
um experimento para medir a “granulosidade” dos elétrons. Os
pesquisadores esperavam encontrar anormalidades dentro da carga
negativa do elétron. Tal observação poderia ter apontado para a
existência de partículas pesadas não descobertas.
Essa
evidência é necessária para apoiar teorias além do Modelo Padrão de
Partículas da Física, como a supersimetria de escala fraca. Como está, o
Modelo Padrão – uma descrição dos elementos fundamentais do universo – é
incompleto; ele não consegue explicar mistérios cosmológicos, como a
matéria escura e a gravidade. Contudo, caso fosse descoberto que o
elétron tem, digamos, a forma de um ovo, poderia sugerir a existência de
partículas de sombra – companheiras de partículas subatômicas
regulares.
Os cientistas esperam encontrar algumas dessas
partículas de conjectura de matéria medindo seus efeitos sobre a forma
do elétron, ou mais precisamente, a partícula subatômica de carga
negativa que orbita dentro de cada átomo. Porém, as novas medições,
realizadas por instrumentos com maior sensibilidade, mostram que o
elétron é, de fato, uma esfera perfeita. A experiência fracassou em
resolver problemas com o Modelo Padrão – um resultado frustrante, na
verdade. Destemidos, os pesquisadores querem tornar seus instrumentos 10
vezes mais sensíveis e realizar novas medições. A caçada continua.
Nenhum comentário:
Postar um comentário