Objetos extremos descobertos no universo




10 objetos extremos descobertos no universo
Descobertas cósmicas são importantes porque expandem nossa compreensão
da natureza e do universo, nos permitindo testar nossas teorias físicas e
matemáticas. Confira 10 objetos que atingem os extremos que precisamos
para avaliar os limites dos nossos cálculos:
10. Kepler 37-b, planeta “minúsculo”
No início deste ano, o Observatório Kepler descobriu um sistema estelar
com três planetas, incluindo o menor exoplaneta encontrado até o
momento. O telescópio Kepler está convenientemente localizado no espaço,
permitindo uma vista panorâmica das estrelas, sem aquela coisa chamada
atmosfera atrapalhando no meio do caminho. Apelidado de Kepler 37-b, o
planeta bebê é menor do que Mercúrio e apenas cerca de 200 quilômetros
de diâmetro maior do que a nossa lua. Infelizmente, ele também cai
desconfortavelmente perto do limite que fez Plutão ser rebaixado da
condição de planeta. Uma das poucas maneiras que os astrônomos têm para
localizar candidatos a exoplanetas é observar uma estrela e esperar que
sua luz escureça levemente, quando um planeta transita na sua frente.
Essa técnica, no entanto, é muito mais fácil para detectar corpos
maiores. A maioria dos exoplanetas que encontramos são muito maiores do
que a Terra, geralmente do tamanho de Júpiter. O efeito de escurecimento
produzido por Kepler 37-b é quase imperceptível, o que torna a
descoberta ainda mais surpreendente.
9. Bolhas de Fermi, estruturas gigantescas da nossa galáxia
A Via Láctea parece absolutamente imensa quando vista plana, como
estamos acostumados em ilustrações. Quando vista da sua borda em diante,
no entanto, parece incrivelmente fina. Ou pelo menos parecia, até que
imagens de raios-X e raios gama nos mostraram o que existe em suas
bordas: bolhas de Fermi se sobressaem perpendicularmente ao disco da
nossa galáxia e abrangem uma extensão de 50.000 anos-luz, ou cerca de
metade do diâmetro da Via Láctea. Nem mesmo a NASA sabe ao certo de onde
as bolhas vieram, mas poderiam ser emissões restantes de um buraco
negro supermassivo em nosso núcleo galáctico, já que radiação gama é
produzida apenas por eventos incrivelmente energéticos.
8. Theia, também conhecido como “pedaço da lua”
Ao longo de quatro bilhões de anos, o sistema solar primitivo era um
lugar horrível e extremamente perigoso, cheio de planetoides em pontos
diferentes de desenvolvimento. A nossa vizinhança cósmica estava cheia
de pedaços de rocha e gelo, de modo que colisões eram frequentes. A
maior dessas colisões é responsável por uma das teorias mais populares
sobre como a nossa lua surgiu. A hipótese diz que a Terra primordial
colidiu com um objeto do tamanho de Marte, chamado Theia. Os dois corpos
se encontraram em um ângulo muito específico, e os detritos se uniram
com material do nosso planeta e passaram a orbitar a Terra, formando o
que é agora a lua. Se o impacto tivesse sido um pouco mais direto, seja
para mais perto dos polos ou do equador, os resultados teriam sido
drasticamente diferentes, e a Terra poderia ter sido destruída
completamente.
7. Grande Muralha Sloan, gigantesco aglomerado de galáxias
A Grande Muralha Sloan é assustadoramente grande e parece absolutamente
irreal em comparação aos tamanhos que os seres humanos estão
acostumados a lidar. Ela é uma das maiores estruturas do universo,
composta de uma série de galáxias que se estendem por 1,4 bilhões de
anos-luz. Contém centenas de milhões de galáxias distintas, a maioria
das quais faz parte de superaglomerações dentro da estrutura global. Os
aglomerados são observáveis na radiação cósmica de fundo e podem ter
sido resultado direto do Big Bang. Alguns argumentam que a Grande
Muralha Sloan não deve ser considerada uma única estrutura, devido ao
fato de que nem todas as galáxias são gravitacionalmente ligadas umas às
outras.
6. IGR, menor buraco negro conhecido
Nada no
universo inspira tanto medo quanto o poderoso buraco negro, com tração
suficiente para engolir a própria luz, que se move a cerca de 300 mil
quilômetros por segundo. Já ouvimos falar de buracos negros
impressionantemente grandes, com milhares de milhões de vezes a massa do
nosso sol, mas, agora, pela primeira vez, encontramos um que é (quase)
insignificante. O recorde anterior para menor buraco negro conhecido
ainda era cerca de 14 vezes mais massivo que o sol, o que é muito grande
para nossos padrões. O novo pequeno, IGR, tem apenas cerca de três
vezes a massa do nosso sol, o mínimo de massa necessária para fazer com
que uma estrela “caia” sobre si mesmo quando morre. Se fosse menor que
isso, teria morrido como o nosso sol vai morrer, lentamente inchando
antes de explodir suas camadas exteriores e expelir a maioria do seu
material para o espaço.
5. Segue 2, galáxia minúscula
Galáxias são imensas: incontáveis estrelas formando uma imagem tão
esmagadoramente grande e luminosa que podemos ver muitas delas a olho nu
através de grandes distâncias. Por isso, é fácil esquecer que também
existem galáxias no extremo oposto do espectro de tamanho. Segue 2 é um
desses exemplos: contém apenas cerca de 1.000 estrelas. Por outro lado, a
nossa galáxia possui um número na casa das centenas de bilhões de
estrelas. A produção combinada de toda a galáxia é apenas cerca de 900
vezes maior que a do nosso sol, muito abaixo do esperado, considerando
que a nossa própria estrela não é especialmente grande ou impressionante
em uma escala cósmica. Conforme as capacidades de nossos telescópios
melhoram, devemos encontrar mais galáxias como Segue 2, o que é ótimo
para a matemática, porque galáxias deste tamanho foram previstas, mas
nunca observadas até recentemente.
4. Bacia Borealis, maior cratera do sistema solar
Desde que começamos a estudar Marte em detalhes, houve discordância
sobre o que deixou seus hemisférios tão diferentes um do outro. Uma
teoria afirma que a desproporção é devida a um imenso impacto
catastrófico que mudou a face do planeta. A Bacia Borealis oferece
pistas sobre esse passado tumultuado de Marte, já que é a maior cratera
(até agora) encontrada no sistema solar. Ela cobre uma grande parte do
planeta: pelo menos 40% dele, abrangendo uma área de 8.500 quilômetros
de diâmetro. A segunda maior cratera também está em Marte, mas é quatro
vezes menor. Para ter produzido uma cratera deste naipe, o impacto deve
ter sido absolutamente de outro mundo, com o projétil calculado como
maior do que Plutão.
3. 2000 BD19, asteroide superpróximo ao sol
Enquanto Mercúrio pode ser o objeto grande mais próximo do sol, há uma
abundância de coisas menores que chegam mais perto. Periélio é o ponto
em órbita mais próximo da nossa estrela-mãe, e o asteroide 2000 BD19 tem
a menor órbita, ficando incrivelmente íntimo com essa gigante bola
quente que nos mantém vivos. Como o periélio tem apenas 0,092 unidades
astronômicas (1 UA, ou unidade astronômica, é o quão longe a Terra está
do Sol), em média, o asteroide fica quente. Tão quente que as
temperaturas poderiam derreter o zinco e outros metais. Estudar este
asteroide é importante porque nos ajuda a entender como diferentes
fatores podem mudar a orientação orbital de um corpo (um desses fatores é
famosa teoria da relatividade geral de Einstein).
2. ULAS, o quasar mais antigo
Alguns buracos negros são extremamente enormes, e isso é de se esperar,
porque eles ingerem qualquer coisa que fica em seu caminho. Com duas
bilhões de massas solares, ULAS J1120 0641 foi uma grande surpresa para
os astrônomos, não necessariamente devido à sua magnitude, mas devido à
sua idade. ULAS é o quasar mais antigo (basicamente um buraco negro que
vomita no espaço) já encontrado. Ele surgiu menos de 800 milhões de anos
após o Big Bang. Isso é absolutamente antigo, e significa que a luz
deste quasar fez uma viagem intergaláctica de 12,9 bilhões de anos antes
de chegar aqui na Terra. Ninguém sabe porque o buraco negro é tão
grande, já que não havia muita coisa para ele comer tanto tempo atrás.
1. Lagos de Titã, litros e litros de líquidos na lua de Saturno
A sonda Cassini conseguiu, pela primeira vez, fazer excelentes imagens
dos lagos no polo norte de Titã, lua de Saturno. Desde 2004, quando
começou a orbitar o objeto, não tinha tido uma visão clara para tanto.
Água não pode existir nesta paisagem alienígena, mas as temperaturas lá
são perfeitas para metano e etano líquidos emergirem do interior da lua.
Os principais lagos possuem centenas de quilômetros de largura, com o
maior, Kraken Mare, sendo do tamanho do “Mar Cáspio e do Lago Superior
[maior lago de água doce do mundo em extensão, entre o Canadá e os
Estados Unidos] combinados”. A existência de um ambiente líquido foi
essencial para a formação da vida na Terra, mas em Titã isso significa
outra coisa, já que mares cheios de hidrocarbonetos são completamente
diferentes – materiais não podem se dissolver nesta substância tão bem
como podem na água.
Fonte: http://listverse.com/2013/12/28/10-extreme-objects-discovered-in-space/
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