Divisão de tarefas (especialização funcional)
Aprendizado O cérebro pode ser visto como um conjunto de sistemas, ou seja, de estruturas que compartilham uma
mesma função.
Um sistema cuida, por exemplo, de processar imagens visuais, colando o
que faz sentido como uma pessoa ou um objeto e separando-o do resto,
então associando a imagem a uma identidade e um local no espaço; outro
cuida de processar sons e associá-los a significados e símbolos visuais
(como conjuntos de letras do alfabeto); outro cuida de representar seus
objetivos, suas metas, e de traçar estratégias para alcançá-los; outro,
ainda, trata de filtrar somente aquelas informações relevantes ao
objetivo do momento, dando-lhes mais destaque do que as demais, que são
praticamente apagadas
em comparação.
Dado que o aprendizado
depende de uso, o resultado dessa especialização funcional do cérebro,
ou divisão de tarefas, é que só melhoram aqueles sistemas que são
efetivamente usados com sucesso.
Se você passa todas as horas do dia
lendo, ficará muito bom em atividades que envolvam a linguagem, o
processamento semântico, vocabulário e geração de palavras – mas não
desenvolverá suas habilidades motoras, musicais, ou de resolução de
problemas, por exemplo.
Se sua vida é jogar xadrez, você se tornará
muito bom em resolver problemas lógicos que envolvam análise espacial e a
visualização mental de várias etapas –
como no xadrez.
É claro que as várias funções cognitivas ajudam umas às outras, mas isso tem limites.
Exercitar a memória é ótimo, mas não treina diretamente o raciocínio necessário para resolver problemas.
Ter um enorme vocabulário é muito bom para a leitura, mas não ajuda a melhorar a capacidade de concentração.
Para ter boa atenção, memória, visão espacial e raciocínio, é preciso
portanto exercitar sua atenção, memória, visão espacial e raciocínio
lógico. Variedade é fundamental.
E como na vida cotidiana usamos misturas de todas essas funções a cada momento, tê-las todas bem azeitadas é ótimo!
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