A MENTE HUMANA na óptica da Psicologia Multifocal
Eis os 4 grandes fenómenos universais comuns a todos os seres humanos
(três deles independentes da vontade mais o controle consciente do "Eu")
que trabalham sinergicamente nos bastidores de nossa mente para
produzir o fantástico mundo dos processos de construção dos pensamentos e
da transformação da energia emocional e motivacional:
O Autofluxo da Energia Psíquica
O discurso sobre o fenómeno do Autofluxo da Energia Psíquica indica que
a nossa mente vive numa dinâmica constante e inevitável desde os
primeiros pensamentos produzidos pelo feto até o fim da vida do ser
humano. É impossível para nós interrompermos o fluxo de nossos
pensamentos pois o Autofluxo da Energia Psíquica actua independente da
nossa vontade consciente. Até mesmo a tentativa do vácuo de pensamento
já é uma manifestação do pensamento.
A Autochecagem da Memória
A produção de conhecimento tem como base o fenómeno da Autochecagem da
Memória. Muitos dos pensamentos e emoções gerados nos bastidores de
nossa mente são produtos de um fenómeno que actua clandestinamente lendo
determinadas áreas da memória, sintetizando pensamentos e modificando o
conteúdo de nossa emoção "sem que tenhamos autorizado tal actividade".
A Âncora da Memória
Sobre o fenómeno da Âncora da Memória Cury procura abrir os nossos
olhos para o facto de que nem todo conteúdo de nossa memória está
disponível para ser lido num determinado momento existencial, mas sim
algumas áreas determinadas por esse fenómeno. Segundo Cury, os
deslocamentos da Âncora da Memória consistem na variável intrapsíquica
de maior relevância em relação ao conteúdo de nossos pensamentos. Em
momentos e fases de vida de forte turbulência emocional a Âncora da
Memória pode "travar" restringindo o nosso acesso a “diversos arquivos
existenciais”, tornando-nos rígidos, pobres e pouco qualitativos nos
nossos pensamentos gerando não poucas vezes várias distorções na
interpretação dos factos e situações psicossociais.
O EU
Finalmente, o fenómeno do Eu pode ser definido como a nossa consciência
existencial do mundo que somos e em que estamos, em resumo, a nossa
identidade existencial, a nossa consciência de nós mesmos. O Eu, através
do processo de interiorização existencial pode exercer um domínio no
redireccionamento dos outros 3 fenómenos; porém, jamais interromper ou
eliminar essa actuação. O Eu é ao mesmo tempo servo e líder do
Autofluxo, da Autochecagem e da Âncora da Memória. Sem uma postura
firme, apaixonada e determinada do “Eu”, a nossa produção de pensamentos
e emoções fica entregue aos outros 3 fenómenos intrapsíquicos os quais
têm a função primordial de "financiar" gratuitamente o funcionamento da
mente, porém o pensamento crítico, centrado em princípios humanísticos, é
a responsabilidade principal do “Eu”.
Caso esse fenómeno não
amadureça qualitativamente ao longo do processo existencial, a nossa
produção de conhecimento pode ter muito pouca qualidade gerando todas as
formas de violação dos direitos humanos.
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