sábado, 12 de maio de 2012

Convite à loucura - 17


Nº 17  “Igreja Amigável!
       A igreja que você frequenta é uma igreja amigável? Vou explicar isso melhor! Sua igreja é daquelas que faz de tudo pra atrair o maior número de pessoas possível? A maioria  das instituições que conheço é assim. São aquelas igrejas pragmáticas que abraçaram a filosofia de “Marketing.”

O que é a Filosofia de Marketing?
       Filosofia de Marketing, no meio cristão é; “Fornecer aos não-cristãos um ambiente inofensivo e agradável. Se for possível pregar um sermão, torne-o breve e recreativo. Tudo para que os incrédulos sintam-se bem.” Isso é uma filosofia de Marketing que cada vez mais torna-se comum no meio evangélico.

        Hoje em dia, nada mais é impróprio para o culto a Deus, vemos nas igrejas; rock nostálgico, heavy metal, rap, dança sensual, comédia, palhaços, mímica e magia teatral; tudo isso tornou-se parte do repertório evangélico, nas igrejas amigáveis.

         A igreja amigável está repleta de “ministros” que adulam os homens sem se preocuparem com Deus, seu produto (evangelho) tem que satisfazer seus clientes. Quão diferente eles estão do ensino Bíblico. Paulo escreveu aos Gálatas;“Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo.” Gálatas 1.10, veja também; 1Tessalonicenses 2.4-6.
     Na filosofia de Marketing a satisfação do cliente é o objetivo maior a ser alcançado. Os líderes não declaram às pessoas o que Deus requer delas, mas seu objetivo é descobrir quais são as exigências das pessoas e fazer o que for necessário para satisfazer essas necessidades. O público é soberano, e não mais Deus. Toda atividade deles tem como fonte a estratégia humana, e não a Palavra de Deus.

Vamos à bíblia.
    Os primeiros cristãos causavam alvoroço, agitaram e transtornaram o mundo Atos 17.6. Hoje, é o mundo que transtorna e vira as igrejas de cabeça para baixo.
       A igreja de Jerusalém não era nem um pouco amigável. Era exatamente o oposto. Veja que o episódio do castigo de Ananias e Safira inspirou grande temor a todos (Atos 5.11). Os descrentes apesar de admirarem muito os crentes, só de pensar em frequentá-la aterrorizavam seus corações, (Atos 5.13). A igreja, sem dúvida alguma, não era um lugar para os pecadores sentirem-se a vontade, era um lugar que causava medo! Mesmo assim isso não impediu que os verdadeiros eleitos fossem tocados pelo Senhor, (Atos 5.14).

Pragmatismo.
         Na ância de se tornar amigável, a igreja tornou-se pragmática. Pragmatismo é a noção de que o significado ou o valor de algo é determinado pelas consequências práticas. O pragmatismo define a verdade como aquilo que é útil, significativo e benéfico.
         Na igreja o que funciona, ou seja; o que enche templos é o que vale. Qualquer prática que funcione é válida. Você pode estar pensando: “Não tem nada de mau nisso.” Só que, a verdade espiritual e bíblica não é determinada baseando-se no que “funciona” ou no que “não funciona”. Veja que o evangelho frequentemente não produz uma resposta positiva (1Coríntios 1.22-23; 2.14). Por outro lado, as mentiras satânicas e o engano podem ser bastante eficazes (Mateus 24.23-24; 2Coríntios 4.3-4). A reação da maioria não pode ser um parâmetro seguro para determinar o que é válido (Mateus 7.13-14), e a prosperidade não é uma medida para a veracidade (Jó 12.6).

        Novos métodos como a dramatização, dança, comédia, variedades, grandiosas atrações, concertos populares e outras formas de entretenimento, segundo o pragmatismo são, supostamente, mais “eficazes”, ou seja, atraem grandes multidões.
       Por atrair muitas pessoas, essas táticas pragmáticas são mais eficazes e mais valorizadas do que a própria Bíblia Sagrada.

       Jesus Cristo não banalizou o pecado na igreja para deixa-la mais amigável, ao contrário, ele dá instruções claras de como trata-lo em Mateus 18.15-20.

       Se “amigável” for isso que considera esse moderno movimento pragmático, com certeza Jesus não era um pastor “amigável.” Veja como ele tratou alguns que queriam seguí-lo, Lucas 9.57-60; e o jovem rico que queria saber sobre a salvação, Marcos 10.17-22; e veja como ele tratou alguns que se escandalizavam com sua doutrina, e até mesmo os doze, João 6.60-71.

        O temor de Deus sempre foi uma doutrina central na igreja primitiva. Incrédulos e crentes foram ensinados a temê-lo. Esse movimento da “igreja amigável” ao invés de suscitar o temor a Deus, procura mostrá-lo como um Deus “legal”, festivo, pacato, manso e permissivo.
       Pecadores arrogantes, que deveriam se aproximar de Deus com grande temor, são encorajados pelos ministros das “igrejas amigáveis” a abusarem do seu amor. Não ouvem nada sobre a ira divina. Ver: 1Pedro 4.17-19; 2Coríntios5.11.

       Não podemos fazer uso do entretenimento como uma ferramenta para o crescimento da igreja, isso é falta de confiança em Deus, em suas promessas, e em sua palavra. Não se pode render homenagens ao deus entretenimento.

       A nossa mensagem deve ser; aos descrentes: “Convertam-se a Cristo!” Aos crentes: “Santifiquem-se em Cristo!” E aos hereges: “Voltem-se para Cristo!.” Que é o que estou fazendo nesse momento, exortando para que esses líderes institucionais de “igrejas amigáveis,” voltem-se para Cristo. Eles precisam parar de entreter bodes e voltar a alimentar as ovelhas. Não podemos apresentar o cristianismo como uma opção atrativa. Nada nas escrituras indicam que a igreja deveria atrair as pessoas à Cristo (Atos 4.12). O evangelho não tem o objetivo de ser atraente, no sentido do Marketing moderno. O evangelho é uma “pedra de tropeço e rocha de escândalo” (Romanos 9.33;1Pedro 2.8). O evangelho é perturbador, chocante, transformador, confrontador, produz convicção de pecados e é ofensivo ao orgulho humano. Não há como “fazer Marketing” do evangelho bíblico. Aqueles que procuram remover a ofensa, ao torná-lo entretenedor, inevitavelmente corrompem sua mensagem.
     Cuidado, o crescimento quantitativo pode ser enganador. Vemos muitas “igrejas grandes”, onde na verdade não passa de uma proliferação de um movimento social ou psicológico mecanicamente induzido, uma contagem numérica, mas não da verdadeira igreja de Deus. Seus membros não têm vida.
Esse é o resultado do evangelismo de Marketing.

Mas, como é a igreja verdadeira?
A verdadeira igreja de Deus é uma comunhão vibrante, amigável, honesta, adoradora e comprometida de crentes que ministram uns aos outros, assim como a igreja de Atos 4, uma igreja que se abstém do pecado; onde os crentes se mantém responsáveis uns pelos outros e que ousadamente proclamam a verdade completa das Escrituras. As pessoas que amam as coisas de Deus talvez não achem tal lugar muito “amigável”. Mas a bênção do Senhor estará sobre essa comunhão de verdadeiros crentes, que estão reunidos em um lugar tendo tudo em comum uns com os outros, pois foi pra isso que Deus ordenou que a igreja deve ser. E, como prometeu, ele haverá de acrescentar pessoas à Igreja.

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