Nº 01 O que significa ser carnal?
Pouco depois que larguei as algemas da instituição religiosa
em que me encontrava preso por mais de cinco anos. A pior prisão na minha
concepção é aquela sem grade, aquela que você tem que se esforçar o máximo para
ser alguém que você não é; afim de passar uma imagem impecável na intenção de
enganar com o consentimento de Deus. Como se isso fosse possível! Pois fiquem
certo, a maioria dos missionários que conheço são obrigados a assim proceder.
Eles agem hipocritamente na tentativa doentia e diabólica de serem aquilo que
não são. Voltando ao assunto; pouco depois que me libertei, um “irmão”,
cujo as escamas ainda não caíram dos olhos, chegou na minha casa em um momento
em que eu tomava uma cerveja. E me disse esse “irmão”: “Francisco, que é isso?
Você está muito carnal!” E pegue sermão legalista e farisaico. Diante disso:
A pergunta é; O que é ser carnal?
Muito do que a igreja denomina carnalidade, não é! E o que é;
ela não diz que é! Vejamos quem era e quem não era carnal do ponto de vista de
Jesus. Carnal para Ele não é quem bebe o vinho, é o que não bebe e odeia
aqueles que têm a coragem de bebê-lo, não fazendo o que o outro faz apenas por
medo religioso ou mera preservação da imagem. “Pois veio João
Batista, não comendo pão, nem bebendo vinho, e dizeis: Tem demônio! Veio o
Filho do Homem, comendo ebebendo, e dizeis: Eis aí um glutão e bebedor de
vinho, amigo de publicanos e pecadores!” Lucas 7. 33-34.
Observe que o próprio Jesus foi chamado de bêbado ou beberrão que é a
tradução literal do termo gr: oinopotís (bebedor de
vinho). Alguém acusaria Jesus de ser carnal? Ele bebia, e era acusado pelos
fariseus de ser um beberrão! Assim como fui acusado por esse irmão. Pessoas
como esse irmão tentam tanto ser o “Espírito Santo” de seu próximo ao invés de
ouvir a voz do Espírito para eles. Esse é o espírito farisaico institucional!
Jesus viveu uma vida comum. Cristo sempre se revelou aos simples, e todo
aquele que consegue enxergar divindade na simplicidade discerne a sua presença,
(Lucas 10.21-24). O que os fariseus e escribas estavam querendo ver em Jesus —
Abstinência rígida e um estilo de vida espartano — foi o que eles viram no
ministério de João Batista, mas eles já o haviam rejeitado também. Por
isso Jesus disse que aquela geração era como meninos, não dançavam com a
flauta, nem choravam com as lamentações (Lucas 7.31-32). O problema real
residia na corrupção do coração deles, mas eles não reconheceriam isso. “Todas
as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada
é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas” Tito
1.15. Observe cuidadosamente a bíblia e verá que o que ela proíbe é a
embriaguez, Efésios 5.18; Isaías 28.7-8; Provérbios 23. 23-35. Tenho fé em Deus
que ninguém jamais me verá embriagado, pois não permito que a bebida me vença,
Provérbios 20.1, assim também como não me deixarei, confiando em Cristo, ser
vencida pela glutonaria, luxúria, ativismo religioso (necessidade obsessiva de
servir a um sistema religioso, como se fosse ao próprio Deus). Pois, tudo isso,
em exagero é pecado, e não somente beber uma cerveja.
Esse papo institucional de que o vinho do Novo Testamento não embriagava, é
conversa fiada, veja nos textos o vinho relacionado com a embriaguez; Lucas
7.34; Efésios 5.18; Apocalipse 17.2, contudo, nunca se sabe que Jesus tenha se
embriagado. As vezes o vinho era até recomendado, 1Timóteo 5.23, tinha como
objetivo alegrar o coração do homem, mas não embriagar; Salmos 104.15; Zacarias
10.7; Deuteronômio 14.26. Com certeza Jesus nunca se embriagou, (João 8.46).
Agora, atenção; não pense que estou pregando a libertinagem, se você é
daqueles que não consegue dominar-se, o melhor é que não toque em bebida
nenhuma, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus, Romanos 14.12.
Se há um conceito de “carnalidade” expresso por Jesus, ele não aparece em
relação a quem bebe ou a publicanos, meretrizes e pecadores, mas sim,
diretamente vinculado aos religiosos de seus dias. Para Jesus, de
acordo com o evangelho, o homem carnal é, sobretudo, o religioso presunçoso e
arrogante. É ele, o dono da verdade, aquele a quem o Senhor chama de
hipócrita. (Mateus 23.13-36). A maior carnalidade para
Jesus é não se enxergar e, ainda assim, ser capaz de julgar o próximo (Mateus
7.1-5). Cada um tentando ser o “Espírito Santo” do outro, e isso só revela cada
vez mais sua carnalidade. E o pior é tentar cloná-lo, fazendo-o, duas vezes
pior do que nós (Mateus 23.15).
Do ponto de vista de Jesus um homem carnal é aquele nascido apenas da
carne (João 3.1-15). Observe que não foi a um beberrão nem a prostitutas
que Jesus disse que precisaria nascer de novo, mas a um “mestre em Israel”.
Quem ousaria dizer uma coisa dessas a um presidente de convenção, ou a um
pregador televisivo. Provavelmente Jesus falasse de novo nascimento entre nós
exclusivamente entre os “mestres”, os bichões “formados”, os teólogos os
humanos que se sentem “concluídos” pela sua presunção de serem...
O carnal não sabe que é carnal; afinal ele se vê como um ser acima de tudo e de
todos, pois, em seu autoengano, está “formado”. Esse é, segundo Jesus, um
carnal que precisa urgentemente nascer da água e do Espírito e se deixar levar
pelas incertezas do vento. Lendo a Bíblia, não vemos Jesus associar a
“carnalidade” aos banquetes, as bebidas, as comidas, as festas, aos casamentos,
as alegrias nas praças, aos erros humanos, ao cansaço, a irritação, a ira
justa, ou mesmo a violência que as vezes somos obrigados a cometer. Ao
contrário, veja essa sua afirmação em relação aos fariseus; (Mateus 21.28-32),
diz Jesus que prostitutas, publicanos, maconheiros e viciados de todo tipo, que
apesar de serem, lutam, choram, caem e são levantados, tentam, se arrependem e
não negam o que são, do contrário batem no peito e dizem: “Pai perdoa-me pois
sou pecador”. Esses entrarão no Reino antes dos hipócritas externamente
religiosos.
É isso que Jesus está afirmando!
Observe este texto (Lucas 7.36-50) e veja que carnal, não é a mulher que vem da
noite escura e ilumina a sala com seu amor, lágrimas e beijos nos pés de Jesus.
Carnal para Jesus é o seu opositor cheio de justiça própria. A maior
carnalidade é não ser capaz de amar, ainda que equivocadamente; é a total falta
de desejo de conhecer o amor (Lucas
7.47).
O carnal, em Jesus, é o fariseu, o hipócrita, o presunçoso, o
arrogante, o seguro de si, o ser certo de suas certezas! Carnal é aquele que
confia nos resultados de suas próprias produções legais, morais e religiosas.
Portanto de acordo com a Bíblia, o carnal é aquele que não se enxerga, mas vive
de presunção de pensar enxergar o próximo. Carnal é um ser que se entristece
com a manifestação da graça e do perdão (Lucas 18.9-14). Veja que, carnal, para
Jesus, é aquele crente que jejuava duas vezes por semana, dava o dízimo de
tudo, que orava muitas vezes ao dia, e que agradecia a Deus em alto e bom som a
bênção de não ser como o pecador que chorava culpado e aflito ao seu lado, sem
nem mesmo ousar olhar para cima. Sim! O auto justificado, para Jesus, era o
carnal!
E pior ainda, para ele, carnalidade era não temer exercer o controle, comércio
e juízo no território consagrado a Deus pelos homens (João 2.13-22). E olhe que
isso ainda acontece em nossos dias!
Veja e observe que no episódio da mulher adúltera (João 8.1-11), para Jesus,
mais carnal que a adúltera era a assembleia que se reunia, com pedras nas mãos,
com o sádico intuito de apedrejá-la, na presunção de que isentos estavam do
pecado. Aliás, todo aquele que aponta seu próximo, orgulha-se e vangloria-se de
que não é tão pecador assim! Por isso em Jesus, a carne, negativamente
falando, é toda produção de arrogância humana, especialmente a presunção
do juízo sobre o próximo e sua tentativa de se auto justificar diante de Deus. E
isso não inclui tomar uma cervejinha em dias quentes! (Isaías 64.6-7).
Carnalidade é não aceitar um convite para à loucura de Deus, e continuar a
escandalizar-se como os gregos, intelectuais, judeus e todos os religiosos, que
preferem optar pela sabedoria do mundo 1Coríntios 1. 18-25.
Nº 02-03 O Cristão deve dizimar?
Tantas e tantas vezes ouvi frases do tipo: “O verdadeiro crente tem
que dizimar”. Pode até ser que só quem é crente é quem dizima, contudo para o
cristão, o discípulo de Jesus Cristo, para aquele que lê, ama e segue o
evangelho, para esse, a Lei do Velho Testamento foi cumprida em Cristo, o qual
nos justificou e nos livrou da obrigação de cumprir a Lei. Romanos 10.4; “Porque
o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê.” Gálatas
5.1-5, Romanos 6.14.
O dízimo aparece na Bíblia? Sim! Pois é bíblico, mas não é cristão. O dízimo
pertence ao Israel antigo. No primeiro século, não há registros de cristãos
dizimando. O início dessa heresia é outro assunto. (Trataremos em outro
folheto). As organizações religiosas adotaram Malaquias 3.8-10 para apoiarem a
prática do dízimo. “Como a obra de Deus continuará sem o dízimo?” Dizem aqueles
que querem por força que este esquema continue, sendo bíblico ou não! A “Obra
de Deus”, naturalmente, significa assalariar o cargo de pastor e pagar as
contas mensais para manter o
edifício sem dívidas. O salário do clero é a raiz persistente detrás do
constante empurrão para que as pessoas dizimem na igreja contemporânea. Muitos pastores
sentem que é necessário pregar o dízimo e lembrar a congregação de sua obrigação de apoiá-lo em
suas programações. E usam uma promessa de uma bênção financeira ou o temor de
uma maldição financeira para assegurar que os dízimos continuem sendo
arrecadados.
Deus se agrada daquele que não cobiça prata, nem ouro, nem vestes, Atos
20.33-35. Para pregar o evangelho não precisamos viver às custas de nenhum
irmão 1Tessalonicenses 2.9. Os falsos mestres eram quem pastoreavam por sórdida
ganância 1Pedro 5.1-4. “Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando
a Palavra de Deus...” 2Coríntios 2.17a.
Adotar Malaquias 3.8-10 como ensino doutrinário para cristãos, não passa de uma
seleção arbitrária, onde se determinam o que da lei, nos é conveniente. Esse
texto tem sua atualização na Graça em 2Coríntios 8 e 9. A ideia de que quem não
contribui é ladrão coloca aqueles que “cobram” no papel de sacerdotes-fiscais
dos negócios de Deus aqui na terra. Agora, preste atenção; é certo que o
cristão deve sustentar a verdadeira obra de Deus, Gálatas 6.6 nos diz que
devemos fazer participantes de todas as coisas boas, aqueles que nos instrui.
Ou seja; devemos sim, ajudar aqueles que nos ensinam, nos instruem, os que se
afadigam no estudo para que o verdadeiro evangelho chegue até os crentes, sem
adulteração. Isso sim é bíblico. Mas, não há uma quantia estipulada 2 Coríntios
9.6-9, ou que seja obrigatório 2 Coríntios 9.7; tinha que ser com alegria, de
acordo com as posses de cada um 2Coríntios 8.11-15, e não por obrigação, ou
quem não desse estava debaixo de maldição. O objetivo divino final era a
igualdade e não o sustento de alguns que não queriam mais trabalhar, enquanto
os irmãos que trabalham duro são; oprimidos e envergonhados do púlpito, diante
de todos.
Veja no contexto, em Malaquias 3.5 que as viúvas, os órfãos e os estrangeiros
eram os dignos recebedores do dízimo. Por reter os dízimos, Israel oprimiu
estes três grupos. É aqui está o coração de Deus neste texto de Malaquias. Ele
se opõe a opressão aos pobres. Não é que Deus queira o nosso dinheiro, ou que a
obra de Deus vá estancar sem tal recurso, mas o propósito de alguns dizimarem
era para ajudar os menos favorecidos para que houvesse igualdade, Atos
4.34-35; Deuteronômio 15.4-5. No Antigo Testamento, os dízimos dos animais,
cereais, frutas e legumes, eram para os levitas, da tribo de Levi, e para
assistência aos pobres e necessitados, Levítico 27.30-32; Números
18.21-24; Hebreus 7.5. Com a morte e ressurreição de Jesus, todos os códigos
cerimoniais, governamentais e religiosos que pertenciam aos judeus foram
cravados em sua cruz e enterrados para sempre... Nunca mais usados para nos
condenar, Colossenses 2.13-17.
O evangelho, acaso, apoia essa prática? Não! Não se encontra nenhuma base no
Novo Testamento que sustente essa prática da lei do dízimo.
Por que então essa judaização contemporânea em se
obedecer parte da lei, quando sabemos por intermédio de Paulo que os que
assim procedem têm o dever de guardar toda a lei? Gálatas 5.3.
Talvez alguém, na tentativa patética de continuar a sugar os menos instruídos,
diga: “Ora! Ananias e Safira em Atos 5.1-11 foram mortos por não ofertar aos
apóstolos quando no início da igreja”. Vamos analisar; Atos 5. 1-11; fala de
comunidade cristã primitiva, e ele expõe justamente aquilo que não se vê em uma
instituição religiosa em nossos dias. Atos 4.32, diz que tudo, lhes era
comum. O versículo 34 diz que nenhum necessitado havia
entre eles, pois vendiam suas propriedades e depositavam “aos pés” dos
apóstolos, que distribuíam dependendo da necessidade de cada um.
Veja que os Apóstolos distribuíam, e não ficavam para eles, para que o saldo de
caixa da igreja fosse positivo.
A diferença desses cristãos para as comunidades de crentes hoje é
gritante. Hoje não há essa comunhão! Há muitos necessitados
na igreja, ao passo que há outros esbanjando e esnobando riquezas
materiais, fazendo vista grossa para o irmão que passa fome.
As
ofertas e dízimos não ficam nos pés, mas “na cabeça” dos líderes
eclesiásticos de tal maneira que tudo que eles fazem, do sermão ao
aperto de mão de um membro, é visando o lucro que terão com aquilo.
Muitos pastores recebem a notícia de um novo convertido humilde quase com
desprezo, e só falta soltar fogos de artifícios se esse novo convertido tiver
dinheiro ou posição social, como um prefeito, por exemplo. São pobres almas
avarentas que não cogitam sobre o ideal de Deus, e sim, no lucro, status, e
influência que aquela congregação vai ter com tal conversão.
E para finalizar, o que o clero recebe como oferta ou dízimos não
distribui com os necessitados, e muitas vezes são usadas para o conforto
dos membros bajulados, afinal, eles são os contribuintes. Os pobres que se
vire! É a lei de Mamom.
São essas e muitas outras diferenças que há, da igreja atual para a Igreja do
Novo Testamento.
O
texto de Atos 5.1-11, diz que dá quem deseja. Dar sem desejar ou dar mentindo
gera morte, não vida. Ananias e safira morreram por terem traído a graça de dar
ou não dar, ser ou não ser. Eram livres para não dar, v.4, não para mentir ao
Espírito Santo. Dar não os tornaria maiores. Não dar não os tornaria menor.
Mentir a Deus os destruiria!
Se você é um líder eclesiástico. Pare de mercadejar a palavra de Deus,
2Coríntios 2.17a. Se realmente você têm o chamado de Deus, arrume um emprego
para se sustentar, e continue pregando o evangelho da Graça de Deus, sem cobrar
nada! “... de graça recebestes, de graça daí.” Mateus 10.8b.
“Por
que vos recordais, irmãos, do nosso labor e fadiga; e de como, noite e dia
labutando para não vivermos à custa de nenhum de vós, vos proclamamos o
evangelho de Deus.” 1Tessalonicenses 2.9.
Deus nos abençoe!!!
Não há dúvidas que é obrigatório aos
crentes sustentar a obra do Senhor financeiramente e ajudar os pobres
generosamente: duas atitudes que as Escrituras ordenam, e o Reino de Deus
também necessita. A bíblia repetidamente afirma que os dízimos do Velho
Testamento e as ofertas voluntárias do Novo Testamento têm o objetivo divino de
igualdade entre os cristãos na grande família de Deus[1]. Hoje o principal objetivo das
arrecadações, nada mais é do que enriquecer o alto clero, e o sustento
financeiro dos traficantes da palavra. Enquanto filhos de pastores estudam em
colégios particulares com mensalidades altíssimas, filhos de irmãos que são
também amados por Deus, muitas vezes, não têm nem um chinelo pra ir para a
escolinha do bairro[2].
Isso é igualdade? Essa é a vontade de Deus?
Pelo amor de Deus! É verdade que o
Novo Testamento encoraja os crentes a dar de acordo com sua possibilidade. Mas
isso era feito, primeiro: para ajudar outros crentes: Atos 6.1-7; 11.27-30;
24.17; Romanos 15.25-28; 1Coríntios 16.1-4; 2Coríntios 8.1-15; 9.1-12; 1Timóteo
5.3-16. E segundo: sustentar Plantadores de igrejas: Atos 15.3; Romanos
15.23-24; 1Coríntios 9.1-14;16.5-11; 2Coríntios 1.16; Filipenses 4.14-18; Tito
3.13-14; 3João 1.5-8.
Vejamos a História
De acordo com historiadores, um dos testemunhos mais notáveis da igreja
primitiva estão relacionados em como os cristãos eram generosos aos
pobres e necessitados. Hoje bem sabemos que os pobres que se lixem
quem mandou nascer pobre! A falsa piedade faz com que juntem “feirinhas” e
outras coisas de que não precisam mais mesmo e dão aos pobres, depois tocam-se
trombetas na vanglória carnal de fariseus. Como se algo tivessem feito. No
século III, Cipriano foi o primeiro escritor cristão a mencionar a prática de
sustentar financeiramente o alto clero (isto é, os líderes da igreja). Seu
argumento para apoiar essa prática era o Sacerdócio Levítico, o que representa
um pensamento equivocado. O sistema levítico já foi eliminado. De acordo com a
doutrina do “sacerdócio de todo crente”, expresso em Ap. 1.6; 1Pedro 2.5,9.
Todos nós, agora somos sacerdotes. Então, se um sacerdote exige o dízimo, todos
os cristãos devem “dizimar-se mutuamente!”, ou seja, você me dá seu dízimo
e eu lhe dou o meu!
Nenhum escritor cristão antes de Constantino, além de Cipriano, jamais utilizou
referências do Velho Testamento para solicitar o dízimo. Apenas no século IV,
300 anos depois de Cristo, alguns líderes cristãos começaram a defender o
dízimo como prática cristã para sustentar o alto clero. Mas isso não chegou a ser
comum entre os cristãos até o século VIII! Segundo um pesquisador, “nos primeiros
setecentos anos isso (os dízimos) quase não foi mencionado”. Somente no final
do século X, o dízimo passou a
ser uma exigência legal para sustentar a igreja estatal, exigida pelo alto
clero, e cumprida pelas autoridades seculares!
Hoje, você não vai ser castigado fisicamente por não dizimar, mas se não for um
dizimista será excluído das posições importantes do ministério. E
sempre será culpado e agredido de cima do púlpito!
Importar o sistema bíblico do dízimo praticado pela antiga nação de Israel para
nossa cultura hoje, no mínimo é desonesto, heresia, falta de respeito pelas
Escrituras e falta de amor para com Deus e o próximo. Hoje pra todo lugar que
se olhe na igreja, se vê pobres necessitados e outros brincando com dinheiro, e
o pior é quando o pastor se inclui nesse último. Observe que a última palavra
na igreja geralmente é desses irmãos abastados, são os donos da igreja. Afinal
de contas eles são os investidores, ou seja, aqueles que têm o maior número de
ações (título de propriedade, representativo duma fração do capital satânico).
Pelo amor de Deus! O que me irrita muito é que você não encontra mais um livro
nas livrarias evangélicas que ensinem sobre o dízimo de forma correta, afinal
de contas, todos são escritos por pastores e teólogos sustentados com dízimos.
Sendo assim, falta-lhes coragem e honestidade para se pregar a verdade. Que
Deus tenha piedade desse sistema institucional religioso de nossos dias.
Se alguém que está me lendo, como eu, foi expulso de sua denominação,
não fique triste, Deus te ama. Reúnam-se dois, quatro, cinco, dez amigos,
comecem a ler a palavra, orar, pegue algum livro, ou esse folheto, leia um
capítulo, discutam sobre aquilo que foi lido, leiam mais a palavra, discirnam
devagar, aprendam, exortem-se uns aos outros. Evangelho é isso!! O resto é
vivê-lo no dia-a-dia!
Vocês acham que para ter evangelho tem que ter templo, placa, sino, cruz,
púlpito. Pelo amor de Deus! Nós somos discípulos de Jesus, e não pagãos.
Meu conselho aos pastores e líderes que querem ganhar muito dinheiro é o mesmo
que já disse outrora; Pare de trabalhar visando o lucro final, pregue o
evangelho sem nada ganhar, a não ser o elogio do Senhor: “Muito bem,
servo bom; por que foste fiel no pouco, terás autoridade sobre dez cidades”. Lucas
19.17.
Você verá como o Espírito Santo lhes usará maravilhosamente, pois você não
temerá dizer a verdade. Não dependerá do sustento de ninguém, a não ser de
Deus, Gálatas 1.10, “Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens
ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não
seria servo de Cristo.” Não sou contra o obreiro ser sustentados pelos
demais irmãos, afinal isso é bíblico, o que sou contra é o camarada dizer que é
um vocacionado que ama, e dá a vida pela obra de Deus, mas, na verdade, o que
ele faz é visando o lucro financeiro. Queira ou não o líder que recebe um gordo
salário da igreja, vive do favor de homens, e assim sendo, procura agradá-los e
dessa forma deixa de servir a Deus para ser servo de homens! Leia 1
Tessalonicences 2.4-6, e veja que Paulo negou ser um pregador bajulador que
tentava passar impressões favoráveis a fim de obter influência para benefício
próprio, como a maioria dos pastores fazem em nossos dias!
Caros líderes, Não sejam como pastores que pressionam pobres missionários que
estão no campo, pobres no sentido de pobreza espiritual, e não por que são
coitadinhos, pois na ânsia de serem bem vistos por seus pastores, cobram
dízimos de ovelhas que às vezes não têm nem o que comerem.
Correm atrás do dinheiro para manter esse circo rodando para o “bem da causa do
evangelho”. Que causa, e que evangelho?! Aquele a quem eu sirvo nasceu num coxo
de dar comida a animais e morreu sem ter onde reclinar a cabeça!
Pensem nisso!
Nº 04 Resposta a um “professor de seminário”
Hoje, 05/07/2011, recebi um artigo de um “professor” de seminário, dizendo não
concordar com o que escrevi sobre o dízimo.[3] Segundo ele o que escrevi
está: “Fora de contexto, foi influenciado pela teologia
dispensacionalista, não temfundamento bíblico e é baseado
na heresia”.[4]
Pra início de conversa devo informá-los que o “professor”, que também amo
muito, é sustentado por dízimos! Logo se vê seu interesse em manipular a
palavra para sustentar essa heresia. O amado “professor” fez o que fez por
conveniência, e não por convicção! Veremos agora suas objeções uma por uma:
Fora de contexto?
1Tessalonicenses 2.9, realmente, como diz o “professor”, não está contra o
sustento pastoral, e que por opção pessoal Paulo decidiu trabalhar dia e noite,
para pregar o evangelho, sem ser um peso[5] pra ninguém. E é justamente
isso que acontece, a casta clerical com seus altos salários, colocam um peso
sobre os pobres quando exigem dez por cento de seus salários, e que o pobre é
obrigado a dar se não quiser ser mal visto pelos demais.
O nobre e amado “professor” foi quem me interpretou fora de contexto. Devia ter
seguido a bíblia que diz: “Todo homem, pois, seja pronto para ouvir, tardio
para falar, tardio para se irar. Porque a ira do homem não produz a justiça de
Deus. Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei,
com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a
vossa alma” Tiago 1.19-21.
Como escrevi no folheto Nº03, cujo título é: “O cristão deve dizimar?
(parte 2)”, eu explico que a obra de Deus, deve ser sim, sustentada pelos
crentes. O que defendo, e defenderei até a morte, é que, está fora da
vontade de Deus uns ter demais, e outros, nada! Vamos a um caso
hipotético: “A igreja tem um saldo de caixa de vinte mil reais, e se algum
irmão precisar de quinhentos reais para um remédio, ou, se é necessário levar o
filho de um “obreiro” a Natal para fazer alguns exames, espera-se uma semana
para passar pela aprovação de toda a igreja, ou vai pedir esmolas àqueles mais
abastados”. Isso é materialismo, mesquinhez, e antibíblico. Enquanto isso milhões
são gastos em propaganda, camisas, boné, panfletos e adesivos, sobre “missões”.
Pastores esnobes viajam pra lá e pra cá, sendo garotos propaganda desse
comércio diabólico. Todos eles sendo um peso àqueles irmãos pobres e
famintos que, Deus os livre, um dia vier a precisar da igreja estão “lascados”.
Que diferença da Igreja Neotestamentária!
Influência da teologia Dispensacionalista?
Mais uma vez o nobre “professor” está torcendo o que eu disse. O costume de
fazer isso com a bíblia está lhe subindo a cabeça. Nunca disse que o Antigo
Testamento não é para o crente.[6] Quem gosta desses termos
teológicos, são esses caras do seminário com todos esses arrogantes professores
de coisa nenhuma, ensinando uma bíblia que eles só conhecem como livro, na
melhor das hipóteses, e uma palavra que, na maioria das vezes, não os alcançou.
Querido “professor”, a cada respiração minha sou influenciado por Jesus Cristo
e pelo evangelho da Graça, e não por coisa nenhuma com nome complicado. Quem
gosta dessas complicações, são esses bandos de teólogos de nada. Complicação,
moda, novidade. É disso que vocês gostam! Sabe por quê? Porque lhes falta a
palavra e falta-lhes unção no anúncio da palavra. Quem não tem palavra pra
pregar é que precisa de moda pra inventar. Quem não tem palavra pra pregar é
que precisa de mover novo.
Pra quem está revoltado comigo, digo-lhes: “Tenho todo o direito de descrer da
igreja, pra voltar a crer em Jesus, e não será você nem ninguém que me tirará
essa liberdade.”
Não tem fundamento bíblico?
Meu amado, se não tivesse fundamento bíblico a minha casa estaria cheia de
chupa-cabras mostrando-me o quanto me equivoquei. O fato de ninguém da casta
clerical ter me enchido o saco, com exceção dessa sua tentativa frustrada, é
porque as evidências dos textos que expus, são esmagadoras.
Baseado na Heresia?
Baseado na heresia é tomar posse, estelionatariamente de Malaquias 3.8-10
para arrecadar dinheiro, se valendo de promessas de bênção ou maldição para
aqueles que obedecem ou não. E o amado “professor” sabe muito bem que isso é
feito em meio do seu reduto. Também quero dizer que é verdade quando o
“professor” citou que eu me orgulhava dos irmãos na congregação que liderei em
Governador Dix-Sept Rosado (caso o “professor” tenha esquecido o nome da
cidade) quando estes dizimavam. Só que, isso foi no passado quando o Senhor
ainda não tinha desvendado meus olhos. No passado também, fiz parte de grupo de
jovens da igreja católica, mentia, etc. Mas, o passado importa para Cristo?
Irmão! Esqueceu-se da época em que o amado guardava o sábado e não comia carne
de porco? O que importa para Deus é o hoje. Ou você não aprendeu isso no
seminário?
Leia o que está escrito, e entenda o que
está sendo dito. Leia novamente meus escritos e veja que não fui contra o
sustento dos obreiros, mas, contra a má distribuição de renda, e contra a
heresia de se usar o dízimo, ou seja, a Lei do Velho Testamento para sustentar
tais obreiros. Vamos a mais um caso hipotético: “Um obreiro recebe cinco mil
reais mensais, além de outras regalias, enquanto um pobre irmão, como aconteceu
lá em Governador, em época de seca, passou mais fome do que camaleão trepado em
poste”. Eu de mãos atadas, enquanto o resto da igreja gastava aproximadamente
vinte mil reais em marketing de uma reunião de convenção! Meu irmão me perdoe,
mas não dá. Leia Tiago 2.14-17, e veja se este texto está no contexto do que
estou dizendo, ou é mais um pretexto herético!
Para finalizar, quero chamar a atenção dos leitores para mais equívocos
por parte do “professor” que diz no final do seu artigo: “O problema não é
ser sustentado pela igreja.7 E sim ser preguiçoso8,
dormir até tarde9 enquanto as almas perdidas precisam ser
evangelizadas10 ,e deixar as ovelhas ‘comerem’ um capim seco de
doutrinas radicais e heréticas e, não sustentá-las com o pão da vida11 .”
(Não deixe de ler as notas de rodapé). Mas o que me encheu de dúvidas foi o
caro “professor” ter insinuado que fui colocado pra “fora da igreja por ser um
péssimo obreiro, e que quero processá-la para receber direitos trabalhistas”. O
amado deve ter tomado alguma coisa quando escreveu isso, ou está querendo
mandar um recado pra alguém, e não tem coragem de ser direto. Primeiro que,
eu saí espontaneamente de Governador, e toda a igreja sabe disso. Segundo,
nunca me envolvi com processos trabalhistas em minha vida, quanto mais em
relação à igreja. Cuidado com que o irmão ingere. Quero que saibam que eu amo
tanto o “professor” quanto todos que fazem parte de sua instituição. O que sou
contra é algumas doutrinas ensinadas. Perdoem-me, mas como disse Lutero12: “A
paz, se possível, mas a verdade a qualquer preço”.
Que o Senhor seja nosso Juiz.
__________________________________________________
7 Nunca falei que ser sustentado pela igreja era problema, mas sim
desejar salários acima das posses dos membros de sua igreja, sendo assim um
peso para os pobres e necessitados.
8Como a maioria dos pastores e missionários que conheço. Você
sabe o que estou falando!
9 Trabalhando de caminhoneiro, passo noites e noites sem dormir,
pois sei que meu descanso será na eternidade. Nunca arroguei pra mim a
prerrogativa de ser especial, como os feiticeiros da fé.
10 Coitado se acha que recolher pessoas para um grupo, agregar novos
contribuintes para sua organização é evangelizar. Ele confunde gregariedade com
evangelização.
11 A bíblia foi sempre o que ensinei e aconselhei o povo a ler. Abrir
o entendimento do povo para compreender as Escrituras, é tarefa de Jesus, Lucas
24.45. Mas, pelo que conheço do nobre “professor”, sua ferramenta de ensino, é
livros de auto-ajuda, de psicólogos medíocres e revistinhas de discipulado de
teólogos de meio-termo. Isso pra ele é pão da vida, que na realidade causa
morte.
12 Teólogo Alemão (1483-1545), quando era
monge, passou por uma dramática experiência com o evangelho da Graça de Deus.
Lutero era professor, teólogo e também pastor e foi um dos líderes da reforma
protestante.
Nº 05 Convite à loucura
!
O título do informativo que mais achei apropriado foi esse, já que, a cada
folheto que escrevo o escândalo da Graça nele contido, revela, no poder de
Cristo, a pessoa que está, ou no processo de salvação, ou no processo de
destruição. Para os que rejeitam a Cristo, os quais estão no processo de serem
destruídos, o evangelho da Graça é loucura, 1Coríntios 1.18. Para aqueles que
são cristãos, é sabedoria poderosa.
Os que escrevem contra, irão adorar esse título, pois sei que é o que dizem
sobre esse trabalho; que é loucura! “...mas para os que foram chamados,
tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.
Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é
mais forte do que os homens.” (1Corintios 1.24-25).
Também quero me desculpar, pois iniciei esse trabalho em 11/06/2011, e nem
falei sobre o propósito do mesmo. Alguns têm me perguntado; “Qual sua
intenção ao escrever tudo isso?” Às vezes, até, com um ar condenatório.
Pois bem, esse número é para explicar-lhes o porquê desse periódico!
Ele é pra quem está se sentindo como ovelha em meio aos lobos dentro da
instituição religiosa em que se encontram. É para quem está no meio da
“igreja”, aceita o que vê e escuta, só por querer está bem com todos, pois acha
que assim viverá em paz, mas, sabe que há algo de errado!
Este periódico é para quem não acredita mais nas instituições religiosas porque
não vê atitudes cristãs lá dentro. Jesus também sentiu a mesma coisa em sua
época. Veja o que Cristo disse: (Mateus 23.1-12). “Então, falou Jesus ás
multidões e aos discípulos: Na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e
fariseus. Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os
imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem. Atam fardos pesados e
difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, eles
mesmos nem com o dedo querem movê-los. Praticam, porém, todas as suas obras com
o fim de serem vistos pelos homens; pois alargam os seus filactérios e alongam
as suas franjas. Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras
nas sinagogas, as saudações nas praças e o serem chamados mestres pelos homens.
Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é o vosso Mestre, e vós
todos sois irmãos. A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque um só é
vosso Pai, aquele que está nos céus. Nem sereis chamados guias, porque um só é
o vosso Guia, o Cristo. Mas o maior dentre vós será vosso servo. Quem a si
mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar, será exaltado”.
Este trabalho é para quem sabe que existe alguma coisa errada, mas não consegue
explicar o que é, mas sente que há alguma coisa errada. Pessoas que passaram a
vida toda sentindo que há algo errado com o cristianismo, pessoas que não
querem ver isso, mas sabem que há. Sabem que há algo diferente da mensagem de
Jesus, da igreja primitiva.
Há dois grupos de pessoas que não têm essa consciência, são eles; aqueles que
ainda não acordaram para essa realidade, e aqueles que nunca acordarão, pois
estão embriagados com o sistema religioso e gostam disso. “Coisa espantosa e
horrenda se anda fazendo na terra: os profetas profetizam falsamente, e os
sacerdotes dominam de mãos dadas com eles; e é o que deseja o meu povo.
Porém, que fareis quando estas coisas chegarem ao seu fim?” (Jeremias
5.30-31).
Quem não tem o Espírito Santo, esse não pertence a Deus (Romanos 8.9), e sem a
direção do Espírito Santo a pessoa só procura seguir seus desejos carnais,
emoções e seu coração que é o setor mais corrompido do ser humano; “Enganoso
é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o
conhecerá?” (Jeremias 17.9). Mas a palavra de Deus que é bom nada! Esse
tipo de gente só lê a bíblia como quem lê um horóscopo, pra saber o que vai acontecer
com suas míseras vidas, mas o que guia mesmo essas pessoas são sonhos, visões,
arrepios e todo tipo de bobagem que um “bruxo cristão”, denominado de pastor,
vocifera de cima de um púlpito. É isso que esse tipo de gente deseja.
Mas, para o crente verdadeiro que tem a consciência do evangelho, sabe que há
algo errado, e é justamente esse sentimento que fará você ler este periódico,
pois estou falando do sistema religioso atual. Esse sistema
está bem montado, durante anos têm enganado a todos, nos usado por dinheiro e
poder, você ver esse sistema quando vai aos cultos ou quando assiste aos
programas religiosos de televisão, quando compra CD`s evangélicos, quando
financia construção de templos, quando pratica a lei do dízimo. É o
cristianismo que foi colocado diante dos seus olhos para que você não visse a
verdade. E que verdade é essa? É que você é um escravo da Lei. Você
acredita que precisa se submeter a líderes sacerdotais e sustentá-los,
colocando-se sobre um jugo de servidão como uma prisão pra sua mente.
(Gálatas 5.1).
Infelizmente as pessoas acham mais difícil viver na Graça, foi exatamente
por isso que crucificaram
Jesus. Esta é a sua
chance, depois não há como voltar. Se parar agora de ler os meus folhetos, você
continuará sua vida normal, vivendo na lei, servindo e acreditando nos lobos.
Mas, lendo os folhetos, um após o outro, você conhecerá a verdade e viverá na
Graça, tomando posse daquilo que Jesus conquistou na cruz.
“Disse, pois, Jesus aos Judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na
minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e
a verdade vos libertará”. (João 8. 31-32).
“E estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo
– pela graça sois salvos” (Efésios 2.5).
“Mestre, qual é o maior mandamento da lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o
Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu
entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo,
semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois
mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” (Mateus 22.36-40).
Mas lembre-se!
Tudo o que lhes ofereço é a verdade; nada mais!
Nº 06 O que significa ser um crente?
Já escrevi sobre o que é ser carnal do ponto de vista de Jesus Cristo Nosso
Senhor. Esforcei-me também para provar que o dízimo não faz parte da vida de um
cristão, apesar do que se prega por aí! Aqueles que estão em uma “matrix”
institucional, isto é, enganados pelo papo de desgraça do sistema religioso
atual, têm me acusado de ter-me desviado do caminho certo. Na boca deles estou
“afastado”, não sou mais crente!
A pergunta é; O que significa ser um crente?
Nas minhas viagens (sou caminhoneiro), alguns me veem lendo a bíblia, ou um
livro qualquer, e logo me perguntam se sou crente. Quando estou sem paciência
logo respondo não! Mas quando estou com tempo e paciência lhes respondo com outra
pergunta: “O que você chama de crente?” “O que você entende por ser crente?”.
Na concepção da maioria, crente é aquele camarada que se identifica com uma
sigla, uma nomenclatura, são membros de um clube; “É crente da primeira igreja
num sei de onde, é crente da igreja pentecostal fulano de tal, é crente da
igreja de sicrano renovada do Brasil, é crente da igreja assembleia de um deus
qualquer”, e por aí vai. Eles não sabem o que é ser crente, não sabem nem o que
significa ser evangélico. Para pessoas que acham que ser crente é ser isto, eu
respondo que não sou mais “crente” justamente por ser crente demais!
Eu sou crente até o osso!
Sou crente, sou evangélico, sou discípulo, sou cristão, sou um homem de Deus,
sem compromisso nenhum com a própria sobrevivência, e com todo compromisso em
morrer pregando o evangelho da Graça de Deus até o talo, doa a quem doer. Sim!
Não tenho medo de morrer, pois os que ainda têm esse pavor da morte, não podem
ser crentes, pois não confiam em Cristo Jesus, Hebreus 2.14-15. Jesus através
da sua morte e ressurreição destruiu o poder que o diabo tinha, na morte, sobre
nós. Livrou-nos do pavor (gr.phobos) da morte, e nos libertou dessa
escravidão (João 14.19). Para o crente verdadeiro, “Tragada foi a morte pela
vitória” (1Coríntios 15.54). Portanto o pavor da morte e sua escravidão
espiritual foram destruídos por meio da obra de Cristo. Não entendo como
um camarada diz ser crente e vive com medo de morrer, apelando a gurus
espirituais para receberem saúde e longevidade.
Crentes Televisivos
Crente é o ser que diz: “O evangelho em mim encontrou morada”. Esse é o
crente, o evangélico, o cristão, o discípulo, é o indivíduo que se deixou
qualificar pelo conteúdo do evangelho! Os crentes contemporâneos vão diante das
câmeras de um circo espiritual e dizem: “Bom! Eu saí da igreja
católica”, ou, “eu deixei um centro espírita, numa situação
bastante angustiante, fui para a igreja, recebi uma oração, um demônio saiu de
mim, fui batizado nas águas e agora eu creio no senhor, confesso a palavra, vou
as reuniões, frequento as correntes de oração, e em troca disso o Senhor tem me
abençoado, já estou conseguindo comprar um carro novo, já determinei até a
melhor marca do carro” isso é ser “crente” na concepção deles! O que
na verdade, não tem absolutamente nada a ver com o evangelho. Essas pessoas têm
um compromisso com um clube humano fraterno, ao qual eles são fieis, porque são
pessoas mal resolvidas, com famílias destruídas, sem vínculos afetivos
estáveis, e que, encontra naquele ajuntamento de pessoas a mesma coisa que um
camarada criado na rua encontra numa turma de malandros, ou seja, acolhimento,
afinidade. Por causa da carência, ele se envolve com aquilo sem saber bem o que
é, ele só sabe que o nome de Jesus é invocado ali, que tem gente que se
arrepia, grita, chora, bola pelo chão, sabe que tem um poder que vai descer de
algum lugar, e ele grita “ALELUIA!”. Mas esse indivíduo não sabe o que é ser
evangélico, nem conhece o evangelho. Eles acham que Deus deve servi-los, o que
eles creem e pregam não é a verdadeira palavra de Deus, só que para ser um
crente, discípulo, é necessário permanecer na palavra de Cristo João 8.31-32.
Ser crente é odiar sua vida neste mundo, e não determinar que ele se torne o
seu céu, João 12.25; 18.36. O Reino de Cristo, do qual todo crente faz parte,
não é deste mundo!
Rol de membros
Falaram tanto de mim nesses últimos dias; de que não sou mais crente, e
sim um herege, até mesmo de ser um falso profeta. Falam tanto que talvez já
tenham me retirado da seleção dos salvos e alcançados, que a instituição
inventou; o tal do “Rol de membros”, é ele que determina a listagem escrita no
livro da vida! Nele só entram os contabilizados no censo interno, na membresia.
Essa prática não tem nada a ver com a verdade em Cristo, pois Jesus via quem
era quem, e quem desejavam o que em relação a ele. (João 2.23-25; 10.1-16).
Esses que se acham crentes, mas não estão firmados em Cristo e nem em sua
palavra, geralmente cercam-se de mestres de acordo com suas próprias cobiças,
são líderes que tem espírito de fariseus, donos dos templos, chefes de
religião, construtores de tradições humanas, cobradores dos impostos da
alma, são os que determinam o modo como o ser humano deve ser. E os
“crentes” que não são crentes se recusam a dar ouvidos a verdade, e entregam-se
as falsas ideologias que se opõem a sã doutrina (2Timóteo 4.3-4).
Crente é o que se rende a Graça!
Repetindo, crente é o individuo que se deixa qualificar pelo conteúdo do
evangelho da Graça! Que mostra uma vida de graça, liberando e repassando a
graça de Deus. É aquele que ama tanto a Deus quanto ao semelhante, Mateus
22.34-40; 1João 4.7-8; 1João 4.16; 1João 4.20. É aquele que crê para a
salvação, e isso não é crê em Jesus como pessoa somente, ou como Deus somente,
e sim, crer no que ele ensinou João 5.24, “... quem ouve a minha
palavra (...) tem a vida eterna. (...)passou da morte
para a vida.” O crente é aquele que crê no que Jesus veio fazer nesse
mundo, ou seja, trazer a salvação pela graça, e de graça. Hoje os crentes
acham que são, mas muitas vezes não creem que estão, de fato, salvos. Isso é
duvidar da Graça, não confiar, e nem crer no que Jesus ensinou.
A descrença em Jesus
A verdadeira descrença em Jesus, não é não crer nele, é não crer na Graça por
ele trazida! “E o verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e
de verdade...” João 1.14. “porque todos nós temos recebido da sua
plenitude e graça sobre graça.” João 1.16. O camarada diz que é
crente, que é cheio de fé, mas quando as coisas não acontecem como ele
esperava, volta a amar o mundo como antes. Conheço vários indivíduos com essa
natureza, hoje se diz crente, apontando e julgando todo mundo, amanhã está num
bar, amando o mundo e tirando umas férias de Jesus.
Sabe por que acontece isso? É por que não é fé que estava no coração desse camarada,
e sim, crença, credulidade, e isso não é melhor do que aquelas ensinadas nos
terreiros de macumba. O crente que é discípulo, que é cristão, evangélico, que
é verdadeiramente um homem de Deus está preparado, o próprio Cristo o preparou
para a vida, para a morte, para a cura, e para morrer sem cura, para saber e
para não saber, para a revelação e para o mistério. Cristo nos prepara para o
que der e vier! Pois sabemos que ele é o princípio e o fim, que é o alfa e o
ômega. Sabemos que ele há de vir. Por isso venha o que vier, o crente vai poder
naquele que lhe fortalece todos os dias! Filipenses 4.13.
O que prego com meus folhetos não é doutrina, no sentido de catequese cristã,
mas uma consciência espiritual, fruto do entendimento do significado da cruz, é
a consciência do evangelho da Graça.
Tudo o que escrevi só é ruim para o diabo ou para os diabos institucionais que
nos rodeia, pois me acusam de liberal, exagerado, provocador, de estar auto
justificando meus pecados, de herege maior. Mas, a aversão deles é o fato de eu
estar pregando sobre a graça, a certeza da salvação, pois eles sabem que pregar
a certeza da salvação liberta o povo, pois o que é pregado por eles dias e
dias, anos e anos, é a incerteza da salvação, e por que isso?
Porque isso mantém o povo dependente da validação da salvação pelo
autodesignado cartório celestial, assim, em sua arrogância eles dizem quem é,
quem não é, quem está, quem esteve e quem perdeu. E o povo não vê que, isso
sim, é heresia, exagerado e provocador.
Conclusão
Não estou nem um pouco preocupado com quem diz que eu não sou mais crente, pois
é com o Senhor que tenho que prestar contas, foi-se o tempo em que eu tinha que
dá satisfação da minha vida para esse bando de sanguessugas que chupa uns
aos outros até os ossos, e quando não há mais o que sugar, jogam fora o resto,
como fizeram com um missionário de Areia Branca esses dias.
Tiago 4.12 diz: “Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e fazer
perecer, tu, porém, quem és, que julgas o próximo?” A palavra grega para
“julgar” aqui é; krinô, literalmente nesse contexto é;
formar e expressar uma avaliação ou opinião quanto a qualquer pessoa ou coisa,
mais frequentemente desfavoravelmente. É o que estão fazendo comigo, espalhando
entre eles que estou afastado, pregando heresia e que não sou mais
crente. O Senhor lhes repreenda!
Nº 07 Qual é a “igreja” verdadeira?
Alguns têm me perguntado, diante de tudo o que já escrevi, e olhe que ainda tem
muita coisa para ser escrita, qual é a verdadeira “igreja”? A resposta para
essa pergunta é simples, e, ao mesmo tempo, chocante; NENHUMA!
Quando digo que nenhuma “igreja” é
verdadeira, refiro-me as “igrejas institucionais”. Não se pode falar da
verdadeira Igreja de Deus no plural, pois ela é singular. Não existem muitas
igrejas, mas uma só. Já templos, que frequentemente se confunde com igreja,
existem milhares. Essa confusão não pode existir. Só existe, por causa de
pessoas mentirosas que introduziram esse conceito na cabeça do povo.
Que não se confunda mais; a igreja de Deus, com reuniões de pessoas em prédios
com placas de identificação.
Tentarei mostrar a grande diferença de “igrejas,” para Igreja. Veja que
“igrejas” são estabelecidas por homens, já a Igreja foi estabelecida por Deus.
As “igrejas” são visíveis, a Igreja é invisível. As “igrejas” são comandadas
por homens, quase todos corruptos, a Igreja é comandada pelo Cristo de Deus.
Muitos fazem parte das “igrejas”, mas desses, poucos são da Igreja. E você de
qual delas faz parte?
Vamos à Bíblia!
Isaías 66.1-2; “Assim diz o Senhor: O céu é o meu trono, e a terra,
o estrado dos meus pés; que casa me edificareis vós? E qual é o lugar do meu
repouso? Porque a minha mão fez todas as coisas, e todas vieram a
existir, diz o Senhor, mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido
de espírito e que treme da minha palavra.” Não precisa ser um “professor”
de seminário para ver que esse texto do livro de Isaías, inicia o resumo final
de sua profecia com um lembrete de que Deus não está interessado num
templo de pedras, desde que, como criador de todas as coisas, o universo
inteiro é o lugar de sua morada. Para que ninguém diga que estou fora de
contexto, veja que Estevão também usou esta passagem para apontar o erro do
sinédrio de limitar Deus a um templo feito por mãos humanas, (Atos
7. 49-50). E não é isso que acontece em nossos dias? A verdade é que 100% das
instituições estão tentando servir a Deus com a mesma dureza de coração vazio
que tinha os judeus no tempo de Isaías. Estão limitando Deus a uma
caixa de concreto, e pregando que, é ali que Deus
está!
Deus não quer que as pessoas procurem um templo, como é ensinado pelos fariseus
modernos, ao contrário, ele é quem procura por corações em que possam morar,
corações que sejam quebrantados, e não preso as formas externas de
religiosidade. Focalizam tanto os templos, que chegam a confundir templos
com Deus. Já aconteceu de pastores mercenários, ensinarem que estou
trabalhando para acabar com a igreja. Isso é mentira! O que escrevo não é
contra nada, nem ninguém, mas, defesa do evangelho. É verdade!
Quando alguém diz: “Não posso ir hoje para a igreja, pois tenho que
trabalhar!” Em sequência ouve-se essa orientação: “Irmão! Você precisa
colocar Deus acima de tudo!” Só que, essas reuniões, não são Deus, nem são
a Igreja verdadeira de Cristo aqui na terra. E o que elas são? São igrejas
falsas. São propagadoras dos falsos Cristos, dominados pelos falsos profetas
que operam sinais e prodígios enganadores (Mateus 24. Versículos 5,11,24).
Se você visitar cada seguimento que se diz evangélico, verá que cada um deles,
apresenta ao público crédulo, um Jesus diferente. Como Jesus disse: “Virão
muitos em meu nome, dizendo: “Eu sou o cristo, e enganarão a muitos.” Vá a
alguns desses chiqueiros evangélicos, e você verá que existe; Jesus milagreiro,
cujo único propósito de existir é só pra fazer milagres, principalmente para
aqueles que dão ofertas generosas. Existe Jesus que escolhe alguns para dar o
“dom” de falar umas línguas esquisitas que para nada servem a não ser inflar o
ego daqueles que a falam. Existe um Jesus milionário que promete enricar
aqueles que o seguirem, diferente do Jesus da bíblia que não tinha nem onde
reclinar a cabeça. É Jesus materialista, Jesus pragmático, Jesus molenga, Jesus
que permite o homossexualismo, Jesus bruxo, enfim, existe Jesus pra todo gosto
e pra todo credo. Vieram e ainda vem, muitos e muitos dizendo: “eu sou o
Cristo” e estão e estarão enganando a muitos. Tendo a certeza disso, afirmo: “Nenhuma
igreja visível é a verdadeira igreja de Deus, pois a Igreja de Deus é invisível
e não tem nada a ver com essa coisa que está aí”!” Apesar de a Igreja
invisível estar na igreja visível, ambas não é a mesma coisa.
Aquele que, mediante a graça de Deus, adentra em sua Igreja, nunca mais sai. Já
as igrejas institucionais frequentemente estão aplicando a chamada “disciplina
cirúrgica”, onde, quando algum membro desobedece ou não se submete ao alto
clero é expulso, ou proibidos de praticar seus rituais institucionais, como
aconteceu recentemente com um casal amigo meu; Sem nenhum aviso prévio foram
excluídos do censo interno, da membresia, do “rol de membros”. E ainda hoje,
são pressionados psicologicamente.
Eles acusam os que estão fora da igreja institucional de estarem perdidos,
afastados, não salvos. Essa ideia implica que é a instituição que salva, com
isso cometem a mesma heresia da igreja católica em seus tempos de detentora do
monopólio da salvação! Esse povo até para copiar heresias são ruins, ao copiam
seus irmãos católicos medievais. Pra você ter uma noção, eles usam Mateus
18.15-20, para apoiarem essa prática de expulsar alguém do seu reduto. Só que,
observando o texto, veremos como esses infelizes são hipócritas, pois usam o
texto bíblico para satisfazerem seus desejos esdrúxulos. Esse texto não fala
tanto de disciplina, mas fala principalmente de PERDÃO.
Vejamos bem o texto: “Se teu irmão pecar [contra ti], vai argui-lo entre ti
e ele só.(...) Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou
duas pessoas (...), E, se ele não os atender, dize-o a
igreja... Então, Pedro, aproximando-se lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes
meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe
Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.” O
objetivo desse processo é a restauração. E não a disciplina cirúrgica. Fala
da insistência de ganhar de volta o irmão que está em pecado, de trazê-lo de
volta.
Os hipócritas dizem que estão obedecendo a Deus, cumprindo o que está escrito,
e terminam desobedecendo ao que está sendo dito aqui, pois eles expulsam
famílias inteiras da caixa de concreto em que eles se reúnem, e saem espalhando
entre eles mesmos que aquela família está fora dos caminhos de Deus. Que
prepotência desses fariseus. Que arrogância, raça de víboras, covil de
serpentes venenosas, destilando veneno em nome de um Deus de amor e
misericórdia.
Um
casal amigo meu foi expulso só por divulgar meus folhetos. Se estou escrevendo
heresia, por que escondem meus folhetos da congregação? Por que não colocam por
terra essa heresia? Por que o “professor” de seminário, tido como um apologista
calou-se, emudeceu?
Sabe
por que, eu e muitos outros fomos expulsos desse covil de salteadores de
almas? É porque eles não querem, não desejam crentes lá dentro! Não,
eles desejam ver seus prédios cheios de gente, para que as arrecadações sejam
fartas, mas, não de crente! Crente só serve para encher o saco dos
pastores. Crente, para os líderes da igreja de hoje, só dão prejuízo,
pois eles inevitavelmente estudam a bíblia e são, claro, levados a verdade de
Deus, aí, começam a questionar o que se vê lá dentro, e isso não é bom para o
negócio clerical. O estudo da bíblia inevitavelmente leva o estudante
à verdade. Verdade essa que o estudante pode aceitar, como eu fiz, ou pode
trocá-la por dinheiro, casar com uma filha de pastor, entrar no esquemão,
vender a alma, preferindo e amando as facilidades que o mundo oferece do que
ser fiel a Deus e a sua palavra. Essa última parte, eu escolhi, como Moisés que
depois de adulto, recusou ser chamado filho da filha de faraó, preferindo ser
maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado;
porquanto, considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os
tesouros do Egito, porque contemplava o galardão, Hebreus 11.25-26.
Enquanto me acusarem de estar sem igreja, eu vou sendo igreja. Leia 1Pedro 2.5,
e veja que cada crente é casa espiritual. Os judeus estavam acostumados a irem
ao templo material de Jerusalém, a fim de adorarem. Agora o crente é o próprio
templo, e Deus vem nele habitar. Assim se estabelece uma forma muito superior
de adoração. Deus, o Espírito Santo, passa a residir para sempre no seu santuário
terrestre, a Igreja, ou seja, todos os remidos 1Coríntios 3.16; 1Coríntios
6.19-20. O corpo do cristão é templo do Espírito Santo. Todo crente é
santuário do Deus vivente, pois ele nos garantiu que andaria conosco, e seria
nosso Deus, 2Coríntios 6.16.
Nunca mais deixe nenhum desses vampiros interferirem na sua consciência. Se
você é um crente verdadeiro no Senhor Jesus (Já escrevi sobre o que é ser um
crente verdadeiro. (Convite à loucura Nº06) Você é Igreja, você não vai
a igreja, você é Igreja, onde quer que você vá, você é a verdadeira Igreja de
Deus, pois ele habita em você. O próprio Jesus disse que onde
estiverem dois ou três reunidos em seu nome, mesmo que cobertos com folhas de
bananeira, ali tornou-se uma catedral.
Não se deixe escravizar por uma arrogante minoria que se proclama homens santos
de Deus, os quais, na realidade, seu deus é o ventre, o dinheiro e sua
principal arma é a mentira diabólica. Leia Mateus 24.24-25.
Nº 08 Onde está o sábio?
No passado 23 séculos atrás, na Grécia, um ateniense, chamado Sócrates, foi a
um santuário consultar um oráculo, entre os gregos antigos, essa pessoa
especial costuma ser uma mulher chamada Sibila. Em Atenas, onde Sócrates morava,
muitos diziam que ele era um sábio, e ele desejava saber o que significava ser
um sábio, e se ele poderia ser chamado de sábio. O oráculo perguntou-lhe: “O
que você sabe?” Ele respondeu: “Só sei que nada sei”. Ao que o
oráculo disse: “Sócrates é o mais sábio de todos os homens, pois é o único
que sabe que não sabe”. Sócrates, como espero que se saiba, é o patrono da
filosofia.
Queridos intelectuais e queridas intelectuais, como dizia Sócrates,, começamos
a buscar o conhecimento quando somos capazes de dizer: “Só sei que nada sei”.
1Coríntios 1.21; “Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu
por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da
pregação”.
Sócrates era o homem mais sábio, por ter chegado a essa maravilhosa conclusão
de que não sabe. Ele deve ter dito: “Descobri que não descobri. Agora sei
que de fato não sei”.
Se eu tenho a ousadia de pegar em uma caneta para escrever, essa ousadia foi-me
dada por Deus! Se me acusam de não ter o chamado de Deus por ter desistido da
congregação em Governador, eu digo: “Agora entendo qual foi o chamado de
Deus pra minha vida!” Sabe qual foi? Lutar, diligentemente, pela fé que uma
vez por todas foi entregue aos santos (Judas 3). Defender o evangelho da Graça
de Deus, contra esses fariseus contemporâneos.
Como já falei antes sou um caminhoneiro sem formação acadêmica, mas pela Graça
de Deus, fui escolhido e chamado por ele, sem nenhum mérito da minha parte, pra
pregar a verdade em uma época onde àqueles que deveriam estar fazendo isso, só
pensam em dinheiro, riquezas, fama e aplausos do mundo. 1Coríntios 1. 27-28; “Irmãos,
reparai, pois, na vossa vocação; visto que não foram chamados muitos sábios
segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento; pelo contrário,
Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu
as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes; e Deus escolheu as coisas
humildes do mundo, e as desprezadas, e aqueles que não são, para reduzir a nada
as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus.”
Esta semana disseram que eu não tinha autoridade para escrever nada, pois não
sou teólogo, nem concluí o seminário, não preciso dizer que, quem falou isso,
também se beneficia da mentira, pois faz parte do esquemão, do diabólico
sistema religioso atual. Só tem raiva da verdade quem se beneficia com a
mentira. Vejamos;
Os Teólogos
Talvez fosse melhor não falar dos teólogos, pois no meio deles têm homens
santos. Têm alguns que admiro, gosto de outros, me espelho em poucos. Mas na
sua maioria são uma raça orgulhosa. Dissecam um monte de assuntos que para nada
servem no Reino de Deus, e esquecem-se do principal. Inumeráveis são suas sutis
tolices, mas evangelizar que é bom, nada! Empenham-se tanto no estudo de
besteiras, estendem-se longamente tratando da quadratura do círculo que não
lhes sobra tempo sequer pra folhear uma vez ao menos a Bíblia Sagrada. E
enquanto nos seminários se divertem com futilidades em papos descontraídos e hilariantes,
acreditam que a Igreja de Deus se sustenta em seus silogismos e que ela haveria
de ruir sem eles. Moldam e remodelam a seu bel prazer, como a cera, as
Escrituras Sagradas.
Não, eu não sou teólogo, mas escrevo, e continuarei a escrever, enquanto vida,
aqui na terra, tiver. Apesar de tudo que escrevi sobre os teólogos, pior do que
eles são aqueles que não são, mas, agem como se fossem. Idiotas que nem a
bíblia conhecem direito, animadores de auditórios, contadores de piadas,
amantes da psicologia e pais de santo, dando uma de pastores. Mas, o que tenho
mesmo contra essa gente, que nem teólogos são, mas na sua presunção, acham que
são, é que; quando vão “ensinar”, ou “pregar”, leem apressadamente algum relato
bíblico, quando explicar o evangelho deveria ser sua única tarefa. Depois
descarregam diante da multidão ignorante silogismos maiores e menores,
conclusões, corolários, suposições e outras doidices frias e tipicamente
escolásticas, sem terem a mínima ideia do que estão falando. O evangelho que é
bom, nada! Diante disso; Deus levanta um pobre caminhoneiro pra pregar o
evangelho, e o que acontece? Essa raça orgulhosa, logo levantam-se contra mim,
e têm a ousadia de pensar que Deus é seu cúmplice.
Seminários
O traçado de um labirinto é menos complicado do que as bobagens que se estuda
nessas escolas de pastores. Fiz quase oito anos de seminário e ainda estava
longe de concluí-lo. Pelo que vi, meus dentes iriam cair de tão velho que
estaria na conclusão do mesmo, se tivesse continuado.
Nas disciplinas de: ”planejamento estratégico, psicologia 1 e 2, gerenciamento
de recursos humanos, aconselhamento cristão, liderança, produção textual 1 e 2
e muitas e muitas outras baboseiras seculares que se vê no seminário, há tanta
erudição e tanta complicação que os próprios apóstolos teriam que receber outro
Espírito Santo para poder discutir esses assuntos com esse magote de teólogos.
Na verdade, por outro lado, não seria justo esperar dos apóstolos o ensino de
coisas tão difíceis, das quais seu mestre jamais dissera qualquer palavra.
A irmã que falou que eu não tinha autoridade nem pra pegar em uma caneta pra
escrever, por não ter concluído o seminário, por acaso, poderia nos dizer, qual
o seminário que Paulo frequentou? Ou Pedro, que foi chamado por Jesus pra
apascentar suas ovelhas? Ou Estêvão, João, Marcos, Mateus? E Cristo? Será
que foi o de Natal? Ou por acaso, a lavagem cerebral que os missionários
nacionais, sofrem no Rio de Janeiro, é a mesma que ensinou Jesus a ser obediente
ao Pai? Pelo amor de Deus!
A História
Qualquer um que estuda um pouco de história verá que na igreja primitiva não
tinha Novo Testamento, nem teologia elaborada, nem tradição estereotipada. Nada
dessas coisas, muito menos essas doutrinas complicadas que se veem hoje nos
seminários. Os homens que levaram o cristianismo ao mundo dos gentios não
tiveram nenhum treinamento especial, tiveram apenas uma grande experiência na
qual todas as doutrinas morais e filosofias foram reduzidas à simples tarefas
de caminhar na luz, pois a luz havia chegado. Cristo é a luz, e aquele que está
com ele, recebe conhecimento que procede do Santo; 1 João 2.20.
O conhecimento teológico, não prepara ninguém para o ministério. Isso não quer
dizer que o conhecimento de mundo, da história da igreja, de teologia, de
filosofia e de obras escritas são coisas sem valor. Tais conhecimentos podem
ser muito úteis. Mas isso não é central. Somente a competência teológica e o
intelecto de alto potencial não qualificam uma pessoa para servir na verdadeira
casa de Deus.
A ideia de que
homens e mulheres formados pelo seminário ou pelas faculdades bíblicas são
pessoas devidamente “qualificadas” é errônea, assim como tratar os que não
passam por essas formações como “desqualificados” é um engano.Usando esse
“padrão”, muitos vasos selecionados do Senhor não passariam por esse teste.
Jesus e os doze apóstolos não eram eruditos “Então, os judeus se
maravilhavam e diziam: Como sabe este letras, sem ter estudado?” (João
7.15). ”Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens
iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com
Jesus” (Atos 4.13). Como vimos, Jesus, Pedro e João não haviam sido
instruídos nas escolas rabínicas e não tiveram instrução formal na teologia do
Antigo Testamento.
Pela misericórdia e Graça de Deus, ele não chama para a salvação muitos que o
mundo chamaria de sábios, poderosos e nobres; “Por aquele tempo, exclamou
Jesus: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas
coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos” (Mateus
11.25). A sabedoria de Deus é revelada ao louco, fraco e comum; ou seja,
àqueles considerados nada pela elite, os quais creem em Jesus Cristo como Senhor
e Salvador.
Nº 09-10 O que é, e o que não é pecado?
Nos domingos, das 06h00min ás 08h00min uma igreja cujo pastor eu conheço,
apesar de não querer ser chamado de pastor, mas, de seminarista, com medo de
represálias por parte daqueles que determinam o modo como o ser humano deve
ser. Os que têm espíritos de fariseus, donos dos templos, chefes de religião,
construtores de tradições humanas, cobradores dos impostos da alma, os
“mestres” de Natal, os bichões “formados”, os teólogos da convenção, os humanos
que se sentem “concluídos” pela presunção de serem o que não são, pois só
seriam se fossem em Cristo, o único que tem autoridade para dizer: “Eu Sou”,
(João 8.58).
Muito bem! Ouvi o programa neste Domingo dia 24/07/2011 esperando algo que
somasse ao evangelho. Pra minha decepção, ouvi a mesma coisa de sempre;
propaganda de seu clube evangélico, massagem no ego daqueles que nada sabem
sobre Cristo, evangelho relacional e humanista, muita música com mensagens
teologicamente erradas, apelos para que algumas pessoas afastadas, pelo menos
da igreja, voltem para os “caminhos do Senhor”, há sempre essa associação de
igreja ou instituição, com os caminhos do Senhor. Isto é lastimável.
Esse tipo de gente pensa que o evangelho é a igreja ou a instituição, de tal
modo que eles mesmos se referem ao crescimento da igreja na cidade ou no país
como o “crescimento do evangelho”. E pra acabar de vez, no final do programa, o
camarada diz, em oração: “Que o Senhor livre o povo do pecado...” Aí ele
dá uma lista do que ele acha que é pecado; “Do álcool, do fumo, das drogas,
da prostituição.” Só isso? Só! Pecado para muitos é só esse tipo de coisa
externa, visível, que está por fora ou vem de fora! E a inveja, a cobiça, a
ganancia, os pensamentos impuros, a raiva, o temor dos homens, a preguiça? E; o
que mais se vê no meio evangélico; a mentira?
A abstinência a esses pecados que o irmão citou, não conseguem, de fato,
crucificar o velho homem com os seus feitos. Esconder apenas os pecados
externos, não tem poder contra os maus desejos da natureza humana.
Eu conheço líderes de igrejas, que mentem tanto; que eles próprios acabam
acreditando na sua própria mentira. Casais de missionários que adotaram a
mentira como seu estilo de vida. E me perdoem a associação!
O que é pecado?
Conheço
um verdadeiro pastor que me disse uma vez: “O fato de uma pessoa apenas
conversar com outra, já está pecando.” Nós somos pecado, carregamos conosco
a natureza pecaminosa. Por causa, justamente, dessa natureza pecaminosa que
habita no ser humano, temos a tendência de amenizar a queda. Somos tentados a
achar que somos bonzinhos. Que sempre o outro é pior do que nós. Tudo isso é um
engano, queridos leitores.
O nosso irmãozinho do programa radiofônico limitou o pecado à área do
comportamento moral sexual. Conclui-se, com o que ele disse, que; sem o consumo
de drogas e sem a prostituição, o irmão ou a irmã, não pecam! Isso é uma
falácia, um engano! Essa exortação para que se abandonem os pecados externos, é
a mãe e o pai da presunção de alguns que acham serem melhores do que outros.
Mas do ponto de vista da Palavra de Deus, o conceito de pecado cobre um vasto
campo, e não somente na área do comportamento. Você peca, não só por fazer o
mal, mas, também, por não fazer o bem; Tiago 4.17, “Portanto, aquele que
sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.” E o
homicídio? Você pode dizer: “Ah! Eu nunca matei ninguém!” Tem certeza?
Leia 1João 3.15, o ódio equivale ao homicídio, ou seja, a atitude equivale ao
ato. Tenho certeza que muitos líderes e pastores já me assassinaram; ou seja;
tiveram esse sentimento de ódio em relação a mim e aos meus folhetos; Mateus 5.
21-22, a avareza, a soberba, as malícias a blasfêmia e outros males que só Deus
conhece. Quem pode dizer diante de Deus que está “acima” desses pecados?
Parem de se enganar e entenda a gravidade e a extensão da lista das coisas que
Deus chama pecado, Leia Colossenses 3. 5-9.
Quem é pecador?
Todos nós somos, todo pecado, não só uma parte externa ou interna, mas todo.
Todos os seres humanos erram o alvo diariamente.
Somos pecadores! Veja a essência pecaminosa na vida de Paulo Romanos 7.14-25.
Paulo diz ser carnal (v.14). Não compreende nem a ele mesmo (v.15). E que é um
desventurado por isso (v.24), e, que viver assim, sendo vencido pelo pecado,
ele está perdido. Mas a conclusão de Paulo é gloriosa: “Graças a Deus por
Jesus Cristo,”(v.25). Na sequência, ele afirma que a Graça o salvou da
condenação do pecado, deu a ele um novo pendor, mas não tirou dele os equívocos
e ambiguidades naturais de sua essência pecaminosa (7.25; 8.1-17). Deus deu a
Paulo, e nos dá também, recursos para subjugar o pecado no nível do
comportamento, mas, continua a luta contra a motivação de pecar (7.25).
Motivação essa que só será retirada de nós quando, “esse corpo mortal
for absorvido pela vida” (1Coríntios 15.53). Nisso Deus provou seu
amor por nós, Cristo morreu por nós sendo nós ainda pecadores, quando inimigos,
ele nos acolheu, quanto mais agora que o amamos; isso é maravilhoso, Romanos
5.8-10; Efésios 2.4-10. Agora somos aceito para podermos ser melhores, não
somos melhores para poder sermos aceitos. Essa é a lei da Graça. 1João
2.1-2; “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se,
todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e
ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios,
mas ainda pelos do mundo inteiro.” Embora o tempo todo Satanás processe os
cristãos diante do Pai por causa do pecado (Apocalipse 12.10), o ministério de
Cristo como sumo sacerdote garante não apenas empatia, mas também absolvição
(Hebreus 4. 14-16). Somos pecadores redimidos pelo sangue de Jesus, contudo
precisamos crucificar os maus desejos da natureza humana todos os
dias.
Por isso precisamos andar no Espírito e no amor a fim de não alimentar nossa
natureza caída, ainda que, saibamos que, mesmo não vivendo mais na prática do
pecado, não nos livramos de reconhecer todos os dias que somos pecadores e que,
por essa mesma razão, pecamos mesmo quando pensamos que não estamos pecando.
Contudo nos escondemos e nos gloriamos na Cruz de Jesus: onde nosso pecado foi
pago e de onde recebemos Graça para purificar nossos pecados e recebermos
perdão para as eventuais ou frequentes contradições do nosso ser.
Sofremos do autoengano de que os nossos pecados foram perdoados não por que
sabíamos que Jesus era o Salvador, mas no dia em que levantamos a mão num
templo e depois fomos à frente, um pajé denominado de pastor fez uma
oração de entrega, desse dia em diante nós estamos entregues a nós mesmos. Não
fomos nós, mas Jesus quem tirou, tira e tirará nossos pecados.
Leia João 1.29, João disse a respeito de Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus, que
tira o pecado do mundo!” O Cordeiro de Deus “TIRA” o pecado do mundo.
“Tira”; gr aírô . Aqui é um verbo contínuo. Que diz que ele
tirou, tira hoje, tirará amanhã. Glória a Deus! Isso é pura Graça, meu irmão,
não se deixe enganar por àqueles que se acham, presunçosamente, donos de Deus.
Para os que sabem que são pecadores.
Cristo veio por sua causa, Lucas 5. 31-32, e não pelos institucionais
impecáveis. Não importa o que você seja, Cristo te ama, lhe ama hoje como lhe
amava quando você não sabia nada; ama-lhe hoje quando você pensa que sabe
alguma coisa; te amará amanhã quando você saber tanto que saberá que não sabe
de nada. Ele é aquele que nos ama com amor divino.
Que Deus continue nos concedendo Graça, para sempre, amém!
(Continua
no folheto N°10).
Bom, ouvi também o programa do dia 31/07/2011. Foi uma programação típica de
quem não tem a consciência do evangelho nele plantado. Perdoe-me se não estou
sendo claro o bastante, pois não sou escritor, e sim, pregador do evangelho.
Meus folhetos, não são nenhum ataque a nada nem a ninguém, como muitos dizem,
mas sim, defesa do evangelho. No programa “evangélico”, falaram sobre: notícias
futebolística, muito apelos emocionais para restaurações de vidas, musicas
ambíguas, onde o que se canta, tanto pode ser para Jesus, como para um cônjuge
ou amante, muito testemunho de como Deus mudou pra melhor a vida de alguns
camaradas, teve também muita propaganda. Teve até uma enquete: “O mês de
Agosto, é um mês de desgosto?” Pelo amor de Deus! Até aonde chegamos. Mas,
nada sobre o evangelho, arrependimento, a necessidade de negação do “eu”,
mortificação dos desejos da carne. Afinal de contas, esses últimos temas não
dão “ibope”, e por isso devem ser descartados.
Leia a palavra!
Logo que o Senhor me converteu, os incrédulos diziam que lê a bíblia toda, iria
enlouquecer-me. Sempre achei isso ridículo! E agora vejo que essa mensagem
diabólica também é pregada pelos evangélicos. Isso mesmo; quer ver? Talvez
baseados em Tiago 3.1, não tenho certeza, dizem que quanto mais você conhece a
palavra, mais você é responsável; terá que prestar maior conta, inventam mais
essa mentira para que ninguém queira conhece-la. Se eu soubesse disso, e se
realmente isso fosse assim, preferiria nunca ter sabido nada de Jesus, só assim
eu viveria melhor. Porque se saber mais implica que eu vou me tornar um ser que
eu sei que não sou, eu não quero nem saber, que é para eu poder ser quem eu sou
com a paz da minha própria ignorância. Esse povo não consegue enxergar que esse
texto de Tiago, está falando deles mesmos, e não de todo crente que quer
conhecer mais as Escrituras Sagradas. Os “mestres”, presbíteros, pastores e
bispos, é quem terão que prestar contas com o máximo rigor, do que aprenderam e
ensinaram de acordo com a iluminação que receberam.
Em relação às muitas coisas que ensinei quando estava liderando uma congregação
em Governador Dix-Sept Rosado,confesso que estava errado. Como meio
de me retratar, digo: “Eu estava errado!” Não quero fazer como aqueles
lá, institucionais, que são dissimulados, evasivos, mentirosos, os que jogam a
culpa no drogado naquele que ainda nada ouviu sobre Cristo, e vão transferindo,
transferindo e transferindo. Se você é um crente em Jesus, um salvo, você tem o
desejo de aprender, compreender, discernir, debater, assimilar, guardar e levar
para a prática na vida diária. Leia a Bíblia! Crente é aquele que ama o
evangelho, Leia Convite à Loucura N°06.
O pecado.
Voltando a questão do pecado, no programa do pastor, o irmão orou pelos pecados
externos do povo, e eu me pergunto; “E os pecados internos?” Nós, não só
pecamos, como somos pecado! Para os que já sabem disso, (tratei disso
em Convite à Loucura N°09), quero lhes dizer que nossa dívida já está paga, e
que Deus, por sua própria iniciativa, amor e Graça, já se reconciliou com os
homens! Até que muitos venham, a saber, disso, sofre; e, frequentemente,
entrega-se, pelo medo, a todo tipo de crenças, em obras, sacrifícios, esforços
pessoais, e virtudes que lhes assegurem um “melhor acerto de contas entre eles
e Deus.”
É muito difícil não oferecer nada a Deus. É muito difícil apenas confiar que o
sangue de outro cobriu você. É loucura para os gregos e intelectuais; é
escândalo para os judeus e para todos os religiosos 1Coríntios 1.18-25. Jesus
disse: “Está consumado.” João 19.30. E a nossa alma, em si mesma,
pergunta: “O que mais eu devo fazer?”
Nós não somos salvos pela lei, nem pela moral, nem pela ética e nem pelas obras
de caridade. Todas essas coisas são boas, mas não são elas que realizam
nossa salvação. Pois se assim fosse, ninguém precisaria de um
salvador, bastando, para tanto, que fôssemos os salvadores de nós mesmos.
Sou crente em Jesus, mas também sou pecador. O que foi exigido para se receber
a salvação foi a crença em Jesus, e não ser isento de pecado. Romanos 3.9-18.
Sou pecador e vivo feliz na companhia de irmãos que sempre sujam os pés na
jornada. Por isso lavam os pés uns dos outros, crendo que quem já está limpo
pela Palavra de Cristo não necessita lavar senão somente os pés (João 13.10);
Leia esse texto e veja que a purificação realizada por Cristo na salvação não
precisa nunca ser repetida, uma vez que ela tenha acontecido, a expiação está
completa. Mas nós que fomos purificados, necessitamos de lavagem constante no
sentido experimental, na medida em que lutamos contra o pecado na carne,
Filipenses 3.8-9;12-14. Se houvesse um sacrifício a fazer para agradar a
Deus, como frequentemente ouvimos os chefes da religião vociferarem de seus
púlpitos intocáveis e sacros, o sacrifício de Cristo não teria sido completo e
nada estaria consumado, como Cristo disse na Cruz. E aqui há o problema, pois a
Cruz foi tirada do lugar.
Você tem a consciência de que é pecador?
Saiba que você é pecador, se você tem um pecado e não consegue livrar-se dele,
mesmo assim, saiba que você está salvo. Peça a Deus, força para deixar o pecado
de lado, contudo se não conseguir, não tenha dúvidas, você está salvo. Algum
fariseu institucional safado, venal, subornável, encolerizado pela pregação do
evangelho da graça, pode dizer: “Blasfêmia! Nós não podemos ter pecado, se
você tiver um pecadinho doméstico, vai pro inferno, pois não estão agradando a
Deus!” Não se preocupe, porque um dia quando estivermos no tribunal de
Cristo, e esses teólogos santos estiverem se auto justificando, Cristo
interromperá toda essa ladainha de auto bajulação que não acabaria nunca, e
dirá: “De onde vem esta nova raça de judeu? Reconheço por minha uma só lei e
é a única de que ninguém me fala. A lei do amor. Não reconheço esses que
exaltam demais seus méritos. Se quiserem parecer mais santos do que eu, que vão
habitar se preferirem, o céu das testemunhas de Jeová. Ou que mandem construir
um novo céu para aqueles que puseram suas mesquinhas tradições acima de meus
preceitos.” Quando ouvirem essas palavras, que cara hão de fazer ao se
olharem mutuamente?
O perigo, e a desgraça são quando a condição pessoal passa a ser um ensino
coletivo. Esse é o perigo.
O problema é que muita gente não cai em si e fica pensando que Deus se tornou
seu cúmplice. Se você fizer como o camarada que bate no peito e diz: “Jesus,
tem misericórdia de mim!”, misericórdia há para você; você descerá justo
para a sua casa. Mas, preste atenção, não transforme seu pecado em doutrina
para seduzir os outros.
Quem são os Santos?
Do ponto de vista de Deus, não há nenhum santo entre nós, a não ser aqueles que
tiverem sidos santificados em Jesus Cristo; os que se apropriaram, mediante a
fé, da Graça que Jesus trouxe para nós e consumou em nosso favor. Assim, apesar
de nós, nos tornamos da assembleia dos justos. É só nesse nível que somos
santos. Você torna-se um diabo quando você pratica seu pecado de estimação, e
além de praticá-lo, ainda usa a sua prática como doutrina. Não faça de seu
pecado, uma doutrina, a vítima será você. Se você pecar, e ensinar e seduzir,
você é aquele que já recebeu juízo.
Se com a Graça de Deus você conseguir mudar de vida pessoalmente, largar seus
vícios, receber a regeneração como dádiva de Deus, aleluia! Se não conseguir, e
continuar lutando, batalhando, querendo melhorar, crescer, andará na luta junto
comigo e com Jesus. Mas se você quiser sacerdotalizar e transformar a sua
enfermidade em ensino para os outros, nós o calaremos em nome de Jesus! Se você
é uma prostituta, um maconheiro, um drogado qualquer, um viciado em sexo, em
pornografia, procure com todas as forças mudar, procurem se arrepender e não
neguem o que são, do contrário, batam no peito e digam: “Pai perdoa-me pois
sou pecador.” Saiba, querido irmão ou irmã, se você age assim; saiba que
você entrará primeiro no Reino de Deus do que os hipócritas externamente
religiosos, que na presunção arrogante e satânica, cogitam estar acima de tudo
e de todos, Mateus 21.31-32.
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