segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Fora o Papa do Brasil!

Fora o Papa do Brasil!
Fora Jorge Mario Bergoglio, colaboracionista da sanguinária 
ditadura argentina!
Nenhum centavo do Tesouro Nacional para a Jornada Mundial
da Juventude Católica!

O Vaticano criou a “Jornada Mundial da Juventude”
como meio de propaganda do catolicismo decadente.
O Brasil foi mais uma vez o escolhido.
E por quê? Porque é considerado um dos países
que mais têm católicos, porque o governo se dispõe a
bancar os altos custos de sua peregrinação e porque se
usa vastamente a religião como instrumento político de
controle social.
Vem se travando uma disputa renhida entre o catolicismo e o protestantismo pelas “almas” dos brasileiros.
Os evangélicos têm avançado e construído um império
econômico. Volta e meia, exibem sua força com suas
jornadas massivas.
Não por acaso, os evangélicos passaram a ter grande
influência na política. O que foi monopólio da Igreja católica durante séculos, agora, tem de ser compartilhado
com os espertos e vorazes pastores.
A obtenção de canais de TV, de rádios e de uma
enorme bancada parlamentar, nos últimos tempos,
deu às inúmeras seitas evangélicas uma capacidade de
influenciar as camadas mais oprimidas que assustou o
Vaticano. Os protestantes não apenas atraem parcelas
de fieis de classe média. Espalharam-se entre os becos
dos bairros pobres e favelas.
Um crescente montante financeiro vem sendo movimentado pelos negócios religiosos. O comércio da
fé transformou os dízimos de milhões de adeptos em
uma montanha de ouro. A conversão da fé em moeda
é um dos milagres mais agraciados pelas igrejas. O
poderio financeiro lhes confere um lugar nas hostes
do Estado.
A Igreja católica continua sendo, no Brasil, a força
política hegemônica. Mas se ressente da ofensiva dos
evangélicos, que se mostraram capazes de pôr limites
às pretensões do Vaticano. Na educação, no assistencialismo, nos subsídios governamentais, nas isenções,
etc. - por onde as igrejas procuram se mostrar materialmente úteis -, há uma concorrência brutal.
Não se trata de um fenômeno circunscrito ao Brasil. Em toda a América Latina, a Igreja Católica e os
evangélicos puxam o “cabo de guerra”. Quanto mais se
mostrarem capazes de arregimentar as massas oprimidas, reprimidas, atrasadas e incultas, mais força têm na
política burguesa e no Estado. O fato de o Brasil ser o
maior país católico no continente pesa muito na balan-
ça latino-americana e, certamente, mundial.
Com a renúncia de Bento XVI, o novo papa, Francisco, se vestiu de renovador e de moralizador do Vaticano. Os escândalos de pedofilia foram contornados,
mas provocaram uma erosão política no Pontificado. O
fundamental continua oculto: as falcatruas nas contas
do Banco do Vaticano e as negociatas da Igreja, mundo
afora.
O papa Francisco é o “santo” argentino Jorge Mario
Bergoglio, denunciado de colaborador da ditadura militar - responsável por 30 mil mortos e desaparecidos,
pelos horrores da tortura e pelo sequestro de filhos de
militantes de esquerda. Por mais que o Vaticano e a
Igreja argentina tenham procurado livrar Bergoglio da
pecha de colaboracionista, não tem como se apagarem
os fatos.
Não há nada de incomum que um homem da Igreja
chegue à mais alta hierarquia do Pontificado tendo um
passado tão comprometido com a opressão. A Igreja
Católica, já na sua origem, no século IV se integrou ao
Estado. Serviu às guerras de expansão. As sanguinárias
Cruzadas deixaram marcas profundas entre os séculos
XI e XIII. Hoje, o papa Francisco vangloria a juventude submetida ao obscurantismo. Em 1212, milhares de
crianças e adolescentes foram recrutados para a guerra. A denominada “Cruzada das Crianças” acabou em
massacre dos combatentes imberbes.
Não é preciso de muitos outros exemplos. Lembremos apenas o longo período de terror da Santa Inquisição, que expressou a ortodoxia católica e a defesa do
monopólio religioso. O conflito resultou na Guerra dos
Trinta Anos (1618/1648), envolvendo a dinastia católica
dos Habsburgo da Áustria e os príncipes protestantes
alemães.
Como se vê, a religião integra o Estado e dele se serve para promover a opressão. Um dos segredos guardados pelo Vaticano é o quanto colaborou com o nazismo na 2ª Guerra Mundial.
O fundamento existencial da Igreja se assenta na defesa da propriedade privada dos meios de produção.
Por isso, se instituiu no final do Império Romano, se
consolidou no ventre do feudalismo e se adentrou ao
capitalismo. Não importa a variante das seitas religiosas, todas se ajustam à exploração do trabalho e ao domínio da burguesia.
A Igreja Católica, por sua fortaleza histórica, despontou como principal instrumento do imperialismo.
Mundialmente, está vinculada à grande burguesia. A
sua centralização no Estado do Vaticano lhe confere
meios de ação como essa da Jornada Mundial da Juventude.
O êxito da demonstração no Brasil ajudará o novo
papa em sua tarefa de deixar para trás os escândalos
de pedofilia, de obscurecer a corrupção no Vaticano e
de alimentar o obscurantismo religioso. Crescem as dificuldades das igrejas em conter o descrédito da juventude em suas falsificações. As condições de existência
da maioria estão em contradição com a ideologia burguesa de submissão.
A vinda do papa estava planejada para uma situação politicamente tranquila. Mas a eclosão das manifestações de junho a mudou rapidamente. O Rio de
Janeiro tem concentrado a enorme polarização social,
que percorre todo o País. A pobreza e a miséria do complexo de favelas contrastam com a riqueza e o luxo da
burguesia e da alta classe média.
É certo que isso não é de hoje. Mas também é certo
que cresceu enormemente o abismo que separa os explorados dos exploradores.
É nesse terreno e nessa circunstância de mobilização
e de repressão policial que o papa fará o proselitismo
da paz, da harmonia, do amor e do cântico à juventude. Não faltarão conselhos aos governantes para tratar
bem seu povo, escutar seus gemidos e derramar bálsamo sobre suas dores. O discurso contra o egoísmo foi
anunciado antecipadamente. Mas o novo papa estará
ali para manter a fonte da pobreza e da miséria – o capitalismo e a supérflua classe burguesa.
É sintomático que o Santo Padre precise de toda a
polícia do Rio de Janeiro, da Força de Segurança Nacional e das Forças Armadas para comandar a Jornada
Mundial da Juventude. A segurança do humilde Francisco contará com 15 mil agentes e custará aos cofres
públicos R$ 70 milhões.
A parafernália militar de terra, ar e mar que cobrirá
a Jornada Mundial da Juventude é uma demonstração
de apreço do governo Dilma Rousseff (PT) e do governador Sérgio Cabral (PMDB). Os demais partidos da
burguesia também acolhem o papa. Mas não deixam
de expressar suas preocupações eleitorais. Eis por que
o Vaticano decidiu ser comedido com os anfitriões e
não criar descontentamento nas fileiras da Oposição
burguesa.
A primeira viagem internacional do papa deve ser
coroada por uma multidão de ovelhas e por um aparato de guerra. Esse é o retrato do capitalismo e da Igreja
de nossos dias. Mas por mais que se exiba a multidão
abanando bandeirinhas e entoando “viva o papa”, a realidade que se manifesta é a das favelas, da miséria, da
fome, da criminalidade, das chacinas policiais, da falta
de hospitais, de escolas, de moradias e de transportes
coletivos.
O Partido Operário Revolucionário chama a juventude a não confiar um só fio de cabelo nas religiões.
Está mais do que confirmada a premissa de Marx e Engels de que “a religião é o ópio do povo”.
A juventude deve abraçar a luta pelas transforma-
ções socialistas, ao lado do proletariado. A propriedade
privada dos meios de produção deve ceder lugar à propriedade social, coletiva. A burguesia se tornou uma
classe parasitária e deve ser derrubada do poder pela
revolução proletária.
As igrejas se nutrem das divisões de classe, da
propriedade privada, da concentração de riqueza e
do atraso político e cultural das massas. Levantam-se
como um poderoso obstáculo à consciência socialista
da classe operária e da juventude oprimida.
A libertação ideológica dos explorados perante a
religião se dará no confronto entre revolução e contrarrevolução. Está aí por que a juventude tem de dirigir
suas energias e capacidades para a tarefa de construir o
partido da revolução socialista. Quanto mais abreviarmos essa tarefa, melhor condição teremos para combater a barbárie do capitalismo em sua fase imperialista
de desintegração.

Viva o socialismo! Viva a revolução proletária!
Fora o papa imperialista!
19 de julho de 2013


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