Onde está o Sábio?
Este texto pertence aos homens mais raros. Talvez
nenhum deles sequer esteja vivo. É possível que se encontrem entre aqueles que
compreendeu a verdadeira sabedoria: como eu poderia misturar-me àqueles aos
quais se presta ouvidos atualmente? – Somente os dias vindouros me pertencem.
Alguns homens nascem póstumos.
As condições sob as quais sou compreendido, sob as
quais sou necessariamente compreendido – conheço-as muito bem. Para suportar
minha seriedade, minha paixão, é necessário possuir uma integridade intelectual
levada aos limites extremos. Estar acostumado a viver no cimo das montanhas – e
ver a imundície política e o nacionalismo abaixo de si. Ter se tornado
indiferente; nunca perguntar se a verdade será útil ou prejudicial... Possuir
uma inclinação – nascida da força – para questões que ninguém possui coragem de
enfrentar; ousadia para o proibido; predestinação para o labirinto. Uma
experiência de sete solidões. Ouvidos novos para música nova. Olhos novos para
o mais distante. Uma consciência nova para verdades que até agora permaneceram
mudas. E um desejo de economia em grande estilo – acumular sua força, seu
entusiasmo... Auto-reverência, amor-próprio, absoluta liberdade para consigo...
Muito bem! Apenas esses são meus leitores, meus verdadeiros leitores,
meus leitores predestinados: que importância tem o resto? – O resto é somente a
humanidade. – É preciso tornar-se superior à humanidade em poder, em grandeza
de alma – em desprezo.
Sócrates Randinely de Lucena
Sócrates Randinely de Lucena
Estamos
convencidos de que o pior mal, tanto para a humanidade quanto para a verdade e
o progresso, é a “igreja”. Poderia ser de outra forma? Pois não cabe à “igreja”
a tarefa de perverter as gerações mais novas e especialmente as mulheres? Não é
ela que, através de seus dogmas, suas mentiras, sua estupidez e sua ignomínia
tenta destruir o pensamento lógico e a ciência? Não é ela que ameaça a
dignidade do homem, pervertendo suas ideias sobre o que é bom e o que é justo?
Não é ela que transforma os vivos em cadáveres, despreza a liberdade e prega a
eterna escravidão das massas em benefício dos tiranos e dos exploradores? Não é
essa mesma "igreja" implacável que procura perpetuar o reino das sombras, da
ignorância, da pobreza e do crime? Se não quisermos que o progresso seja, em
nosso século, um sonho mentiroso, devemos acabar com a “igreja”.
Sócrates Randinely de Lucena
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